Especial de 10 mil views

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- Lah, radadada...

A brisa do mar fez os fios prateados de Lily voarem para longe de seu rosto. Ela respirou fundo, sentindo cheiro da água salgada e o barulho de suas ondas.

A garota respirou fundo, tremendo. Seus dedos se fecharam com mais força ao redor do caule das flores perfumadas.

O sol estava quase se pondo e os ventos sopravam como melodias encantadoras, fazendo dançar as flores. Foi uma visão artística, digna de pintar. Mas tudo em que ela conseguia pensar era nas sardas, no sorriso brilhante e no cabelo rebelde. Lily não conseguia acreditar que finalmente, depois de meses, ela estava ali.

- Há uma coisa que preciso lhe contar, mas nunca tive coragem. - ela disse. - Eu sabia, Ace. Desde o início. Eu sabia que, mesmo que você tentasse esconder, aquele era o olhar de um homem apaixonado. Os presentes, os momentos que compartilhamos, a maneira como você sempre colocava as minhas necessidades na frente das suas... Você foi apaixonado por mim e eu fingi que não sabia disso.

Ela respirou fundo. - Mas eu estava apavorada. Eu estava com tanto medo, Ace. De perder você, do seu amor, de estar apaixonada por você... Mas agora estou pronta para dizer que eu te amo. Profundamente, árdua e incansavelmente.

Suas lágrimas agora eram visíveis para qualquer um que quisesse ver. As lágrimas se transformaram em um choro inconsolável, assim como o dia se transformou em noite e a alegria em tristeza.

- Eu só queria ter dito a você, olhando em seus olhos, e não para seu túmulo.

Mas era tarde demais para sentir seus lábios, seu toque, seu corpo quente. Era muito tarde para ouvir seu coração batendo. E, especialmente, era tarde demais para ouvi-lo dizer: "Eu também te amo".

Lily depositou um leve selar nas pétalas do lírio branco; aquela flor, de onde provinha seu nome, estava brilhando com as lágrimas derramadas que caíram sobre suas pétalas esbranquiçadas.

Lentamente, ela depositou a flor sobre o túmulo onde estava escrito "Portgas D. Ace" e, com o coração pesado, Lilian se levantou e virou-se, caminhando até a praia onde o navio a esperava. Quando ela tinha se apaixonado por Ace? Nem lembrava mais. Quando era verdadeiro, o tempo não enfraquecia, a distância não diminuía e a saudade fortalecia.

O amor, a mais bela forma de se expressar.

E também a mais bela forma de sofrer.

...

- Lily!

A pequena garotinha de oito anos sorriu e, como uma pobre flor selvagem, girou seu corpo frágil e abriu um sorriso puro e lindo, como um lírio que acabara de florescer.

- Ace!

Ela correu e se jogou em cima do garoto, que agarrou sua cintura com força e trocou o peso de um pé para o outro para não cair.

- Cuidado! Você pode se machucar! - seu tom era de repreensão, mas seus olhos brilhavam de alegria e carinho.

Ela riu e abraçou o pescoço de Ace, repousando sua cabeça sobre seu ombro.

- Desculpa, não faço mais.

Ace abriu um largo sorriso e depositou um leve selar na testa dela.

- Ei, o que vocês estão fazendo?!

Luffy, cheio de energia como sempre, correu até os dois e pulou em cima deles. - É um jogo?! Eu quero brincar também! - seus olhos brilhavam de empolgação, fazendo Lily rir alto.

Ace sorriu e passou os braços ao redor dos dois mais novos, os puxando para um abraço apertado.

- Seus bobos! O que vocês vão fazer sem mim, hein?!

𝑀𝑜𝑛𝑘𝑒𝑦 𝐷. 𝐿𝑖𝑙𝑖𝑎𝑛 - One Piece [Concluído]Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu