Dona de um coração vazio

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Pov:Ellen

Quando cheguei em casa todas as luzes estavam apagadas, ainda chovia um pouco, mas nada comparado há horas a trás. Estou tão cansada, em um nível que há muito tempo não me sentia. Eu literalmente me arrastei para a cozinha. Sinceramente? tudo que eu mais queria nesse momento era dormir, por não sei, uns dois dias insteiros. Mas como em qualquer situação de estresse, minha insônia dava seu ar da graça e me acompanhava até ela decidir que me torturou o suficiente. Hoje seria mais uma noite acordada.

Me agarro a uma taça de vinho e a alguns amendoins que estavam escondidos no fundo do meu armário. Eu considerei a séria possibilidade de me sentar no meu sofá e assistir TV, porém são 22h30 da noite o que quer dizer que não tem nada que preste na televisão a não ser Grey's e eu sinceramente não estou querendo ver a cara de Patrick agora.

O que aconteceu depois que abriram a maldita porta você me perguntam. Nada, eu simplesmente corri o mais rápido que pude em direção ao me carro. Eu nem se quer olhei na direção dele. Na viajem inteira de volta pra casa, não me permiti pensar naquela conversa, mas aqui sentada, sozinha na minha sala escura porque tive preguiça de acender a luz, não pude evitar.

Já contracenei diversas vezes com diversos homens, sem querer me gabar mas eu já fiz um cena nua com Leonardo DiCaprio eu sei quando alguém está atuando e Patrick não estava. Se eu já tinha uma certeza quase absoluta, agora não me restava dúvida. Ele me beijou, e agora não tinha mais a desculpa de que tinha sido Derek, foi ele, Patrick Dempsey, o próprio em carne, osso e lábios. Mas o que isso poderia significar? A realidade é que mesmo que signifique alguma coisa, mesmo que de alguma forma muito errada e quase insana significasse que há sentimentos sentidos por ambos, nada irá acontecer. Estamos repetindo a mesma história, e talvez Meredith consiga lidar como fato de ser uma destruidora de lares, mas eu não.

Meu celular vibrou, e eu não sei se posso descrever o esforço que tive que fazer pra pegá-lo encima da mesa.
O brilho me cegou por alguns instantes até que eu pudesse me acostumar. Tinha uma notificação do Tony. A mensagem dizia:

Tony:Hey Ellen, bom, eu estava conversando com Shonda e aparentemente irá chover durante os proximos dias. A gente resolveu dar um tempo nas gravações durante esses período de tempestades, antes de voltarmos eu aviso. O.O

Respirei fundo quando terminei de ler. Era exatamente isso que eu precisava. Tempo, pra pensar, pra digerir, pra planejar meu suicídio.

Talvez eu pudesse viajar. Pra onde? Praia?  Eu poderia ir pra Malibu, não há  nada melhor na praia do que chuva. Mas então teria que levar Chris comigo, eu não estou muito afim de lidar com ele agora. Eu poderia ficar em casa, na minha cama, embrulhada em trinta quilos de corbertores fingindo coma.

Meu celular vibrou de novo,  dessa vez não era Tony, muito menos uma notificação de mensagem. Era Patrick ligando.  O nome dele, ao lado de pequenos corações escritos com S e 2. Eu suspirei, olhei pra tela até o nome  dele sumir. Não quero falar, não quero falar com ninguém, não estou nem afim de pensar na realidade.
Após a ligação, algumas mensagens, das quais eu não me dei ao trabalho de ler. Somente a primeira:

Paddy S2 S2Elli, por favor... precisamos conversar.

Bloqueei a tela antes que tivesse vontade de responder, joguei o telefone de volta a mesa de centro e fechei  os olhos depois disso apenas dormi.

(...)

~Ellen, Ellen?~ Chris me chamou em sussurros repetidos.  Meus olhos se abriram cansados, e durante poucos instantes minha visão ficou turva.

~ O que?

~ Você dormiu no sofá. Deve estar toda doída.~ Ele falou me observando sentar estendendo um copo de suco de laranja.~Você está bem?

~ Sim, só cheguei meio tarde e acho que peguei no sono.

Ele não falou nada, deu um sorriso fraco.

~ Tony ligou  pra ter certeza que você pegou a mensagem. Disse que vocês vão ficar cinco dias sem gravações.

Eu não respondi, bebi meu suco e dei os ombros.

~Podíamos viajar. Não sei, ir ver a minha família.

A família de Chris não era a pior família de namorado que eu já tinha conhecido, mas eles não se encaixavam na minha realidade, e a mãe e irmãs dele, achavam que eu era meio que uma atriz porno, por aceitar - Literalmente,parafraseando elas-  me agarrar com homens desconhecidos na televisão. Eu costumo evitar estar no mesmo ambiente que elas.

~Ou então podíamos ir pra uma pousada. O que você  acha?

~ Eu acho que eu preciso de um banho. ~Disse me levantando do sofá. ~Será que podemos conversar sobre isso depois,querido?~  como de costume, coloco a mão  em seu peito e dou um beijo na sua bochecha.

Durante o banho quente, a única coisa que pude pensar era na terrível dor nas costas que aquele sofá me deu. De resto evitei deixar minha mente vagar. Eu poderia estar analisando as opções, vendo o que Eu faria dali pra  frente.  Mas eu não quero, tenho preguiça, não  quero porque sei como isso termina, como se nada houvesse acontecido, e se depender de mim será assim. Já perdi muito tempo me preocupando com uma coisa que não tem futuro. O que eu senti por Patrick nos últimos meses, não foi nada além de emoção incubada por uma pessoa que não se sentia assim há  muito tempo. Daqui pra frente não me preocuparei com isso.



Hello pessoas, postei uma nova fic não relacionada a dempeo ou a merder. Quem gosta da Marvel ou especificamente do Homem aranha, bom talvez possa gostar de ler. Homem aranha: Sem um lar.


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