Capítulo 18

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O-B-R-I-G-A-D-A


Do Outro Lado Da Tela


POV MIRANDA.

Sinto em meu pescoço curtos beijos. E isso vai me despertando. Abro os olhos em meio a um sorriso.

— Acorda, dorminhoca.

Escuto a voz de Andrea e acabo despertando completamente.

— Bom dia. — Ela diz.

Sinto um cheiro gostoso do frescor vindo dela.

— Bom dia.

Respondo manhosa e ela abraça o meu corpo.

— Dormiu bem?

Ela questiona e me dou conta do que aconteceu noite passada. Estávamos nos beijando e ela pediu pra ir ao banheiro tomar um banho. E ela entrando no banheiro é a última coisa que eu me lembro. Me viro e a encaro.

— Oh, meu deus...Eu...Eu adormeci completamente.

Afirmo envergonhada.

— Sim. Adormeceu.

Ela diz rindo de mim. Me afasto um pouco e me sento na cama. Ela se senta e sorri para mim docemente. Minha namorada está com os cabelos molhados e um vestidinho floral de alças finas e um lindo sorriso no rosto.

— Querida, eu sinto muito. Eu...

— Miranda, você estava exausta. Eu sei disso. Você precisava repousar.

Ela fala tão compreensiva que eu sinto sinceridade em cada palavra.

— Tem um café da manhã maravilhoso esperando por nós.

Ela aponta para o outro lado do quarto e vejo uma cesta.

— Uma cesta?

— Sim. Vamos fazer um piquenique no seu jardim.

Ela fala empolgada.

— Vai, Priestly.

Eu dou um beijo rápido em seu rosto e sigo para o banheiro. Tomo um banho rápido e volto para o quarto, mas não a vejo. Escolho um vestido verde musgo também de alças que fica um pouco folgado em meu corpo e me visto. Me olho pelo espelho e me agrado da minha aparência. Vou até o banheiro e passo a escova rapidamente no cabelo e o organizo como posso. Não quero perder tempo escovando-o. E já que ela deixou claro que iremos fazer um piquenique em casa, não preciso me maquiar também. Andrea já conhece toda a minha imagem de mulher comum. Não preciso me esconder por trás das minhas mascaras para ela. É uma das maiores virtudes em nossa relação. Ela me enxerga e me conhece exatamente como eu sou. A encontro na cozinha ainda mexendo na tal cesta.

— Espero que não se importe, eu dispensei a...Como é o nome da cozinheira? — Ela pergunta.

— Eu sempre a chamei de Emily.

Andrea gargalha.

— Você...Você tem certeza de que não quer ir ao Central Park? Ou qualquer outro lugar?

Pergunto ao me aproximar e ela me abraça.

— E ter que dividir você com os outros? Jamais, senhora Priestly.

Ela sorri e me dá um selinho. Pega a cesta e saímos pela porta da cozinha. Nos aproximamos da piscina e vejo uma toalha estendida no chão com algumas almofadas. Minhas caríssimas almofadas da Bergdorf no chão do meu jardim. Em alguma situação do passado eu estaria surtando, mas agora...Com ela, absolutamente nada mais importa. A vejo distribuindo os recipientes com alguns frios, salada de frutas e sanduiches. Uma garrafa de suco e dois copos.

Do outro lado da tela Where stories live. Discover now