Do outro lado da tela

Capítulo 17

❄ DO OUTRO LADO DA TELA ❄

POV MIRANDA.

Ela me pega pelas pernas e cai sentada comigo no sofá. Estou sentada no colo da minha namorada enquanto nos beijamos saudosas. O mundo deixa de existir quando estou nos braços dela. Levamos um bom tempo nos beijando até que precisamos recuperar o ar.

– Não consigo acreditar que está aqui, meu amor.

Digo distribuindo beijos no rosto dela.

— Eu vou te provar que estou aqui.

Ela diz e me agarra pela cintura. Me beija enquanto me aperta em seu corpo e eu sinto todo o peso e estresse do dia sumirem completamente. Logo ela se afasta e alisa o meu rosto.

— Vou provar com mais convicção daqui a pouquinho. Mas primeiro vou cuidar de você. Se está chegando a essa hora, é porque o dia foi caótico.— Ela diz.

— Nem tenho forças para explicar o quanto.— Afirmo.

— Então vamos repor as suas energias. Tem um banho preparado. Vai lá enquanto eu organizo o nosso jantar.

Ela diz com um sorriso lindo. Me sinto cuidada por ela.

— Não há uma só palavra que saiu da sua boca que eu não tenha apreciado.

Eu digo e ela me dá um selinho.

— Eu só não subo e te dou um banho porque sei que se eu tiver a chance de te apreciar sem roupas agora, vou acabar desrespeitando as horas que você passou sem se alimentar.

Eu gargalho com sua frase tão cínica e tão sincera. Saio do seu colo e vou saindo. Volto até ela, lhe dou um beijo demorado, pego as minhas rosas e saio apressada para as escadas apressada. Chego ao banheiro e logo vejo a minha banheira cheia com algumas pétalas soltas pela agua. O cheiro delicioso no ar. Uma pequena bandeja com alguns aperitivos uma meia taça de vinho. Sorrio ao sentir que ela quer adiantar um pouco a minha alimentação, mas também não quer que eu perca o apetite. Inalo o cheiro das minhas rosas e as coloco com delicadeza na cama. Se fosse uma mulher adepta as redes sociais eu compartilharia a foto dessa preciosidade que Andrea me deu.

— Eu amo essa mulher.

Sussurro sozinha enquanto tiro as minhas roupas.

❄ DOLDT ❄

Saio do quarto um pouco ansiosa. Não sei quanto tempo Andrea vai ficar, mas quero aproveitar cada segundo que ela estiver aqui. Desço as escadas e a vejo de costas falando ao telefone.

— Não se preocupe. Eu também te amo, garota.

O "eu te amo" me surpreende. Andrea não seria capaz de dizer isso para qualquer uma. Mas fico intrigada por saber para quem está indo essa frase que é tão minha. Pigarreio sutilmente e ela se vira percebendo a minha presença. Sorri e solta um beijo para mim.

— Espera...Eu vou passar pra sua mãe, Cassidy.

Ela disse eu te amo para a minha filha? Como essa mulher pode existir? Ela se aproxima, me dá um selinho e me entrega o celular.

— Bobssey?

— Oi, mamãe. Como está?

— Estou bem, meu amor.

— Eu diria que mais do que bem. A namorada chegou aí de surpresa.

— É. Mais do que bem.