Seguro

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James Ballard-Hunt

Estaciono na frente do prédio e Diana agarra minha camisa quando começamos a caminhar até o prédio. Tem uma lojinha de antiguidades ao lado e a puxo direto para ela, Diana parece estar tremendo e percebo que ela realmente tem medo de outras pessoas.

Travo o maxilar quando seguro sua mão e ela se aproxima mais, o vendedor da loja ergue a cabeça e olho para mim, seus olhos brilham em reconhecimento e sorrio quando ele abre o balcão para que a gente passe.

-O que é isso?- Diana pergunta.

-Sempre ajudamos um Ballard-Hunt.- ele fala.

-Obrigado.- aperto o ombro dele.

Abro a porta e vejo uma sala comum, Diana parece surpresa quando abro outra porta e entramos no prédio sem muito esforço, olho envolta e vejo as escadas, então a puxo para elas e dou espaço para que ela suba primeiro.

-Onde vai dar?- pergunta.

-Fizemos um tipo de base.- explico.- Tem uma cozinha. Roupas. Banheiro. Cama.

-Me convenceu no banheiro.- ela começa a subir e sorrio.

-Você não é tão chata.- falo subindo as escadas.

Ela ri e chegamos em cima, Diana vai direto para o banheiro e eu abro o closet cheio de roupas, pego uma calça moletom e uma camisa larga para ela e a mesma coisa para mim, deixo tudo em cima da cama e vou até o equipamento.

Jake deixou um equipamento aqui, mas eu não sei ligar, raramente entendo muito de tecnologia. Ligo o equipamento e ele faz um barulho estranho, então acende uma luz e a tela do computador acende, mas nunca é um computador normal, odeio isso.

-Em quanto tempo sua família chega?- ela pergunta.

-Algumas horas.- tento descobrir como mexer nisso.- Tem roupas para você em cima da cama.

-Obrigada.- ela entra no banheiro de novo.

-Que porra.- bufo batendo no computador.

-Qual é o problema?- ela sai ajeitando a camisa.

-Não consigo mexer nisso.- balanço a cabeça.

-Ah.- ela afasta os cabelos e fica do meu lado.- É aqui.- ela aperta um botão e uma conversa abre.

-Como você....

Ouço um barulho de telefone e abro uma gaveta vendo um telefone preso em um carregador. Respiro fundo e atendo o celular ouvindo o som de algo que parece a hélice de um avião ou algo assim.

"-Jake?- sorrio.

-Graças a Deus você está vivo.- ele fala.- Aquele tiroteio....

-Eu explico depois.- passo a mão pela testa.- Vocês estão vindo? Digam que sim...

-Acabamos de chegar, na verdade.- explica e o som desaparece.- Estamos pegando os carros e indo o mais rápido que podemos, mas o jatinho pousou do outro lado da cidade.

-Não tem problema.- balanço a cabeça.- Vocês estão aqui, é o que importa.

-James, só fica onde você está e....

-James?- ouço a voz da minha mãe.- Querido, fica parado, ok? A mamãe vai chegar em uma hora.

-Ok, mãe.- sorrio.

-Você está bem? Está ferido?- ouço o som de portas batendo.

-Não, mãe, eu estou muito bem.- minto.

A Vingança - 4° Geração.05Onde as histórias ganham vida. Descobre agora