Essa é a coisa mais linda

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Acordei sem a necessidade do despertador, nem mesmo o sol havia nascido ainda e ao olhar para o relógio ao lado da minha cama, constatei que não passava das cinco e dez da manhã. Ciente de que não conseguiria voltar a dormir, me obriguei a levantar e seguir até o banheiro, por algum motivo esperançoso de que fosse encontrar ele ali, como da última vez, com aqueles olhos dourados quase transcendendo para o vermelho intenso e arrebatador, porém tudo que tive foi um banheiro vazio e frio, igualmente o resto do apartamento se encontrava.

- Tinha esquecido de como essa marca era irritante longe dele.

Reclamei levando a mão até o pescoço, onde a mesma estava, já não doía mais como antes, nem mesmo me impossibilitada de mover o braço, porém ela me deixava cansado, indisposto e com frio, muito frio e eu sabia que apenas o corpo dele me deixaria quente novamente, menos de um dia longe e já conseguia ter a percepção do quanto a ausência dele me afetava.

Retirei meu pijama o deixando jogado no chão do banheiro, e liguei o chuveiro esperando que a água quente caísse sobre minha cabeça e me relaxasse ao mesmo tempo que me aquecia. Fechei os olhos em busca de apreciar ainda mais a queda d'água, quando senti meus músculos relaxarem aos poucos minha mente pareceu explodir em uma memória esquecida e que por um momento eu senti que fosse apenas ilusão.

" - Como você chegou aqui?

Quase não podia reconhecer minha própria voz, tão baixa, tão manhosa e sedenta.

- Você veio até mim, hyung."

Balancei a cabeça, respingando água por todo o banheiro, abri os olhos assustado e levei a mão ao peito, meu coração acelerado e mesmo não podendo confirmar, tinha certeza que meus olhos estavam azuis, ainda me recordava da última vez que aquilo tinha acontecido e apressado fechei o registro do chuveiro, saindo do box e me enrolando na toalha, precisava tomar o supressor antes que tudo ficasse pior.

'Pare. Não entre em pânico Jimin, você precisa lembrar disso.'

Meus instintos mais profundos me alertaram, enquanto eu pensava em correr, me fazendo paralisar e cair de joelhos no box do banheiro, com a mão no peito tentando inutilmente, acalmar as batidas dolorosas.

"- Eu?

Ele balançou a cabeça enquanto dava um passo à frente, seus dedos longos e bonitos tocaram meu rosto de maneira calma e protetora, me deixando calmo e me obrigando a fechar os olhos.

- Como soube que estávamos em Seul?

A pergunta não era acusatória, era curiosa e carregada de esperanças.

- Eu... eu não sei. Eu só... - minha voz morrendo aos poucos e precisei puxar o ar com força para meus pulmões. Ato que me fez sentir com clareza o que estava acontecendo, ele estava no meio de um hut, mesmo com os inibidores eu podia sentir. Sentir completamente a queimação que estava em seu baixo ventre, a vontade que ele tinha de me puxar para dentro da casa e me levar ao seu quarto, era quase como um pedido para que eu me entregasse. - Eu quero.

Respondi em palavras algo que não tinha a menor necessidade de transpassar para a voz, porque ele sabia que eu o queria, queria tanto que o senti a quilômetros de distância. Dei um passo à frente, espalmando as mãos em seu peito, agarrando sua camisa em seguida e o puxando para perto, afundando o nariz eu seu pescoço e o sentido prender as mãos em minha cintura de forma possessiva, me deixando com as pernas bambas. Virei o rosto para olhá-lo e logo sua boca grudou na minha, um beijo apressado, sem sincronia mas extremamente excitante que me deixou lubrificar.

Meu Doce PecadoWhere stories live. Discover now