Corte de essência e estrelas

Do trunfo ao pesadelo!

Vejo Tamlin se afastar em direção ao casarão, deixando dois guardas por perto e eu sei que ele fez isso numa tentativa de não me deixar fugir, mas, isso é a principal coisa que não vou mais fazer, se a Mãe me deu esse poder, então farei bom uso.

- Vocês podem me ouvir? - Pergunto olhando para as árvores - Eu preciso da ajuda de vocês!

Eu espero a resposta, mas mesmo assim assusto quando escuto:

- Do que necessita, minha senhora? - Fico contente em saber que não estou louca.

- Preciso mostrar que tenho um poder imensurável sobre Prythian - falo virada para as árvores- Quero que reúnam animais que deixem o Grão-Senhor de cabelo em pé, pois se ele perceber que eu os controlo, ele aceitará minha proposta.

- Irei passar o recado, minha senhora, estamos a sua disposição, assim que conseguir, irei informá-la- Fico feliz com seu comentário.

- Só uma dúvida, vocês podem escutar minha mente? - Pergunto em minha cabeça.

-Sim, podermos escuta-la, graças a sua conexão com a terra. Minha senhora, você é parte de Prythian, entenda isso.

Aquilo fica na minha cabeça, pois, se eu sou parte dessa terra, então ela deve me obedecer, deve se curvar a quem manda, nesse caso eu, diante disso acho que o Grão-Senhor vai gostar do meu espetáculo.

Não demora muito e começo a escuta passos, me viro na direção deles e vejo logo adiante eles vindo, Kain estava com um semblante mortal, já seu pai estava sério, usando aquela coroa para mostrar o seu poder sobre essa terra, e ao lado vem Tamlin, cabisbaixo, com medo do que eu ia aprontar.

- Nossa querida guardiã voltou? - Ele disse na entrada do portão – Se veio para se desculpar, pois saiba que para isso terá que se curvar a mim, como pedido de perdão!

Eu não creio no que acabei de escutar, aperto minhas mãos em fúria, e tento me recompor pois tenho um plano a seguir. Respire Stella... então começo a sorrir para o senhor a minha frente, e ele retribui achando que eu ia mesmo fazer o que ele mandou.

- Me curvar? - Eu encaro e começo a gargalhar – Ah, você deve estar fora do seu juízo, pelo o que eu sei você é quem deve se curvar perante a mim.

- Você está maluca, só em dizer essas palavras, sua desgraçada! - Ele grita apontando o dedo para mim e todos ainda encaravam acena com surpresa, como se esperassem o pior.

- O que? Você achou, mesmo que eu ia deixar quieto o que vocês fizeram comigo? - Eu avanço um passo- Achou que eu ia voltar com o rabo entre as pernas, morrendo de medo? Pois bem, meu senhor, eu te digo que quem vai dar a ordem nesse momento sou eu, e se você não acatar, pode ter certeza que haverá consequências.

Nesse momento pergunto a árvore se ela conseguiu, mas não obtenho resposta alguma, e isso me deixa tensa, pois se eles não chegarem meu plano vai por água abaixo.

- Eu sabia que você não passava de uma vagabunda. Há Stella se eu te pegar vou fazer você engolir todas essas palavras. - Kain grita para mim quase avançando, mas é contido por Habel.

- Vai fazer o que seu verme? Tente algo para ver se eu não te mando para baixo dessa terra para conhecer seus parentes. – O encaro dando o meu pior sorriso, mas logo me viro para seu pai que ainda estava bravo com que eu disse- Me escute bem Grão-Senhor, se você não seguir minha única ordem eu farei com que sua corte caia, você só tem que aceitar uma única ordem e tudo ficará bem.

- Você é uma garota imunda, como ousa se referir assim a mim, você sabe quem eu sou e ainda me ameaça? Se você acha que tem poder para isso, pois saiba que não é ninguém. - Ele ri no final da frase, e aquilo me tira do sério, eu quero acabar com ele sem me importar com o acordo.