5

44 2 72
                                    

Lúcia se dá de conta que havia perdido seu colar que seu marido havia lhe dado na cachoeira assim que chega em casa.

Ela recebe uma carta que dizia o seguinte:

Querida Lúcia,

Os conflitos estão aumentando e teremos que lutar. É uma guerra geográfica e não sei quando tudo isto irá acabar, mas saiba que você está em minha mente todos os dias e o que mais quero é que eu volte para casa para estar ao seu lado.

Ela abraça a carta ao peito e suspira. Christopher está longe  e ela já acostumou-se com a sua ausência.

O pai de Joaquim, Afonso, estava sentado no sofá lendo um jornal. Irene costurava e o filho deles, Pedro Henrique, estava brincando com seus soldadinhos em cima da mesa de vidro.

Joaquim entra na casa e tinha no rosto uma expressão feliz.

- Tenho uma coisa a dizer à vocês.

- É algo bom ou ruim? - Sua mãe lhe perguntou preocupada.

- É boa, mãe. Muito boa.

- Fala logo! - Seu irmão grita.

- Tudo bem. - Ri dele - Como o antigo médico do hospital foi transferido, a partir de agora eu ficarei em seu lugar.

- Isso é maravilhoso! - Sua mãe ficou feliz e foi abraçá-lo.

- Parabéns, filho! - Seu pai lhe disse, tocando seu ombro e o abraçando.

- Obrigado. Meu sonho se realizou e devo agradecer à vocês, meus pais, por terem me apoiado nos estudos.

- Ah... - Irene o beijou.

- Vais cuidar dos doentes agora. Isso é bom demais. - Seu irmão lhe diz.

- É sim! - Passa a mão nos cabelos dele.

Nos dias seguintes, o pai de Joaquim começa a ficar doente e Irene cuida dele.

- Estás com febre, querido! - Toca sua testa.

Eles o levam ao hospital quando viram que estava piorando, com dores de cabeça, calafrios, entre outros sintomas.

No hospital ele foi diagnosticado com febre amarela.

- Ele parecia tão bem... - Irene se lamentou.

- Agora eu vou cuidar dele, mãe. Vai ficar tudo bem. - Joaquim tenta acalmá-la.

Joaquim fez de tudo para que o pai ficasse curado, mas infelizmente isto não aconteceu.

O enterraram e ficaram de luto. Pedro Henrique ficou muito triste e sua mãe também.

Joaquim se sentiu mal por não poder tê-lo salvado e sentiu raiva por ter falhado como médico.

- Não tivestes culpa. Estas coisas acontecem e não sabemos o por quê. - Irene lhe dizia.

Joaquim estava decepcionado, mas prometeu a si mesmo que iria ser melhor dali pra frente.

Ele encontra Pedro Henrique do lado de fora e chega perto.

- Pedro?

- Sinto a falta dele.

- Eu também... - O abraça.

- Acha que ele olha por nós agora lá de cima?

- Isso não dá para saber, mas eu e a nossa mãe estamos aqui e cuidaremos de ti.

- Eu sei, mas...

- O que?

- Quisera saber porquê as pessoas que amamos vão embora.

Reencontro [Livro 2]Where stories live. Discover now