46. Final feliz?

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Adam logo notou que a movimentação era um dos funcionários saindo das matas e trazendo uma bandeja vazia com copos sujos para dentro da mansão.

- Vocês viram isso?! - Adam advertiu de forma quase inaudível. - É melhor ficarmos parados aqui, tem algo acontecendo ali do outro lado.

A mesma funcionária que havia entrado, voltara com a bandeja levando dois copos com gelo e o que parecia ser whisky, entrando no meio das árvores e sumindo da vista do pequeno grupo.

- Vamos seguir ela, com certeza deve estar indo até onde Rafael está! - Antony apontou.

- Isso é perigoso, acho melhor não irmos... - Lilly sussurrou.

- Você não tá muito na posição de escolher aqui, querida. - Sartori fez uma cara de deboche.

O pequeno grupo se deslocou por trás da mansão, andando entre as árvores até chegar ao outro lado, local onde a funcionária tinha saído.

- Foi por aqui que ela foi? - Perguntou o Adam.

- Foi sim! - Confirmou Antony.

Eles andaram alguns metros por dentro da mata e logo avistaram uma pequena porta enferrujada, ela estava em uma grande pedra, como se aquilo levasse a uma espécie de calabouço. Adam percebeu que a tranca estava aberta e a porta destravada e facilmente aberta. Ele fez sinal para que todos fizessem silêncio e pé a pé entraram no local, uma pequena escada levava a um corredor subterrâneo com revestimento de pedras nas paredes e teto, com o chão de areia e alguns pontos de luz, que iluminavam o local de maneira bem fajuta. O corredor tinha uma curva e ao fim dela, outra porta de madeira maciça. Adam apontou para a porta e sinalizou que iria abrir, sacando seu revólver de forma silenciosa e apontando para qualquer movimentação, Sartori fez o mesmo. Antes que ele tocasse na maçaneta, a porta se abriu devagar e deram de cara com a funcionária com a bandeja e copos vazios, pronta para pegar mais whisky na mansão. Era possível ver uma grande sala, que mais parecia um ambiente hospitalar, com cerca de 10 garotas nuas deitadas em macas verticais pregadas na parede, com seus pés e mãos presos por um sistema automático de amarras de aço, incluindo Siena. Cada uma delas possuía uma bolsa de um líquido amarelado aplicada em suas veias. Antes da funcionária ameaçar gritar, Adam a advertiu baixinho.

- Se você gritar, eu vou ter que atirar em você.

- Algum problema aí, Melissa? - Gritou Rafael percebendo que ela estava parada na porta.

Adam entrou de uma vez junto com Sartori, ambos apontando a arma pra Rafael e Robert Baudin. O segurança que estava com eles, disparou com o revólver que segurava, mas não conseguiu acertar. Em contraponto, Sartori atirou de volta e o acertou, derrubando ele no exato momento.

- Então vocês foram mesmo imbecis de virem até aqui? - Rafael disse em tom irônico pegando rapidamente a arma que havia caído do segurança que agora estava morto. - Saibam que já estão mortos, porque vou acabar com todos vocês!

- Não se aproxime, porra! - Gritou Adam para ele que tentou chegar perto, sem sucesso.

- Você acha que é o único que anda armado por aqui? - Rafael apontou a pistola para Siena que estava bem próxima ao grupo. - É por ela que vocês estão aqui, não é? É por essa vagabunda!

- Seu arrombado de merda, como você teve coragem de fazer isso? - Antony gritou enfurecido.

- Olha só, o cuzinho mais apertado que já comi! - Rafael gargalhou. - Baixa sua bola, seu idiota.

- Seu imbecil!!! - A ira de Antony aumentou.

- Não caia nisso, Antony. Não entre no jogo dele! - Advertiu Adam.

O pecado de SienaWhere stories live. Discover now