Dois encontros (18)

351 57 8
                                    

● O hino da mídia não está completo, pesquise no YouTube por "Tua presença Vale mais, letra" aí achará completo.
O hino tem haver com uma parte desse capítulo, logo você vai entender.

"E a cada dia eu te amo mais, e a minha vida eu considero perda!" — trecho
do hino.  🤍🕊

☆ Não se esqueçam de votar!
Deus vos Abençoe 💖 ☆

Chego em casa.

Quase bati o carro quando estava vindo, mas consegui desviar.

Mateus e Lincey estão brincando no tapete da sala.

Passo direto, Lincey percebeu que eu estava estranho, mas decidiu ignorar.

Keila me vê subindo a escada.

— Ei, Josh! — Ela me chama. Eu ignoro e subo. — Filho, espera! — ela chama de novo.

Vou pro quarto e tranco a porta.

Eu grito abafando o som na almofada.

Bagunço o quarto todo e quebro um monte de coisa.

— Abre pra mim! ABRE! Não faça besteira. Abre pra mim. — ela diz preocupada.

— Não. Me desculpa mas, eu não vou abrir. Eu tô cansado! Nada muda! Nada! — grito. — A anos eu estou sofrendo e a dor não diminui nem um pouco! Esse Deus que dizia que me amava, a cada dia se afasta de mim! E ainda afasta quem é dele, de mim. Eu não quero mais nada! A única coisa nesse mundo, que me impede de acabar com isso de uma vez por todas, é o Mateus. Porquê se eu não tivesse ele, não estaria mais aqui. — me sento no chão.

— Não fala isso, Josh! Por favor.
Quem me ajudou com a morte da minha filha? Quem cuidou de mim durante anos? Quem prometeu me ajudar a ser forte? Quem me deu aqueles conselhos?
Quem me tirou de um quase suicídio?
— Ela bate na porta.

Começo a chorar.

— Me desculpa Keila...mas dói muito.
Eu crio expectativas e cada uma delas se desfaz de um modo que me mata cada vez mais. — Respiro fundo.

— E quando foi fácil pra alguém? Nunca! Você não é o único que sofre, não é difícil só pra você! É pra todos.
Você tem que ser forte, porquê se não a vida te derruba. — diz apreensiva.

Não falo nada.

— Abre pra mim, eu preciso de você, meu filho. — insiste.

Olho pra porta.

Levanto e abro a porta.

Ela me abraça.

— Vamos na igreja comigo? — ela olha nos meus olhos.

Enrugo a testa.

— Você é da igreja? — estou confuso.

— Não e sim, minha irmã é evangélica, e de uns dias pra cá, ela vem me convidando pra ir. — ela sorri.

— E você foi? — pergunto.

— Não. Eu tenho vergonha de ir, por eu já ser uma mulher de idade. Mas o que eu mais quero na minha vida, é ir e conhecer esse Deus que tanto minha irmã fala. — ela abaixa a cabeça.

— Eu vou com você. — me forço a dizer.

Eu só vou por ela, a Keila já me ajudou infinitas vezes, e eu lembro que foi depois das orações da irmã dela, a Keila conseguiu superar a morte da filha.

Ela enche os olhos de lágrimas.

— Domingo! Vamos domingo? — se anima.

Concordo com a cabeça.

Mais Uma ChanceOnde as histórias ganham vida. Descobre agora