Capítulo 8: Honra de príncipe

7 1 0
                                    

Reino de Phelídia, vilarejo de Eclin, 12 de outubro

Na manhã seguinte, todos os cidadãos do reino estavam levando suas vidas cotidianas normalmente, então de repente, na entrada do vilarejo de Eclin, na capital real, um soldado surgiu todo ensanguentado e gravemente ferido, ao chegar na entrada do vilarejo ele caiu e desmaiou.

— Ah, meu Deus! Alguém o ajude! — Uma cheeta gritou apavorada.

— Ei, o que será que aconteceu com ele? — Outro perguntou.

— Será que foi o Castiel? Essa não estamos em perigo! Temos que contatar a guarda real imediatamente! — Outro falou ainda mais apavorado.

— Antes disso temos que levá-lo para uma enfermaria. Alguém ajuda aqui! — Uma sábia pessoa falou e logo eles conseguiram erguer o homem e o levar para a enfermaria mais próxima.

Enquanto isso, no palácio, no quarto de Ana, a mesma havia acordado bem cedo, ficara pensativa devido à conversa que teve na noite passada com a rainha, encarava o teto enquanto tinha um flashback do momento.

Batidas foram ouvidas na porta do quarto, enquanto Linx escovava o cabelo de Ana.

— Quem será uma hora dessas? — Linx perguntou e logo foi atender a porta, tendo uma grande surpresa ao se deparar com a rainha. — Ah! Majestade, seja muito bem-vinda! — Linx falou agitada.

— Muito obrigada! — Disse a rainha com um sorriso gentil. — Será que eu posso conversar a sós com a Ana?

— Claro! Eu vou me retirar! — Linx fez uma reverência para ambas e logo saiu do quarto.

A rainha andou até diante Ana com a postura ereta, vestia um vestido lilás e um belo colar com uma pedra verde-esmeralda, em sua cabeça tinha uma coroa feita de ouro puro e com detalhes de pedras esmeraldas. A rainha carregava consigo uma caixa de papelão.

— Olá, eu me chamo Agnes, sou mãe do Zyan e rainha de Phelídia, é um prazer conhecer você. — A rainha se apresentou com um sorriso genuíno.

— Então você é a rainha? — Ana perguntou sem muito interesse.

— Hum, parece que você não gosta muito de mim, mas eu não me importo com isso, é praticamente impossível melhores amigos serem amigos desde o início, no começo eles sempre se odeiam, é do ódio que surgem as melhores amizades. — A rainha filosofou.

— O que você quer comigo, hein? Por acaso está aqui para me convencer de participar do plano do seu filho? Olha só, não me leve a mal, mas eu já disse para ele que eu não sou uma boa pessoa e que não tem como eu o ajudar com aquele plano maluco, eu não quero sair por aí sendo amiguinha de todo mundo.

— Eu não tenho nada a ver com o plano dele, eu juro. — A rainha disse ao cruzar os dedos e mostrar para ela em forma de seu juramento.

— Então para quê veio? — Ela perguntou.

— Eu vim conhecer você e te dar esse presente. — A rainha falou com um largo sorriso e logo estendeu a caixa para ela.

— Não é estranho uma rainha ficar presenteando uma criminosa? Além disso, por que deixaram você vir me ver sozinha? Esses guardas não sentem medo da rainha deles se machucar? — Ana perguntou ao pegar a caixa, não gostaria de aceitar o presente por ser de uma pessoa suspeita, mas não seria indelicada ao ponto de negar um presente de uma rainha.

— Primeiro, você não é uma criminosa, é só uma humana, nunca nos fez nada de mal, então mesmo sendo pirata e sendo procurada no mundo exterior, aqui nesse reino, você é apenas uma humana comum. — Agnes respondeu sincera, o que deixou Ana surpresa por ela dizer as mesmas palavras de Zyan. — Segundo, eu não sou uma gatinha indefesa, se por acaso as rainhas que você conhece são fracas, delicadas e precisam de mil guardas na cola delas, eu sou totalmente diferente. — Ela falou imponente, um vento entrou pela janela aberta, fazendo os pelos da rainha voarem, dando a ela uma aparência esplêndida. — Leoas vivem com o instinto de independência, somos fortes, bravas e corajosas, somos guerreiras! — Ana a olhou com admiração, lógico que ela sempre pensou da mesma forma, mas ao encontrar alguém que nutre os mesmos ideais que ela, lhe despertou um sentimento de respeito e apreciação.

Ana Bonny e o Reino de PhelídiaWhere stories live. Discover now