24- Me vi pequenina

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#pratodosverem/Descrição da imagem e do momento:

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#pratodosverem/
Descrição da imagem e do momento:

Na imagem, estou em minha infância, no auge de meus dois aninhos, observando minha boneca preferida, a Emília, num misto de encantamento e curiosidade com os movimentos dela, dentro de meu mundo, focada em meu presente, como se nada mais existisse! De roupinha simples, camisetinha caída em um dos ombros, sapatilha, cabelos curtinhos e uma doce inocência envolvendo o momento... Tudo isso, fazendo lembrar os atributos naturais de todas nós, quando aqui chegamos, ainda crianças, dando um misto de sensação de perda de capacidades nobres e de saudade de um tempo, onde ser quem se queria, era plenamente possível. A sensação do momento era de ser infinitamente única! O curioso, é que realmente o somos! Falta a gente redescobrir isso, com um nível de encantamento tão quanto o de uma criança de dois anos, com seu brinquedo mais incrível!

***

Me vi pequenina

E não é à toa, sabia?
É quase certo
Que vai viajar
Até a sua infância,
Quando mãe!
Seja visitando suas feridas,
Seja relembrando suas alegrias!

E, nessa viagem,
Ora seu coração
Vai se fechar,
Noutra, ele vai se abrir,
Tal como uma estonteante flor...

E está tudo certo
Com você!
Tudo bem chorar,
Visualizar o que não vai gostar,
Sentir dor, até não conseguir mais...

E parar.

Cessar essa imaginação invasora,
Que insiste em querer voltar a viver
Dentro de si.

Tudo bem relembrar
Aquela trela,
Aquela esperança,
Aquela habilidade,
Aquela risada sem controle
Ou aquele medo medonho...
De quando era criança.

É revendo e tocando
Essa pequenina, cheia de vida,
Que sentirá, também,
Uma envolvente guiança.

E, de repente,
Num profundo respirar...
Voltar!

E se vê
No aqui e agora,
Novamente...
Com a sua outra criança!

Àquela a quem deu à luz,
Destacada de si,
Mas, parece também, que está
Bem dentro aqui.

Como que espelhando
A linda criança
Cheia de planos, simpatia
e meiguice.

A de seu passado
De si, em si.
E que sabia sonhar!

Ah, como ela sabia sonhar...

Nossa, como ela conseguia voar,
Dentro da própria imaginação
E criar um mundo
Tão colorido, divertido
E totalmente possível!

A sua criança "externa",
A que resgata a outra
E que está à sua espera,
Aguarda que a reencontre
Para que possam se esbaldar, brincar...
Uma com a outra...

Muitas vezes,
Você não vai dar conta de revivê-la,
Porque ela fica relutante,
Não volta, não quer vir.
Você não consegue.
E frustra-se!

É quando ela só precisa
Ser apreciada, relembrada...
Que, hoje, adulta encaixada,
Identificada...
Você é, apenas,
Uma versão "melhorada"
E bem domesticada!

Quando essa bela rosa
Vier visitá-la,
Deixe-a entrar!
E nela busque está.
Abrace-a, acolha-a
E aprenda dela e com ela
O que for possível...

Nessa jornada, dentro de jornada,
Provocação materna que indaga,
A criança que foi
Que agora, invasivamente
Vem ao seu exato
E necessário interno ponto,
Pede e pede o seu autoencontro!

Essa criança sua,
Gravada nos registros
Da inconsciência...
Que viveu, que foi...
Habita seu Eu divino!
E pede para não ser entregue
A outro destino
Que não seja ao seu próprio coração!

Nesse lugar e acordar,
Nesse relembrar...
Um eclodir, um reencontro!

É onde, muitas vezes,
Inevitável se faz
A mudança de rota
E de sentido!

Porque se viu grandemente,
Enquanto pequenina,
E rejeitou, gravemente,
A versão de si
Que aceitou menos
Do que realmente É.

***

Nota da autora:

Ela é sutil, ouça-a... A criança que você foi tem muito a ensinar-lhe a ressignificar a sua própria vida e a autodescobrir-se ainda mais, como mãe!

Mãe em poesiasحيث تعيش القصص. اكتشف الآن