Capítulo 3: O Perigo à Espreita

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Mares do Caribe, 10 de outubro

A capitã repousava em sua cama quente e confortável em seus aposentos, enquanto os seus tripulantes faziam a festa no interior do navio, alguns capotaram de tanto álcool que estes ingeriram, outros estavam grogues, mas ainda permaneciam de pé gargalhando e fazendo palhaçadas.

Enquanto eles faziam a farra, Morgana lia um livro de romance nos aposentos da tripulação, dava para ouvir os gritos e gargalhadas, mas a menina não se incomodava, pois, sua leitura estava mais interessante.

Morgana estava encantada com cada frase e declaração de amor, seu coração pulsava forte almejando demasiadamente viver aquele romance.

Enquanto isso, outros dois tripulantes, um verdadeiro casal que não está nos livros de romance de Morgana, estavam sentados na proa do navio, olhavam as estrelas no lindo céu, não era todos os dias que se tinha um céu estrelado e límpido para se olhar, deveriam aproveitar o momento, pois o mar gosta de pregar peças em quem navega.

Diante aquele magnifico céu, estavam agarradinhos para se esquentar, era como se não tivessem brigado a quase cinco minutos por uma brincadeira sem graça da parte de Lucca. Yohanna pode sim, ser considerada uma namorada chata e briguenta, mas apesar de tudo, esse casal se ama.

Como explicar isso? Bom, eu não sei, dizem que a melhor explicação é o amor, não é de se duvidar já que ele é cego e mudo, talvez seja esquisito e meio louco como Lucca e Yohanna.

Há uma certa distância do navio da capitã Ana Bonny, outro navio estava a espreita. Um garoto jovem e inexperiente ao alto do mastro principal, no ninho de corvo, avistou o navio inimigo por meio do telescópico.

O garoto desceu rapidamente do mastro e correu até a cabine de seu capitão.

— Capitão, Jack! — Chamou o marujo ao abrir a porta.

— O que foi Remi?! — O homem barbudo de olhos claros e acima do peso perguntou ao marujo de forma irritada.

— Avistei um navio há alguns metros daqui. — O marujo respondeu amedrontado.

— Deixe-me ver! — O capitão falou ao tomar o telescópio das mãos de seu marujo Remi.

O capitão Jack Edward saiu de sua cabine após empurrar Remi para sair de sua frente, andou no convés e colocou o telescópio em seu olho para observar o que seu marujo dissera ter visto, como Remi havia dito, ao longe dali tinha um navio que se denunciava ser pirata pela bandeira preta ao alto do mastro e pelo desenho estampado na bandeira, não era um navio qualquer, no desenho estava estampado duas pistolas travessadas em uma caveira, que cotinha buracos em formatos de corações no lugar dos olhos, este símbolo só pode significar uma coisa.

— Capitã Ana Bonny, a musa do Caribe. — Pronunciou o capitão ao lamber os lábios. — Senhoras e senhores! Parece que hoje é nosso dia de sorte! — Falou à sua tripulação.

— Eu não entendi, senhor! — Falou Remi timidamente.

— Digamos, Remi, que a capitã daquele navio ali foi a mulher que mais machucou o meu coração, e hoje é o dia da minha vingança! — Explicou o capitão ao gargalhar entusiasmado.

— Ah! Entendi. O que o senhor quer que a gente faça? — Perguntou Remi.

— Você, nada, meu caro Remi! Esse é um trabalho para piratas experientes. — Respondeu o capitão. — Sara, Adam e Evam, eu quero que vocês ateiem fogo no navio, causem alguma explosão no armazenamento de munição ou qualquer coisa que venha causar um incêndio! — Falou o capitão lunaticamente. — E mais uma coisa, se encontrarem algo de valor, tragam para mim.

Ana Bonny e o Reino de PhelídiaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora