[25] Uma Rua Sem Saída

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Notas da autora original: Depois de um capítulo tão conturbado, vem aí um ainda mais, então perdoem a autora. Tudo irá se resolver, ela promete que sim, mesmo que pareça um pouco complicado.

Quaisquer erros, avisem como sempre, certo?

Boa leitura!

— X —

[25] Uma Rua Sem Saída

Draco estava sentado ao lado de Harry em uma das banquetas da cozinha, enquanto o ômega terminava de beber um pouco de suco. Nada parecia estar no lugar. Uma confusão um pouco maior do que o esperado se instalou depois que os pais de Albus souberam sobre a marca de ligação recém-feita, mas todos decidiram que seria um melhor esperar pelo fim do cio para uma conversa séria com os dois adolescentes. Mesmo sabendo que Scorpius não estaria em boas condições para conversar.

— Senhor Potter? — Draco virou um pouco o tronco para conseguir enxergar o genro. Albus estava um pouco acanhado, o rosto vermelho e as mãos trêmulas. — Acabou.

— Oh... — Harry sorriu para Albus e esticou a mão para o alfa se aproximar. — Venha até aqui, alfa, sente-se um pouco conosco.

— Como ele está? — Malfoy questionou enquanto servia um pouco de suco.

— Ele está acordado, mas não quer descer. — Explicou. — Uh, o Scorpius está com medo da reação de vocês, e ele também não consegue me olhar, ele só chora e está fraco demais. — O casal assentiu, incentivando o adolescente a falar. — Eu acho que ele precisa de um médico.

— Você o marcou? — Precisava saber, precisava se preparar para lidar melhor com aquela situação. Albus assentiu inseguro, e Draco respirou fundo. — Tudo bem, pelo menos ele sabe que não foi rejeitado.

— Eu acho que ele só está assustado com tudo. — Disse suave. — Você está bem, Albus? Está um pouco abatido. Pálido.

— Estou cansado. — Mordeu o lábio. — Eu não consegui comer nesse último dia, ele não deixou. Bom, o Scorpius quis ficar abraçado, não me deixava levantar, estava tão estranho.

— É normal. Vocês são muito adolescentes, muito. Os instintos geralmente são mais 'maduros' que quem os carrega. Estamos falando da nossa parte animal, a parte irracional, mas ainda sim a parte que melhor sabe lidar com as coisas, e provavelmente ele te marcou em um momento em que os instintos estavam falando mais alto, algo que com consiência não faria. E agora a ficha está caindo, porque você tem uma bela marca no pescoço e ele carrega uma também. Vocês estão eternamente ligados, e isso assusta.

— Isso mesmo. Parece assustador de início e realmente é, mas saiba que vocês dois não estão sozinhos. — Harry esticou a mão e segurou a de Albus. — Sobre ele ter ficado mais manhoso com você durante o restante do cio é o medo de ser rejeitado...

— Mãe... — A voz rouca e arrastada chamou a atenção de todos, mas antes que pudesse dizer qualquer outra coisa, Scorpius foi de encontro ao chão, choramingando pela dor de bater seus joelhos.

— Filho! — Draco se apressou em correr até o ômega, alcançando seu rosto pálido que estava úmido pelas lágrimas.

— Meu amor. — Harry também se aproximou de Scorpius e, com um pouco de dificuldade, se abaixou, segurando o rosto do filho. — Não chore, meu doce, está tudo bem.

— Scorp. — Albus também se aproximou de Scorpius, segurando sua mão. — Estou aqui, amor. Estou aqui com você, não chore mais.

— Eu estraguei tudo, não foi? — Com a ajuda de Draco, o ômega conseguiu sentar no chão, reclamando um pouco ao que teve as costas acariciadas, estava muito dolorido. — Não queria ter feito isso, não queria. O meu corpo não estava me obedecendo, tudo estava muito confuso e eu achei que ele estava indo embora, senti que meu alfa estava me deixando e quando percebi, ele estava marcado.

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