Teoria do Caos | Jikook [EM REVISÃO]

A V E R D A D E N Ã O D I T A

"Por você, eu seria capaz de fingir ser forte, mesmo estando machucado.

Eu queria que o amor pudesse ser aperfeiçoado apenas com amor.

Queria que todas minhas fraquezas pudessem ser escondidas.

Eu plantei uma flor que não pode florescer em um sonho que não pode se tornar real."

BTS

Coréia

Amar é uma fraqueza.

Jungkook havia ouvido essa frase a vida toda.

Desde muito cedo, seu pai lhe ensinou que amor era apenas uma palavra. Um sentimento sem importância que limitava a capacidade dos seres humanos e os tornavam fracos. Por isso, ser um Jeon e fraco, não poderiam estar na mesma frase.

Ele havia nascido com esse peso sobre seus ombros, o peso de governar um império. O peso de nunca errar. O peso de nunca demonstrar fraqueza.

O peso de não poder sentir.

Se recordava vagamente sobre sua infância. Suas primeiras lembranças eram resumidas aos abusos que sua mãe sofria, físicos e psicológicos.

Se lembrava também de quando seu pai o levava para os campos de trabalho escravo. Não entendia o motivo pelo qual aquelas pessoas estavam tão sujas e magras, seu pai apenas lhe dizia que eles eram fracos e pessoas fracas servem aos fortes.

Lembrava com clareza de cada uma dessas coisas. Do sorriso sádico que seu pai carregava e a satisfação em ver alguém inferior sofrer.

Também se recordava de uma certa noite, quando tinha 13 anos. Sua mãe pela primeira vez havia contrariado seu pai. Ela não desejava um futuro construído por ódio, muito menos que seu amado filho se tornasse um monstro como seu pai.

Os gritos abafados ecoavam pela casa, ele sabia bem, estava acontecendo de novo. Seus pés se moviam automaticamente enquanto ele corria por aquele corredor escuro e tudo se tornou claro quando adentrou o quarto.

Seus pés pareciam presos ao chão enquanto contemplava seu progenitor arrancar o último suspiro de vida daquela mulher que ele chamava de mãe.

E por amor, sua vida foi tirada covardemente.

Não se lembrava dos acontecimentos seguintes, mas seu pai o culpou.
Sua mãe não estava mais ali. A única pessoa que se importava consigo estava morta, e por culpa sua, ele não tinha mais ninguém.