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-Então, eu sinto muito...- O médico diz e meu coração dispara com essa frase.

-Sente muito, por quê?

-Você está com câncer!- Ele afirma e tudo ao meu redor para, não consigo ouvir mais nada.

Minha visão fica turva e o médico segura meu braço me ajudando a sentar na cadeira.

-Eu sei que é difícil receber essa notícia, mas preciso que você fique calma...

-Só pode ser um engano...- Digo sentindo tudo girar.

-Não, infelizmente não é. Temos que iniciar o tratamento o mais rápido possível, pois ele já está avançado.

Ele está com os papéis dos exames em mãos, eu pego os mesmos e saio daquela sala correndo.

Passo pelas ruas sem olhar para os lados, alguns carros buzinam em minha direção, mas não me importo.

Sinto algumas batidas nos meus ombros e só depois de receber uns xingamentos, eu percebo que estava esbarrando em algumas pessoas.

Enfio aqueles papéis dentro da minha bolsa e entro em um restaurante próximo dali.

Me sento em uma mesa qualquer e quando o garçom vem até mim, eu peço uma água.

Meu celular tocava sem parar, mas eu desliguei todas as ligações sem mesmo ver quem era.

Não espero a água e saio daquele restaurante e vou pegar meu carro.

Entro dentro dele e saio da cidade.

NARRADORA

-Procurem pelo sul!- Yan diz para os seus funcionários e os mesmos se agilizam para fazer o que ele pediu.

-Eu vou ficar, caso ela resolva aparecer!- Kiara diz aflita.

-Eu vou dar uma olhada no centro da cidade!- Vicente diz e entra no seu carro.

-Vou olhar no norte!- Yan diz e sobe na sua moto indo em direção ao norte da cidade.

Cadê você, maluca?

Enquanto ele pilotava pelas estradas do norte da cidade, ele não encontra nada suspeito e muito menos um sinal da Lia.

Ele entra em uma rua de terra e vê algumas casas abandonadas por alí.

-Sequestrar e trazer pra esse lugar parece bastante óbvio...- Ele diz pra sí mesmo.

Quando ele iria retornar, um barulho chama a sua atenção numa pequena construção parada.

Ele para sua moto e tira sua arma da cintura.

Empunhando a mesma, ele caminha com passos lentos até a construção, até que ele entra de uma só vez surpreendendo sejam lá quem estiver dentro.

O que ele menos espera ver, ele vê! Um casal de adolescentes completamente nus transando.

Eles se assustam e tentam esconder suas partes íntimas com as mãos.

-Que merda é essa??- Ele diz paralisado vendo aquela cena.

Os dois jovens estavam com uma expressão de medo por conta de terem sido pegos no ato e por ter uma arma apontada para eles.

-Fala sério, né?! Construção?- Yan abaixa sua arma e pergunta para eles com o cenho franzido.

-Quem é você? Um policial?- A menina pergunta.

-É... Eu sou um policial!- Yan diz guardando sua arma na cintura.

-Cadê o distintivo?- O menino pergunta.

CULPADA: DEPOIS DA VERDADE Lv2Where stories live. Discover now