O paraíso mudou de nome!

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Acho que ele finalmente pensa que eu sou louca, já que me encara como se eu tivesse falado uma grande besteira, e acho que falei, pois ele responde minha pergunta coçando a cabeça e me olhando:

- Hum, Você não sabe o que é Prythian?

Será que é um objeto ou uma pessoa? Tento me lembrar, mas nada me vem a memória, é só um vazio, como se eu não tivesse tido um passado, eu nego e respondo ainda:

- Não sei o que é esse objeto Prythian ou pessoa.

Ele me encara e começa a rir, como se eu tivesse contado uma piada.

- Pela mãe, o que aconteceu com você senhorita? Não passa bem da cabeça, como pode não saber que a terra que você anda é Prythian.

Confusa tento responder:

- Espera o paraíso mudou de nome, anjo?

E mais uma vez ele me encara como se tivesse cara de palhaço e cai na gargalhada e isso vai me deixando estressada. Então me afasto dele com raiva e grito:

- Ei! Do que você está rindo, só te fiz uma pergunta simples e você não tem capacidade de responder. Caraca será que agora estão mandando anjos bonitos, mas idiotas?

Como se eu tivesse dado um tapa nele, ele mudou sua postura, ficou frio e me encarou. Foi chegando perto de mim e eu fui me afastando dele, a cada passo que ele avançava eu recuava, e então nesse momento eu sabia, eles vão me mandar para o inferno por ter xingado um anjo, porque fui abrir minha boca?? Então acabo contra uma árvore e Tamilin chega perto e grita:

- Quem você pensa que é para me chamar de idiota sua louca???

Eu estremeço na sua última palavra e começo a chorar, desmoronando até chegar ao chão, me sentindo acabada.

Noto ele agachando na minha frente e com o tom mais calmo fala:

- Me desculpa por ter gritado com você, não é o certo, muito menos com uma moça que parece em estado emocional abalado.

-Eu que peço desculpas, é que eu não entendo mais nada, se estou morta porque não sinto isso? - Digo depois de levantar a cabeça

Ele mais uma vez toca meu rosto, com a mesma delicadeza da primeira vez, tira uma mecha do meu cabelo que estava em cima dos meus olhos, a coloca de lado e comenta:

- Você não está morta, isso eu posso garantir.

Eu o encaro e, com sua resposta, mais dúvidas aparecem.

- Então a onde eu estou? Eu não lembro de nada do que aconteceu comigo, o que me levou a estar aqui.

Ele toca na minha mão e, com a maior gentileza, Tamilin me ajuda levantar. Ele nota que minhas roupas estão molhadas, então pega o seu casaco e coloca em cima de mim, me ajudando a colocar ele, então me diz:

-Olha eu quero te ajudar, não posso te deixar aqui assim nesse estado, e mesmo que eu quisesse minha mãe me ensinou que jamais recusamos ajuda a uma dama em apuros, por isso preciso que confie em mim.

Eu aceno com a cabeça e ele dá um meio sorriso e responde:

- Nesse caso vou te levar para onde moro, para que eu possa te ajudar melhor, e creio que minha mãe poderá saber o que fazer com você, e como te ajudar. Por favor é só me acompanhar.

Eu aceno de novo, mas, assim que dou alguns passos minhas pernas fraquejam e quase caio, se não fosse por Tamlin, que me segura, então sem mais nem menos ele me levanta, num estilo noiva e comenta enquanto caminha, com o mesmo sorriso doce:

- Não sei o que você comia no passado, mas você pesa um pouco.

E com esse comentário eu rio e respondo na mesma ironia:

- Eu acho que sua mãe não ia gostar de saber que você fica comentando o peso das pessoas que ajuda, principalmente mulheres loucas.

- Olha, você tem comentários afiados né? – Tamlin diz em meio a risadas

Ele me encara e eu começo a rir de novo e ele também, e com isso ele continua a caminhar comigo no colo, até um cavalo negro, e me ajuda a subir nele subindo logo atrás, avança a mão pela minha cintura e segura a rédea do animal, e dando um leve chute no animal, como um aviso para que ele avance ao destino que me espera, seja ele qual for.

Corte de essência e estrelasWhere stories live. Discover now