Estilhaçar marcado: 04:19

7 1 0
                                    

Uma madrugada agitada para um gélido clima, um o céu que não possuia uma só estrela, deixando o embriagado ambiente macabro, acima daquele círculo de pessoas em polvorosa. Dentre as testemunhas humanas, que transbordavam suas apreensões, se encontravam presenças familiares, que em decorrência da sucessão violenta os manteve apenas como espectadores.

Afagando suas mãos pálidas nervosamente, sem tirar atenção do que agora começava a o incomodar, Kanato se distanciou de sua hesitante companhia e sobre empurrões chegou até a razão da comoção. Se o Sakamaki não estivesse vendo com seus próprios olhos, duvidaria e retrucaria com a pessoa que tivesse supondo algo sobre seu pacifico irmão, mas o acontecimento não era apenas presenciado por ele, mas por pessoas de confiança de seu pai também, que assim que constaram sua interferência diante das pessoas, se puseram a conter o atrito. Mukami Kou, seriamente conteve a abriga, afastando Laito de seu fragilizado adversário, que mesmo enojado por ter se submetido a fazer um trabalho banal, internamente enquanto sorria simploriamente e alegava que tudo seria resolvido, Kou torcia para que alguém pelo menos publicasse algo nas redes sociais, comentasse de seu ato de caridade.

As pessoas foram se retirando, suas curiosidades haviam sido sanadas e resolveram seguir suas vidas noturnas em busca de soltem suas feras, enquanto ainda eram acobertados pelo manto da noite.

Precipitadamente, Kanato respondeu com frustração a aquele ato do irmão, no segundo em que a feição que conhecia a muito tempo, que agora apresentava ferimentos e hematomas, foi erguida para si, ele constatou que aquela pessoa lhe era no momento desconhecida.

O silêncio e a surpresa de Laito, fez o olhar de desapontamento do irmão marejar.

– Não profira uma palavra sequer para mim, até chegarmos na mansão! – Alertou Kanato, afastado de qualquer sinal de tristeza.

Assim como os acontecimentos anteriores, Laito não tinha consciência do que havia feito, mas sentindo a ardência de seus ferimentos naquele momento, que apoiando a Kou seguia cabisbaixo os passos do irmão, admitia que tinha passado até de seus próprios limites.Sentia que a dor do tapa que foi lhe deferido e o desgosto que presenciou pela primeira vez vindo de um alguém como Kanato, resaltavam de uma forma que precisava intervir a respeito de sua impotência, pelo menos em consideração ao que dolorosamente fez seu irmão se submeter.

Iria passar despercebido, se propositalmente Mukami Azusa não tivesse ficado para trás, sempre calmo e imerso em suas próprias convicções, ele notou que havia algo de errado com o adversário de Laito. Parando por um instante para averiguar a gravidade do estado daquele homem, Azusa engoliu em seco, quando as marcas de uma possível manipulação se destacaram no pulso gélido daquela pessoa e aos poucos como se fosse tudo parte de sua imaginação, a vida aos seus pés se esvaiu em pó. Se ainda fosse um alguém inocente e assustado, tinha chamado a atenção de Kou entre gritos, mas com tranquilidade sabendo que o irmão reagiria com extravagância, Azusa se aproximou e o comunicou sobre o fato.

Laito ainda desolado, digeriu a situação com amargor e não fez questão de se justificar, apenas adentrou o carro do irmão e os aguardou no veículo. Encostando o rosto no vidro frio, sentido como era reconfortante para seus ferimentos, ele apenas observava Kanato discutir possivelmente sobre o que fariam a seguir. Laito notava que não entendia muito como estava sendo o desenrolar da questão, mas sabia que seu nome era citado naquela discussão. Temia dizer ao irmão, que tudo que recordava era que diante dele estava Tsukiname Shin e não um humano, jurava escutar sua voz e sentir sua presença, não queria ser inocentado, queria assumir a culpa e acabar com o problema, que supostamente tinha feito seu pai o causar.

– Mina não pode me ver assim.– Refletiu o Sakamaki desviando totalmente de seu raciocínio anterior.

Ele passou as mãos ao rosto com o objetivo adiantar o processo de cura de seu corpo, mas parecia não surtir efeito e nem tinha indícios que os ferimentos estavam cicatrizando, era algo muito incomum e improvável de se acontecer. Antes dele apresentar algum pavor, seu irmão e os Mukami retornaram e Laito disfarçou seu temor, em meio aquele ambiente silencioso.

Distinct Origins - Diaboliks lovers (AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora