5. O novo namorado

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- Siena, desculpa. A porta estava aberta e os gemidos altos, não sabia que vocês... - Falou Lilly espantosamente.

- Eu que peço desculpas - Interrompeu Siena ainda recuperando o fôlego.

- Me desculpem também, mas eu preciso me trocar. - Antony se retirou da sala sem se apresentar para Rafael.

- Amiiiga, você tá transando com o Antony? Oh meu Deus! - Lilly se animou em alto e bom som e com os olhos brilhando. - Vocês dois bem que combinam mesmo...

Nesse momento, Rafael tentava esconder sem sucesso os punhos cerrados e as feições de ódio que estava por tudo aquilo que estava acontecendo.

- Calma, deixa eu pegar uns drinks pra gente, pra você me contar direitinho essa história.

Lilly correu rapidamente pra cozinha, saltitante como alguém que recebera uma ótima notícia.

- Pelo visto tenho que parar de aparecer de surpresa em sua casa! - Disse Rafael em voz baixa e sem olhar pra Siena.

- Me desculpe por...

- Segunda-feira às 08h! - Interrompeu ele bruscamente.

- Não entendi.

- Esse é o horário que começa o seu expediente, esteja lá nesse horário em ponto.

Siena mordeu os lábios, Rafael mal olhava pra ela e isso estava claro pra ela, ele certamente estava chateado por tê-la visto transando com Antony. Isso a excitava, de alguma maneira ela sabia que o mesmo desejo que ela tinha por ele, ele tinha por ela.

- Mais uma coisa, Siena - Disse Rafael olhando-a seriamente - Não me provoque!

Siena deu um risinho malicioso e antes que pudesse morder os lábios novamente, Lilly voltou da cozinha com os drinks, cantarolando.

- Tá namorando... Tá namorando... Quando você ia me contar que estava namorando com o Antony?

- Nós ainda não estamos namorando. - Disse Antony em voz alta, dando um beijo terno na testa de Siena. - Prazer, Antony Chaveron!

- Rafael Baudin. - Rafael retribuiu estendendo a mão.

- Peraí!!! - Disse Lilly surpresa - Como assim Rafael Baudin? Então você...

- Sim, eu sou o CEO da SandUp Flash! e novo chefe da Siena.

- Uau!!! Minha melhor amiga e meu... - Lilly olhou pra Rafael com um sorriso inocente esperando que ele completasse.

- Namorado. - Rafael falou sem arrodeios.

Lilly sorriu, não podia estar mais feliz ao ouvir isso.

- Isso! Meu namorado, trabalhando na mesma empresa... Não podia ser melhor, você vai alavancar agora, Siena.

Siena engoliu seco, se sentia extremamente culpada com toda situação. Lilly estava claramente apaixonada por Rafael, se conheciam a poucos dias, mas parecia algo avassalador. Rafael era realmente um homem sedutor e guardava um certo tipo de mistério.

- V-verdade, Lilly.

- Bom gente, vou precisar ir para o Nonna Cucina. Tenho expediente a cumprir essa noite. Você me acompanha até a portaria, Siena?

- C-claro, Antony!

Siena foi ao quarto, colocou uma blusa e uma saia qualquer e foi até Antony, que se despediu dos demais e pegou na mão de Siena, levando-a para o elevador.

- Há muito tempo eu queria te sentir, sabia? - Disse Antony beijando-a calorosamente. - Sentir seus lábios, sua pele, seu corpo.

- Eu gostei de hoje, pena que a gente não aproveitou mais.

- Vamos ter tempo pra isso! - Antony escorregou levemente a mão por debaixo da saia de Siena, apalpando o bumbum dela. - E eu vou ter tempo pra estar outra vez dentro de você.

- Tem câmeras aqui, Antony - afastou Siena envergonhada - Vamos com calma!

- Nada hoje foi calmo, você me deixa louco menina.

Siena sorriu maliciosamente, o elevador chegou até o térreo e eles se despediram com um beijo caloroso. Ela começou a pensar como Antony a fazia bem e começou a pensar que essa ternura e envolvimento despertados a pouco tempo por Antony, fosse algum tipo de resposta do universo para que ela esquecesse Rafael total e absolutamente. Ao chegar no apartamento, ela se depara com Lilly sentada no colo de Rafael. Ambos se beijavam com tanta intensidade, que sequer perceberam que Siena passara pela sala para voltar para o quarto.

- Definitivamente eu preciso esquecer Rafael! - Falou Siena em voz baixa fechando a porta devagar.

Já eram quase 23 horas e os gemidos aumentavam cada vez mais. Lilly às vezes fazia barulho quando levava ficantes pra o Apê, mas geralmente costumava ser mais discreta.

- Eu não vou cair nas provocações de Rafael, ele está fazendo isso comigo pra me deixar irritada. - Pensou ela.

Apenas colocou os fones de ouvido, com uma música alta até adormecer. Já era quase 1h da manhã, quando sentiu os fones serem tirados do seus ouvidos, era Lilly.

- Amiga, oi... Vim aqui ver se você estava dormindo e os fones estavam muito altos. Acho que podem prejudicar seus ouvidos.

- Oh, obrigada Lilly! - Disse Siena ainda sonolenta.

- Me desculpa, eu devo ter feito barulho, né? - Lilly passou a mão no rosto de Siena de forma carinhosa. - Eu não sei o que Rafael tem, mas provoca em mim um tesão absurdo. E a gente ainda nem tinha transado, não sei que fogo foi esse que bateu nele.

Lilly ria alto enquanto Siena não conseguia proferir mais que um sorriso nervoso e sem graça.

- Eu sei que você não se sente muito a vontade em falar sobre sexo, mas hoje você estava bem saidinha...

- É, acho que me despertaram pra essas vontades sexuais! - Disse Siena sem pensar muito no que acabara de falar.

- Antony, né? - Lilly dava cotoveladas leves.

- I-isso... Antony!

- Hahaha, safadinha. Gostei de saber que vocês estão juntos, Antony é um partidão e pelos seus gemidos, parece ser ótimo de cama...

- Não deu muito pra saber - Siena se envergonhou.

- Amiga, me desculpa hahahaha, eu jamais iria imaginar que você pudesse estar com alguém por aqui.

- Foi meio que do nada!

- Eu imaginei! E aquele lance do Rafael também... Meu Deus, não sei se fiquei mais em choque por ele ser seu novo chefe ou um playboy milionário.

- Eu também fiquei bastante. - Siena bocejou propositalmente tentando desviar o assunto.

- Bom, eu vou te deixar agora pra você dormir tranquila.

- Tá bem Lilly, boa noite e dorme bem!

- Sonhe com os anjos loiros e tatuados... - Lilly sorriu e logo fechou a porta.

- Sua boba!

A porta abre novamente e rapidamente.

- Ah e boa sorte amanhã!

- Obrigada, Lilly.

A porta fechou novamente, Siena se sentiu novamente nervosa. Não queria imaginar estar numa sala, sozinha com Rafael.

- Poderia ter pecado maior do que sentir desejos e vontades pelo namorado da sua melhor amiga? - Pensava Siena - Isso é traição, poxa.

Siena voltou a colocar seus fones de ouvido e afundar novamente nas músicas até adormecer profundamente.

O pecado de SienaWhere stories live. Discover now