Toque

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James Ballard-Hunt

Diana estava na minha frente e os olhos azuis estavam concentrados enquanto ela média meu cabelo. Suas mãos eram suaves e a respiração dela era bem calma na minha testa, e eu estava de frente para os seios dela, bem na frente mesmo.

-Tá acabando?- pergunto.

-Sim.- ela morde o lábio.- Só preciso ver uma coisa.- ela dá a volta e fica atrás de mim.

Olho para o espelho e percebo que pareço mais com antes, observo Diana mexendo nos meus cabelos e sinto seus dedos tocando meu couro cabeludo. Fecho os olhos e ela cantarola uma música baixa enquanto passa a toalha pelas mechas molhadas.

-Pronto.- ela aperta meu ombro e vai até a pia para lavar as mãos.

-Obrigado.- começo a levantar e vejo ela secar as mãos.- Desculpa pelo jantar.

-Tudo bem, seu irmão só está querendo vingar a sua tortura.- ela fala calma.- Eu também iria querer se tivesse um irmão.

-Mas não quer dizer que ele pode falar daquele jeito com você.- passo a mão pelos cabelos.- E você nem jantou direito.

-Eu descobri como pedir as coisas.- ela franze o nariz e sorrio.- Vou sobreviver.

-Vai comer comida porcaria?- pergunto.

-Eu nunca comi comida porcaria, então me deixa.- ela passa por mim e entra no closet.

-Eu posso fazer comida.- me ofereço.- E escolher algo para assistir já que você não conhece nada.

-Está se convidando?- ela daí do closet com uma camisola de blusa e short de seda preta.

-Eu...- limpo a garganta.- Na verdade, eu acho que tinha um compromisso.

-Ah.- ela parece decepcionada.

-Não.- bufo.- Não, eu não tenho.

-Mas você acabou de falar...

-Eu não falo coisa com coisa.- explico.

-Você tá estranho.- ela mexe a cabeça e os cabelos loiros deslizam pelo ombro para mostrar o decote de renda da camisola.

-É que...- limpo a garganta.- Por que você está com essa camisola enquanto eu estou aqui?

-Eu achei que era uma camisola normal.- ela olha para si mesma.- Eu nunca precisei me preocupar com isso.

-Não é uma camisola normal.- tento falar descontraído.- É uma camisola bem convidativa.

-Não é nada demais para mim.- ela mexe os ombros.

-É muita seda e renda.- explico.- Na verdade, bem pouca.

-Você não é virgem, é?- ela franze as sobrancelhas.

-Não!- falo ofendido.

-É por que você está agindo bem estranho...

-Eu já transei. Transei muito, na verdade.- informo e ela sorri.- O que?

-Não precisa provar nada, sabe?- pergunta.

-Você é manipuladora.- percebo.

-Eu não fiz nada.- ela balança a cabeça.

-Você achou que eu era virgem.- semicerro os olhos.- Quando, na verdade, eu já transei muito e...- ela começa a rir.- Está rindo de mim?

-É que você falar de novo e de novo que transou muito é meio engraçado.- ela explica.

-Ah, olha quem fala.- sai de repente e Diana perde o sorriso.- Puta merda, Diana, desculpa....

-Não, tudo bem.- ela parece se encolher.

A Vingança - 4° Geração.05Onde as histórias ganham vida. Descobre agora