Prólogo

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REMUS JOHN LUPIN AMAVA MITOLOGIA GREGA, e por isso deu o nome de sua filha de uma das deusas gregas favoritas

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REMUS JOHN LUPIN AMAVA MITOLOGIA GREGA, e por isso deu o nome de sua filha de uma das deusas gregas favoritas. Para ele, a beleza da sua filha e a importância dela, se equivalia à uma delas. O nome da garota, Têmis, foi inspirado na deusa de mesmo nome, esta é o símbolo da justiça, da sabedoria e do bom conselho, devido a isso, seu nome quer dizer "lei da natureza", "lei divina" ou "aquilo que está previsto, estabelecido".

Têmis foi deixada na porta da casa de seu pai, com um bilhete de sua mãe. Remus se lembrava claramente da mulher, e também se lembrava da noite de relações carnais sem compromisso que teve com a bela moça. Não questionou se a filha era realmente dele, na verdade, era até difícil não dizer que Têmis era sua filha, bastava notar a semelhança gritante entre os dois. Os mesmos cabelos castanho-claro, os olhos cor-de-avelã, o nariz levemente arrebitado, os dois dentes caninos superiores elevados à gengiva, os tiques na orelha esquerda, o jeito de falar e gesticular... podia-se dizer que Têmis era a versão feminina do pai.

Infelizmente, por conta da licantropia, Remus era constantemente recusado em vagas de emprego, fazendo-o viver como nômade com a sua filha. E também, graças a isso, o homem recusou a ida de Têmis à Hogwarts, com medo da garota ser alvo de bullying por ser pobre, usar roupas e materiais inferiores às dos colegas e pior, por conta de ser uma maledictus. As vezes, comer mais de uma vez por dia era uma dádiva e dependiam de algumas doações para sobreviver. As únicas coisa que levavam era uma câmera fotográfica que Remus ganhou de James Potter no natal de 1976 com a memória infinita, remédios para a condição de Têmis, livros para todas as situações e felicidade. Os Lupin podiam viver em condições precárias e serem miseráveis, mas jamais deixaram a tristeza corroer seus corações e isso era, particularmente, algo lindo.

Porém, em uma tarde qualquer de julho de 1993, Remus estava sentado na poltrona da casa abandonada em que eles resolveram morar durante um tempo, admirando a brasa e o fogo dançarem dentro da lareira, Têmis estava no andar de cima, lendo o livro 'Os Miseráveis' quando a campainha tocou. Com a testa franzida, o lupino levantou-se e andou em direção a porta e quando abriu...

- Boa tarde, Remus! - disse o velho com a grande barba cinza, óculos meia-lua e longas vestes roxas.

- Ora, boa tarde, professor Dumbleodore! A que devo a sua visita? Entre, por favor.

Os dois homens se dirigiram para dentro da casa, sentando-se em poltronas. Remus estava ruborizado de vergonha, não havia nada à oferecer a visita, nem sequer um chá.

- Professor, perdoe-me, eu não nada para dar à você. - lamentou-se o lupino.

- Sem problemas, Remus, a minha visita será rápida. - houve-se uma pausa - Vim no intuito de lhe dar a proposta de um emprego em Hogwarts, como professor de Defesa Contra as Artes das Trevas e uma vaga para Têmis como aluna do terceiro ano.

O sobrado se emergiu em silêncio.

- E-eu não posso aceitar, não tenho dinheiro para comprar todo o material da Têmis, sem contar o fato de que eu sou um lobisomem e minha filha... tem os probleminhas com asas.

- Isso não será um problema! Minerva e Rúbeo se prontificaram a ajudar Têmis na compra de materiais e roupas assim que souberam das suas condições. Já Severus poderá fazer a poção mata-cão e o Salgueiro Lutador continua plantado para prestar serviço à você. - disse Dumbleodore simplista, com um sorriso no rosto.

- Bom, eu... - Alvo o interrompeu.

- Lembre-se que Têmis também tem o direito ao estudo e pode se tornar uma grande bruxa se aperfeiçoar suas técnicas e poderes.

Remus voltou a encarar a brasa queimando dentro da lareira. Sua mente matutava em um dilema. Sentiu um grande deja vu ao escutar as palavras do diretor, pois em 1971, Alvo Dumbleodore disse exatamente as mesmas palavras para o seu falecido pai. Ele queria, mais do que tudo, que sua menina fosse feliz e tivesse o seu ensino básico completo, mas pensar no que poderiam fazer com ela quando descobrissem sua "deficiência", corroía seu coração.

Mas o velho bruxo não estava errado, Têmis tinha o direito de aproveitar o resto de vida humana que lhe restava antes que se tornasse uma fera mortífera.

- A-acho que posso aceitar o seu convite, professor... - rendeu-se Remus.

- Ótimo! Bom, vejo vocês em Hogwarts!

Assim os dois homens se despediram, Alvo Dumbleodore aparatou assim que atravessou a porta e deixou ali um Remus Lupin pensativo. Porém no andar de cima, havia uma Têmis Lupin chorando de felicidade.

Esse era, provavelmente, um dos melhores dias da sua vida.

MONSTER, harry potter.Where stories live. Discover now