Noite

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James Ballard-Hunt

Minha contagem não é muito exata, mas eu estava contando as sete horas e chegou ao final, então começo a mexer no grampo que ela me deu. Não posso ficar nervoso, por que esqueço para que lado é para girar e tenho que começar tudo novamente.

Lembro de Jake me apressando quando faço isso lá em LA, sorrio quando lembro da vez que ele se irritou por estar demorando e chutou a porta do apartamento sem mais nem menos.

Lembro da vez que minha mãe começou a me ensinar a arrombar porta e colocou meu pai lá dentro. Só sei que passei horas aprendendo e ele comeu metade das coisas que tinha na despensa sozinho, ela brigou com ele e eu tive que dormir com um travesseiro nas orelhas para não ouvir a reconciliação.

Lá em casa sempre foi muito aberto, se eu ou Jake queríamos fazer algo, minha mãe deixava e deixava bem claro que tínhamos que fazer isso sozinhos. Acho que ela é uma das melhores mães por ter criado a gente como criou, quer dizer, Jake não se deu bem, mas foi de nascença.

Ouço algo soltar e olho para baixo vendo que um dos meus braços está livre, não comemoro e volto minha atenção para a outra corrente. Não posso perder o jeito, senão vou demorar mais e não posso demorar mais nenhum minuto aqui.

Me concentro ao girar aquele grampo e percebo que meus dedos doem mais do que eu esperava, acho que estou apertando o grampo muito forte e não consigo deixar o aperto mais leve com medo de perder o grampo.

Respiro fundo quando a outra corrente abre e agora curvo meu corpo para meus pés. Mais duas e eu vou poder ir embora desse inferno antes que eles vejam que eu realmente fui embora. Solto outro e agora é só um, apenas um e vou embora.

Ouço um barulho perto da porta e respiro fundo me apressando, a corrente solta ao mesmo tempo que a porta abre e nem perco tempo antes de agarrar a blusa do cara e fechar a porta com um pé enquanto bato o rosto dele contra a porta de ferro várias vezes.

Ele cai sangrando no chão e pego as chaves em seu bolso, abro a porta de ferro e vejo o corredor não iluminado, vou até a única porta que tem ali e fico surpreso quando abro a porta e vejo uma cozinha vitoriana bem chique.

Ignoro tudo isso e começo a abrir vários armários, acho umas roupas e começo a vestir a calça jeans enquanto olho para os olhos. Pego a camiseta e percebo que fica um pouco apertada, mas visto ela mesmo assim e coloco o casaco.

Me aproximo da janela e xingo baixo quando vejo que estamos no meio do nada, tinha que estar no meio do nada bem em Londres. Então passo a mão pela testa e começo a ir até a porta dos fundos quando paro antes de chegar lá.

Penso em Diana e penso que vou deixar ela para trás, tento ignorar aquela mulher falando comigo e falho miseravelmente. Então me viro e começo a procurar pelas gavetas qualquer coisa com que eu possa me defender.

Acho uma faca e começo a subir as escadas sem a menor direção de onde ela está, me aproximo de uma porta e abro lentamente para ver um homem dormindo na cama e Diana nos braços dele, mas com os olhos abertos.

Ela ergue a cabeça lentamente e olha para mim em reconhecimento, então começa a levantar e abaixo o olhar quando percebo que ela está completamente nua. Ela não estaria assim com ele se fosse ele que tivesse a estuprado, talvez outra pessoa...

Ergo os olhos e vejo que ela já vestiu a camisola de seda e depois o roupão branco de lã. Então ela começa a vir na minha direção e Tom se mexe na cama para virar de costas para nós.

Sinto as mãos de Diana me empurrando e ela fecha a porta com cuidado, ela agarra meu pulso e começa a me puxar escada a baixo. Os cabelos dela soltam do coque que fez e ela parece amedrontada por estar fazendo isso.

A Vingança - 4° Geração.05Onde as histórias ganham vida. Descobre agora