Reencontro [Livro 2]

10

Pedro Henrique entra em casa e avisa que já havia chegado da escola:

- Mãe, cheguei! - Ele a beija.

- Que bom, filho. O almoço já está quase pronto. - Irene já colocava os pratos na mesa.

- Vou lavar as mãos primeiro.

Assim que ele volta, Irene serve a comida e eles almoçam.

- Como foi a escola?

- Muito bem.

- Novidades?

- Amanhã terá reunião com os pais.

- Ainda bem que não devo me preocupar, não é mesmo?

- Sabes que sou um bom aluno.

- Sei sim.  - Diz sorridente.

- Mãe?

- Fale.

- Posso ir na casa da Clarisse mais tarde?

- Vão estudar de novo?

- Na verdade não. É que ela vai me emprestar alguns livros para eu ler.

- Tudo bem... Pode ir.

- Obrigado, mãe!

Depois de comerem, Pedro Henrique foi para a casa de Clarisse.

Chegando lá, ela o apresentou à sua mãe.

- Mãe, este é o Pedro Henrique. Convidei ele para vir aqui hoje.

- Muito prazer. - A mãe de Clarisse disse-lhe simpática.

- O prazer é meu, senhora. - Pedro Henrique respondeu.

- Vou emprestar à ele alguns livros que eu tenho. - Clarisse explicou.

- Ah! Fiquem à vontade. Mas estou de olho em vocês.

Clarisse então lhe mostrou os livros que tinha em sua estante ,que ficava em seu quarto.

- Esse aqui é de física, esse de literatura portuguesa, hum...  astronomia. - Ia tirando os livros da estante e dando para Pedro Henrique segurar.

- Gosto desses.

Pedro Henrique guardou os livros dentro de sua mochila.

- Assim que eu terminar de ler, eu devolvo.

- Fica pra você.

- Mas são seus.

- Não tem problema. Não leio esses livros.

- Tudo bem. - Aceitou.

Eles iam descendo as escadas e se deparam com o pai de Clarisse chegando em casa.

Ao ver Pedro Henrique, ele fica sério.

- Quem és tu?

- Ah! Esse é o Pedro Henrique, pai. Meu colega de classe, convidei ele para vir aqui.

- Prazer, senhor. - Pedro Henrique estendeu a mão para o homem mas ele não o cumprimentou e por isso o garoto recolheu a mão.

- O que eu disse sobre trazer estranhos para dentro de casa, Clarisse? Nunca se sabe o tipo de pessoa com quem estamos lidando.

- Paulo, assim vai espantar o menino! - A mãe de Clarisse sussurrou para ele.

- E tu, Ângela? Por que deixas ele solto pela casa?

- Já estava de saída. - Pedro disse.

- Eu te acompanho até a porta. - A mãe de Clarisse já ia caminhando com ele quando o pai da menina disse: