Capítulo 1: Cumprimento de Um Acordo.

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República Dominicana, 4 de julho.

Um grupo de cientistas acabara de subir abordo em um dos navios do cais, entre os cientistas abordos estava o Dr. Anton Walsh, o cara mais procurado por experiências ilegais.

Neste momento o Dr. Anton e sua nova equipe estava esperando seus cúmplices terminarem de pôr sua mercadoria abordo, todos estavam espalhados pelo navio para não levantar suspeitas, o Dr. Anton estava com disfarce para que os policiais não o reconhecessem.

Quando a mercadoria toda chegou abordo, foi ouvido o grito do capitão "Levantar âncora, icem as velas!", rapidamente os marujos obedeceram a seu capitão e fizeram o que lhes foi ordenado.

Com a âncora levantada e as velas içadas, o navio começou a se afastar do cais, o Dr. Anton andou no convés e se encostou no mastro, cruzou os braços e respirou fundo, enquanto olhava o cais se distanciando rápido, podia sentir o gostoso cheiro salgado do mar do Caribe, "Ahh! Como é boa esta sensação!" pensou o doutor.

Enquanto o Dr. Anton aproveitava o cheiro do mar, a doutora Avery Clark vomitava todo o seu almoço na beira do navio, os outros cientistas riam da doutora que mal havia embarcado e já estava sofrendo muito com seu mal-estar.

Após horas navegando, o céu começou a escurecer, uma tempestade estava se aproximando rápido. Os marujos seguravam as cordas com força, levantando as velas para evitar que rasgasse, o vento soprava forte balançando o navio, entrava água no convés toda vez que o mesmo se chocava contra as gigantescas ondas.

— Joguem as cargas no mar! Joguem-nas ao mar! — Gritava o capitão.

Os cientistas se seguravam onde podiam, a doutora Avery era a que mais estava sofrendo, nunca gostou de navegar, se não bastasse seu mal-estar, agora essa tempestade, não tinha como piorar, era o que a doutora pensava.

Os marujos começaram a jogar as cargas no mar para deixar o navio mais leve, ao chegarem perto de um dos caixotes de madeira de mercadoria dos cientistas, o seguraram e tentaram carregá-lo, porém ouviram um grunhido e se assustaram, tamanho peso tinha o caixote e esta não poderia ser uma mercadoria comum.

— Ei! Deixe esta caixa aí! — Gritou o Dr. Anton meio nervoso.

Os marujos se assustaram e largaram a mercadoria, por pouco o caixote não abriu, mas um grande urro de um animal foi ouvido.

— Tem um animal aqui dentro! — Exclamou um dos marujos devidamente assustado.

— O quê?! — Perguntou o capitão.

— Capitão este tripulante trouxe um animal abordo. — Disse um marujo ao apontar para o Dr. Anton.

— Não apenas um animal, veja... tem mais caixotes iguais a esse! — Falou outro marujo ao apontar para os caixotes.

— É por isso que o navio está tão pesado, por culpa desse delinquente vamos todos perecer nessa tempestade! — Acusou-o um dos Marujos que segurava as cordas.

— Chega! — Gritou o capitão. — Ninguém vai morrer hoje, nem homens, nem mulheres e muito menos animais, mas deixem de implicância e vamos nos concentrar em sobreviver! Agora, uns ajudando os outros. Vamos! Vamos! — Ordenou o capitão.

Diante as ordens do capitão, todos começaram a trabalhar em equipe, menos a doutora Avery que correu para os aposentos dos tripulantes e ficou lá com o pensamento de que ali estava segura.

Em meio a tempestade o navio balançava e colidia com as ondas, o velho capitão seguia firme com o leme sempre em direção ao vento. A chuva forte rugia com trovões e relâmpagos gritando imponentes, o mar mostrava sua fúria e as grandes ondas pareciam que iriam cobrir o navio.

Ana Bonny e o Reino de PhelídiaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora