Capítulo 15

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ALERTA DE GATILHO

As cenas a seguir contém um nível muito alto de fofura.


Do Outro Lado Da Tela.


POV ANDREA

Duas semanas se passaram desde o acidente de Miranda. Um acidente sem qualquer explicação. E não me interessa realmente. A única coisa que importa é que ela está bem. Mesmo ainda com o braço engessado eu sei que ela está bem. Cuidar dela por esses dias nos trouxe uma conexão incrível. Mesmo com a impaciência dela e explosões, eu me senti completamente ligada a ela.

Preparo um copo enorme de smoothie de morango que ela adora. Coloco alguns cookies num prato, coloco numa bandeja e sigo para o quarto. Eu havia colocado a tv lá para o maior conforto para ela. O banheiro fica mais perto, então a locomoção ficaria mais fácil.

— Trouxe o ...

Ela dá um mini salto na cama e me olha, tirando rapidamente a mão do gesso.

— O que foi? — Questiono.

— Nada.

Ela responde sem me olhar.

— O que você fez, Miranda?

— Eu não fiz nada. Isso é pra mim?

Ela aponta pra bandeja tentando disfarçar. Olho para ela e olho ao redor para tentar entender o que ela aprontou.

— Miranda, o que você fez? Eu sei que aprontou alguma coisa.

— Eu não fiz nada, Andrea. Está ficando paranoica. Vai me alimentar ou não?

Ela questiona mais uma vez apontando para a bandeja. Me aproximo e coloco no colo dela. Miranda começa a se alimentar e eu fico procurando alguns vestígio de algo que ela tenha aprontado.

— Está gostoso? — Pergunto.

— Delicioso. — Ela responde comendo um dos cookies.

— Está ansiosa para ir remover o gesso? — Pergunto e pego um cookie pra mim.

— Não sabe o quanto. Isso é ridículo. Não aguento mais usar essas camisa folgadas demais em meu corpo.

Ela resmunga e eu sorrio por sua impaciência.

Tomamos o nosso café e seguimos para o hospital. O mesmo onde ela foi atendida. A médica determinou que duas semanas seriam suficientes para manter o braço dela imobilizado.

Estamos numa das diversas salas. Miranda está sentada numa das macas e é uma das coisas mais fofas do mundo. Ela sentada, ereta com uma postura de rainha, e as pernas balançando longe do chão, com suas sapatilhas, que ela tanto odeia usar, mas que por causa do acidente e das dores que ela ainda sente pelo corpo, o uso de sapatos sem saltos é necessário. Os pés alvos ficam balançando no ar e eu tenho vontade de apertar a minha dama fofa e nunca mais soltar.

— O que foi?

Ela me questiona.

— Nada, meu amor.

Respondo sorrindo.

— Vamos lá.

Um jovem vestido de branco entra na sala com um motorzinho e se aproxima de Miranda. Ela olha bem pra o motor, retrai um pouco o braço e encara o jovem.

— Qual o seu nome, rapaz? — Ela pergunta.

— Me chamo Mathew. — Ele afirma sorridente.

Miranda o olha dos pés a cabeça. Ele continua sorridente. Coitado.

Do outro lado da tela Where stories live. Discover now