Capítulo 08 - Um Começo

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Kara Zor-El  |  Point of View






Acordei e tentei levantar...

— Os reféns... Preciso salvar os reféns! – Alguém me segurou e eu me dei conta de não estar mais no mercado.

— Calma, heroína. Salvamos todos e você matou o líder do bando. Parabéns. – Sara me abraçou e eu retribui. — Você nos assustou.

— O que houve?

— Você levou um tiro no ombro e na luta forçou muito o ferimento, perdeu muito sangue. Sua mão está mexendo normal? – Fiz um movimento e senti uma fisgada. — É normal, mas pelo menos você a conseguiu mexer. Parabéns de novo.

— Que dor de cabeça.

— É a claridade. Você está dormindo a quatro dias.

— Puta merda! Porque tudo isso?

— O médico disse que você estava muito esgotada, precisava descansar e o seu cérebro entendeu que esse era o momento ideal. Você estava bem, sinais vitais estáveis e só dormiu.

— E meu filho?

— Vem aqui toda a hora, ele brigou feio com a Catherine para dormir aqui. Ele é um homenzinho, Kara. Parabéns de novo.

— São muitos parabéns para uma manhã.

— Tarde. São quatro horas.

— Estou perdida no tempo e com muita fome.

— A Sra. Luthor vai te trazer umas coisas, me fez prometer que ligaria assim que você acordasse, pois o médico disse que sentiria muita fome.

— Sra. Luthor? – Alisei minha testa... Que dor do caralho.

— Sim. Seus sogros fizeram campana aqui junto aos seus pais.

— Sogros?

— Sim. Lionel e Lilian.

— Sara!

— Ok... Futuros sogros na sua cabeça.

— Você não me dá descanso nem em um hospital? – Fiquei a encarando por um tempo. — Lena veio?

— Claro. Ela segurou sua mão por todos os dias e ficou falando que te pediria em casamento quando acordasse.

— Vai se foder.

— Não surta. Os velhos tem gratidão, e ela nem lembra da sua existência.

— Você é cruel, Sara.

— Eu sou realista. O garoto fez várias cartinhas, o Lionel vai te entregar depois.

— Tudo bem.

— Vou chamar os seus pais.

— Não!

— Ah... Se prepara. A Alura está com sangue nos olhos.

— Acerta minha cabeça. – Ela gargalhou. — É sério. Me faz desmaiar.

— Para de bobagem.

— Sério... Me ajuda. Me acerta uma coronhada. Eu nunca vou te perdoar se você não me fizer desmaiar.

— Você é dramática demais.

Ela saiu e logo médico me avaliou, logo meus pais entraram no quarto.

— Agora já é suficiente?

— Não começa, mãe.

— Vou terminar. Você tem que sair dessa vida, eu não aguento mais esperar por ligações como esta, e agora realmente a recebi. Como acha que nós ficamos? O pobre do Polinho? Ele ficou muito assustado.

REM - Adaptação KarlenaWhere stories live. Discover now