Capítulo 5: A humana de cabelos vermelhos

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Ilha Panthera, 11 de outubro

Dois guardas que estavam mais próximos da praia, ao ouvirem o alerta dos pássaros, se esconderam atrás das árvores, se preparando para um ataque surpresa. A capitã sentiu fome, ela não iria perder seu tempo na praia esperando um resgate e mesmo que isso fosse possível, ela com certeza seria presa por ser uma pirata procurada.

Entrou na floresta a fim de conseguir alimento, quando fora atacada pelos guardas, a capitã não teve reação para se defender, não que ela não conseguisse, e sim porque ficou em choque com quem a atacou. Viu um leopardo e um guepardo, usando roupas, armaduras, portando armas e andando sobre duas patas como seres humanos, uma cena de deixar qualquer um perplexo.

— Te pegamos humana! — O leopardo falou ao imobilizar a capitã.

— Diga adeus para a luz do sol! — O guepardo falou ao levantar sua espada para cortar a cabeça da capitã.

De repente ouviram um grito.

— Esperem! — Zyan gritou e logo saltou de cima de uma árvore bem diante deles.

— Príncipe Zyan? Mas o que o senhor está fazendo aqui? — O leopardo perguntou surpreso.

— Isso não é importante, o importante é, por que está nos impedindo de eliminar a humana? — O guepardo perguntou com um instinto superior.

— Ué, ela não fez nada para vocês, então por que estão querendo eliminá-la? — Zyan perguntou simplesmente e então encarou a mulher que o encarou de volta tentando ler os pensamentos do príncipe.

— Porque é a lei, os humanos que pisarem na ilha devem ser eliminados! Esse decreto existe há anos e um principezinho mimado não pode mudá-lo! — O guepardo esbravejou.

— Ei, cara, baixa a bola, ele é o nosso príncipe, tenha mais respeito. — O leopardo chamou a atenção do guepardo.

— Relaxa, eu não me importo com o que falam sobre mim, mas eu me importo com as leis egoístas do nosso povo. — O príncipe falou sério.

— Egoístas?! — O guepardo perguntou irritado.

— Pois é, eliminamos todos os humanos há anos, e nunca pensamos em nenhum deles, tudo o que fazemos é por nós mesmos, isso é puro egoísmo, não acham? — Zyan argumentou.

— O que fazemos é para preservação da nossa espécie, eles é que são monstros, que não pensam em como nós nos sentimos! — O guepardo esbravejou.

— Está bem, você fica com os seus ideais e eu fico com os meus, algum dia eu sei que você pensará como eu, mas deixando isso de lado, eu quero cuidar dessa humana. — Zyan falou ao apontar para Ana.

— Majestade! Majestade! — Os dois guardas que estavam responsáveis pela segurança do príncipe se aproximaram correndo, estavam ofegantes e suados. — Majestade, por que correu na frente? — Um deles perguntou.

— Se algo lhe acontecer, o rei ficará zangado e não consigo nem imaginar o que ele nos fará. — O outro falou amedrontado.

— Relaxa, eu só estava aqui batendo um papo com esses dois. — Zyan respondeu despreocupado.

— Vocês dois, o que essa humana ainda faz respirando? Elimine-a agora! — Um deles esbravejou.

— Então, nós iriamos fazer isso, mas...

— Mas esse principezinho mimado impediu! — O guepardo completou irritado.

O guarda ficou irritado com o desrespeito do guepardo, o puxou pelo colarinho e esbravejou:

Ana Bonny e o Reino de PhelídiaWhere stories live. Discover now