Lúcia se dá de conta que havia perdido seu colar que seu marido havia lhe dado na cachoeira assim que chega em casa.
Ela recebe uma carta que dizia o seguinte:
Querida Lúcia,
Os conflitos estão aumentando e teremos que lutar. É uma guerra geográfica e não sei quando tudo isto irá acabar, mas saiba que você está em minha mente todos os dias e o que mais quero é que eu volte para casa para estar ao seu lado.
Ela abraça a carta ao peito e suspira. Christopher está longe e ela já acostumou-se com a sua ausência.
O pai de Joaquim, Afonso, estava sentado no sofá lendo um jornal. Irene costurava e o filho deles, Pedro Henrique, estava brincando com seus soldadinhos em cima da mesa de vidro.
Joaquim entra na casa e tinha no rosto uma expressão feliz.
- Tenho uma coisa a dizer à vocês.
- É algo bom ou ruim? - Sua mãe lhe perguntou preocupada.
- É boa, mãe. Muito boa.
- Fala logo! - Seu irmão grita.
- Tudo bem. - Ri dele - Como o antigo médico do hospital foi transferido, a partir de agora eu ficarei em seu lugar.
- Isso é maravilhoso! - Sua mãe ficou feliz e foi abraçá-lo.
- Parabéns, filho! - Seu pai lhe disse, tocando seu ombro e o abraçando.
- Obrigado. Meu sonho se realizou e devo agradecer à vocês, meus pais, por terem me apoiado nos estudos.
- Ah... - Irene o beijou.
- Vais cuidar dos doentes agora. Isso é bom demais. - Seu irmão lhe diz.
- É sim! - Passa a mão nos cabelos dele.
Nos dias seguintes, o pai de Joaquim começa a ficar doente e Irene cuida dele.
- Estás com febre, querido! - Toca sua testa.
Eles o levam ao hospital quando viram que estava piorando, com dores de cabeça, calafrios, entre outros sintomas.
No hospital ele foi diagnosticado com febre amarela.
- Ele parecia tão bem... - Irene se lamentou.
- Agora eu vou cuidar dele, mãe. Vai ficar tudo bem. - Joaquim tenta acalmá-la.
Joaquim fez de tudo para que o pai ficasse curado, mas infelizmente isto não aconteceu.
O enterraram e ficaram de luto. Pedro Henrique ficou muito triste e sua mãe também.
Joaquim se sentiu mal por não poder tê-lo salvado e sentiu raiva por ter falhado como médico.
- Não tivestes culpa. Estas coisas acontecem e não sabemos o por quê. - Irene lhe dizia.
Joaquim estava decepcionado, mas prometeu a si mesmo que iria ser melhor dali pra frente.
Ele encontra Pedro Henrique do lado de fora e chega perto.
- Pedro?
- Sinto a falta dele.
- Eu também... - O abraça.
- Acha que ele olha por nós agora lá de cima?
- Isso não dá para saber, mas eu e a nossa mãe estamos aqui e cuidaremos de ti.
- Eu sei, mas...
- O que?
- Quisera saber porquê as pessoas que amamos vão embora.
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Reencontro [Livro 2]
Short StoryLúcia e Joaquim estiveram muitos anos separados por conta dos problemas que tiveram entre as famílias dos dois e devido à isto, foram proibidos de terem qualquer tipo de afeto um pelo outro. O tempo passou e aqueles jovens se tornaram adultos e ago...