Amarrada

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Rafaella estava apavorada, mas em momento algum tirava os olhos de Sofia, que estava no colo de uma mulher que fumava algo, provavelmente maconha. A garota também mantinha os olhos em Rafaella, mas estava quieta, como se soubesse do perigo da situação, mas as lágrimas não paravam de descer pelo seu rosto em segundo algum.

                     

E Rafaella estava amarrada a uma cadeira em uma espécie de cozinha... Bom, pelo menos ela achava que era uma cozinha. As cordas machucavam seus pulsos, mas estavam tão apertadas que ela mal conseguia mexê-los para parar a dor.

                     

- Aê gata - um homem chegou perto de Rafaella e pegou seu rosto, a fazendo olhar para ela, o homem tinha uma arma em sua outra mão, mas a mantinha para baixo - quem é que vai trazer o dinheiro?

                     

- Larga de ser trouxa, Prior. - outro que estava sentado numa mesa, enrolando algo que Rafaella presumiu ser mais drogas, falou. – Ela não vai falar nada.

                     

Um homem forte e alto, com aparência de um daqueles seguranças de Bianca, apareceu na porta e se encostou no batente. Ele usava roupas de marca, um boné e uma corrente de ouro que aparentemente custara mais que a casa de Rafaella (que na verdade era de Marcella).
                 

- Quem vai trazer o dinheiro? - o homem falou tão sério, que dessa vez, Rafaella decidiu responder

                     

- Uma amiga. - ela falou. Pelo o que Rafaella percebeu, se falasse que namorava uma mulher ali, as coisas iriam ficar mais feias do que já estavam.

                     

- Queremos mais de 100 mil reais. - o homem falou para Rafaella.

                     

O celular de Rafaella começou a tocar na mesa, e o que estava sentado ali olhou o ID de chamada.

                     

- É a sua amiga? - o cara grandão pegou o celular e mostrou a tela para ela, onde uma foto de Bianca e Sofia mostrando língua e " My Princess" apareceram.

                     

Rafaella assentiu, e o cara atendeu a chamada, colocando o telefone no ouvido dela, tirando uma arma da cintura e apontando para a cabeça dela.

                     

- Sem fazer gracinhas. - ele sussurrou. - Se fizer, morre.

                     

Rafaella praticamente o ignorou, gritando "Bianca" no telefone.

                     

Sofia deu um grito quando viu a arma na cabeça de Rafaella, que foi abafado pela mão da mulher que a segurava. Ela sussurrou algo no ouvido da menina, que assentiu e começou a chorar silenciosamente.

                     

- Bianca... - Rafaella começou. - Uns homens pegaram a gente. Estou sendo torturada, eu não aguento mais isso, eles querem mais dinheiro, mas eu não tenho mais nada.

                     

~*~
                     

Bianca batia o pé no chão da sacada do hotel, impaciente, enquanto esperava com o telefone no ouvido. Suas mãos estavam tremendo, e quando qualquer possibilidade de que algo pudesse ter acontecido com suas meninas passava por sua cabeça, seu coração se apertava tanto que ela tinha de se segurar para não desabar a chorar.

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