Capítulo 16| Bellini

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Acordo e eu vou pedir demissão do trabalho, tá decidido, é horrível trabalhar lá e temos dinheiro, nem que eu tenha que ser uma riquinha mimada e pedir pros meus pais

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Acordo e eu vou pedir demissão do trabalho, tá decidido, é horrível trabalhar lá e temos dinheiro, nem que eu tenha que ser uma riquinha mimada e pedir pros meus pais.

-Como você está?-Diz o Gui passando a mão pelos meus cabelos.

-Muito bem e você?

-Ótimo.-Ele da uma risadinha e eu nego com a cabeça.-Está dolorida.-A verdade? um pouco, mas não é nada interessante.

-Não.-Tento levantar da cama e as minhas pernas falham. Me sento de novo e ele me olha com cara feia.

-Não minta pra mim.

Ele vira as costas brabo e sai do cômodo, ele volta depois tomado banho e com uma calça de moletom cinza.

Ele me pega no colo enquanto estou enrolada no lençol e me leva até o banheiro. Eu tomo um banho relaxado e vou devagarinho para o quarto me vestir. Coloco um vestidinho solto qualquer sem minhas roupas íntimas pra ventilar e vou pra sala. Me sento no sofá e o Gui se aproxima com uma panela de baixo do braço.

-Fiz carreteiro pra gente.

Começamos a comer.

-A polícia acha que descobriu quem matou o meu pai.

-Então não foi você?

-Obvio que não Angel. Por que eu mataria o meu pai?

-Porque descobrimos que o teu pai, o Senhor Bellini era um pedófilo.

-Meu deus. Eu sei disso, mas eu não mataria alguém.

-E tu acha que ele vai ser preso, achei que a polícia nem tava procurando um assassino já que ele era um pedófilo e estuprador.

-Não estavam, mas a biópsia mostrou que ele foi torturaram, arrancaram as partes íntimas dele e alguns dentes e unhas.

-Quem faria isso? Quanta maldade, uma pessoa assim não deve amar ninguém. Tu acha que vão conseguir pegar ele?

-Provavelmente não, ele é bem rico pelo o que a polícia me falou. As pessoas tem vários casos de desaparecimento que ligam a ele, mortes e coisas do tipo. Mas por ser muito rico a polícia nunca consegui prender ele, ele deve ser amigo de alguém muito importante porque não importa o que ele faça, ou quantas pessoas vejam ele fazendo ou quantas pessoas ele mate, os policiais nunca conseguem um mandato pra prender ele.

-As vezes eu acho que o que ele fez tá certo, ele era um monstro.

-É eu sei, e era meu pai.-Seu olhar é triste e meio vazio.

-Eu sei, eu fui criada ao lado do Fernando, teu pai, mas ele se tornou um monstro. Eu vivia na tua casa quando a gente era pequenos e se ele tivesse feito comigo o que fez com a Clara?

Eu vejo tristeza e raiva passando pelos olhos dele, logo depois se torna raiva.

-Eu mataria ele, mesmo sendo meu pai.

O celular dele começa a tocar e ele atende rapidamente.

-Oi, sim sou eu, espera o que? Como assim? Que merda. Onde? Ok, sim estou indo.-Ele diz isso para o telefone e vejo preocupação se passar pelos olhos dele.

-O que foi?-Pergunto.

Ele me explica a situação e vamos correndo pro carro e vamos em direção ao hospital rapidamente.

-Por que ela fez isso Gui?-Pergunto desesperada.

-Depois que o pai morreu ela ficou completamente deprimida.

Bom, a mãe do Guilherme foi levada pro hospital por tentativa de suicídio, a minha mãe achou ela caída no chão e fez compressa até chegar a ambulância. Mas como ela era médica, ela sabia o que fazer para se matar. Ela tomou cartelas de remédios faixa preta. Eu sinto que ela não vai sobreviver. Aí meus deus. Não faz isso com a tia Amanda, ele é como uma mãe pra mim, não a leve por favor.

-Eu sinto informar a vocês, mas a Senhora Bellini não sobreviveu.-Diz o médico após chegarmos no hospital, minha mãe e meu pai já estavam aqui. E a Clara também.

Guilherme simplesmente vira as costas, entra no carro e vai embora sem me dizer nada.

Todos nós começamos a chorar e sinto a tristeza tomando conta do meu corpo.

Mãe-Minha melhor amiga.

Pai-Eu não consegui acreditar.

Clara-Agora que tínhamos combinado de assistir um filme juntas, estávamos tão próximas.

Eu me derramo em lágrimas e caio sentada na cadeira, minha mãe e irmã vêem me abraçar e sinto um certo conforto em seu abraço.

Vamos até o carro dos meus pais e vamos em silêncio pra casa.

Volto pro apartamento e tem sido horrível.

No velório/enterro da senhora Bellini o Guilherme não demostrou nada. Ele anda me tratando super mal nem olha na minha cara, eu não aguento mais isso. Ele some e não me diz nada, volta do nada bêbado e eu tenho que cuidar dele.

Faz uma semana que eu não vejo o Guilherme, tô ficando aqui com meus pais e não voltei pro apartamento ele não quer a minha presença. Eu tentei ligar e mandar mensagem. Completamente ignorada. Estou usando as roupas da minha irmã e dormindo com ela, as vezes o Avriel vem pra cá e que garoto mais chato toma no cú. Super fechado e afins.

Acabei de sair do banho e eu já me arrumei, descidi voltar pra casa hoje. Penteio o meu cabelo e depois seco, coloco uma calça jeans e uma camiseta. Um chinelo mesmo e vou.

O elevador chega no andar e eu desço, a casa está com completo desastre. Tem bebida pra todo lado, roupas e alguns objetos quebrados.

-Olá.-Eu digo e escuto um barulho alto vindo do quarto. Vou até rapidamente imaginando encontrar o Guilherme me traindo, mas ao invés disso vejo algo que parte o meu coração. Eu vejo ele chorando deitado na cama, ele está com a roupa suja e os dentes amarelo, parecendo que não escova a dias, o cabelo oleoso e os olhos completamente vermelhos.-Eu tentei te ligar por que não me atendeu?

Ele vem correndo até mim e me abraça.

-Nunca mais me deixe sozinho, doeu o dobro Angel, doeu muito mesmo. Por favor não me deixe.

-Eu achei que tu estava brabo comigo e não me queria por perto.

-Que? Não. Óbvio que não. Eu perdi meu celular.

Eu sinto dor ao vê-lo assim.

-Eu não acredito que ela se foi.-Sinto as lágrimas dele molharem o meu pescoço e meu corpo fica todo rígido em ver a pessoa que eu amo mal.

-Por que estava bebendo tanto? Eu não aguentava mais cuidar de ti.

-Eu não consigo lidar com isso, ela era minha mãe Angel, dói demais.

-Mas tu não pode se destruir.

-Eu sei, me desculpe. -Ele sai do meu abraço.

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