Capítulo 8

292 26 0
                                    

Uns cinco dias após a festa, as únicas coisas que fazíamos era ler poemas juntos, se pegar e caminhar pelo o calçadão ou praia. Mesmo sempre fazendo as mesmas coisas, eu sempre estou ao seu lado, mesmo sendo algo apenas físico ou sexual, ficar ao seu lado não bastava, eu queria observa-lo, beija-lo, toca-lo da mesma forma que ele me toca, abraçar ele.

- S/N?

- Sim?

- Tá afim de dar um passeio?

- Para onde?

- Qualquer lugar, só nós dois andando sem rumo em uma moto, o que acha?

- Se você acha legal a ideia podemos fazer isso.

- Então vamos!

Subimos na sua moto, assim partimos para algum lugar ao norte? Ou outro lugar ao sul? Quem ligava qualquer lugar ao seu lado era divertido, o sol era mais brilhante e o céu ficava mais azul. Fomos para um campo, se sentamos na grama e começamos a debater sobre a vida. 

- Então mês que vem vai começar a faculdade de literatura? 

- Sim, eu tenho muita vontade de ser uma professora de literatura. 

- De onde surgiu esse seu gosto por literatura? 

- Depois de ler um poema e eu o professor de literatura me incentivou muito durante o colegial. " É preciso, vejam vocês, perdoar tudo. Dessa forma nós seremos bem felizes. Se nossa vida tiver instantes sombrios, ao menos nós dois vamos chorar juntos. "

- " Sejamos duas crianças, dois jovens, enamorados com nada e surpresos com tudo, que vão empalidecer sob os galhos, sem mesmo saber que são perdoados. " - Ele continua a citação do poema - Verlaine, não é? Dizem que escreveu esse poema para Rimbaud.

- Como sabe desse poema? Pelos os seus gostos você não parecer ler esse tipo de poema romântico. 

- Você acha que é a única que foi a queridinha do professor de literatura? 

- Esse é um fato divertido sobre você. 

- Eu sei. 

- E você? Vai fazer faculdade de que? 

- Eu já faço, seguindo os passos de meu pai para se tornar um advogado, mas eu preciso lhe contar uma coisa. 

- É algo horrível? 

- Eu não sei. 

- Timothée, me conte logo, assim você está me deixando nervosa. 

- Meus pais vão se mudar para Nova York e querem que eu vá para terminar os estudos da faculdade. Mês que vem já iremos em bora...

- ...Você vai embora para sempre?

- Não, não, não! Não é que eu não queira ir é que lá deve haver mais oportunidades do que aqui. 

- E o que eu vou fazer sem você?

- S/N, isso não impedirá de não mantermos contato. Eu posso vir para cá em todos os verões ver você. 

- E se você acabar conhecendo alguém melhor do que eu? 

- Saiba que isso nunca irá acontecer. 

- Mas e se acontecer? - Meus olhos se enchem de lágrimas

- Eu juro por Deus que não vai acontecer! - Ele segura a minha mão

- Eu acho que é melhor pararmos de falar disso, eu não quero sofrer. 

- Tudo bem. 

Eu fico feliz por Timothée for fazer faculdade em Nova York, mas o meu medo é de nós se afastarmos e nunca mais se aproximarmos novamente, eu sei que só fazem cinco semanas que nós se conhecemos, mas eu estou totalmente perdida em seu amor, eu estou apaixonada por ele! O que será de nós então?

What we did in the summer in the summer of 1985 ( Timothée Chalamet )Donde viven las historias. Descúbrelo ahora