Meu Alfa me Odeia - Livro 1, 2 e 3

Livro 2 | Capítulo 15

AURORA

Entramos no escritório do alfa e encontramos Max, os anciãos e Wolfgang, que estava sentado em sua mesa.

Ele tinha vestido uma calça, mas ainda estava sem camisa. Seus músculos incríveis flexionavam com cada movimento.

Devo ter ficado olhando para ele por muito tempo, porque quando meus olhos encontraram os dele, vi que ele tinha um sorriso malicioso estampado no rosto.

Senti meu rosto corar novamente; rapidamente me virei, e fui recebida com um grande abraço.

"Rory! Você voltou!" Max me apertou com força, como se não nos víssemos há séculos, em vez de apenas uma semana.

"Acabei de voltar. Hum, Max, você está meio que me esmagando aqui", eu disse.

Ele riu e afrouxou o aperto para me segurar com o braço estendido.

"Como foi? Ele não te machucou? Ele te aborreceu de alguma forma?", ele começou a questionar, mas nós dois nos viramos ao som de um rosnado profundo.

Wolfgang estava parado com os punhos cerrados enquanto olhava para nós, ou para ser mais precisa, para Max.

"Tenho certeza que minha parceira não tem nada de ruim a dizer sobre nossa viagem juntos, beta Barone. Agora eu sugiro que você evite tocá-la", ele rosnou.

Eu não pude deixar de notar como Max e todos os outros baixaram os olhos enquanto sentiam a aura poderosa emanando do alfa. Mas, de alguma forma, eu não senti isso.

Eu marchei até sua mesa e fiquei diante dele, olhando para trás. "O que diabos há de errado com você? Max estava apenas me dando as boas-vindas e preocupado com meu bem-estar", rosnei.

"Ele não tinha nada com que se preocupar. Você estava comigo", ele retrucou.

"Mais uma razão para estar preocupado comigo, então", eu retruquei. Lamentei minhas palavras imediatamente quando vi um flash de dor em seus olhos.

A sala caiu em um silêncio constrangedor, então Remus pigarreou.

"Eu acredito que estamos aqui para discutir o assunto de nossos membros desaparecidos do bando", ele disse.

Wolfgang rapidamente mascarou suas emoções e colocou seu rosto estóico de volta ao sentar-se. "Você tem razão. Existem assuntos mais importantes."

Eu não pude deixar de me sentir culpada quando me retirei de sua mesa e fui ficar na parte de trás, encostada em uma parede.

"Remus. Conte-me sobre tudo. Onde nossos guerreiros e rastreadores foram vistos pela última vez?", Wolfgang perguntou.

"Todos eles estavam patrulhando os limites de nossa terra, senhor", respondeu ele.

"Beta Barone, você era o alfa no comando enquanto eu estive fora, você pediu para que os rastreadores farejassem a área ou identificassem o sequestrador?", ele perguntou a Max.

"Sim, alfa, mas até agora não pegamos nada. Acreditamos que eles tenham mascarado seus cheiros com alguma poção de bruxa", ele respondeu rigidamente.

Wolfgang acenou com a cabeça, entrelaçando os dedos sobre a mesa. "O que os outros bandos nas proximidades sabem até agora?", ele perguntou a ninguém em particular.

"Eles acreditam que podem ser vampiros que estão sequestrando nossa espécie. Eles são todos demônios que não carregam nenhum tipo de cheiro", disse Remus.

Wolfgang acenou com a cabeça mais uma vez. "Isso é verdade. Obtenha informações para examinar mais profundamente as áreas onde nossos membros foram vistos pela última vez. Deve haver algo, qualquer coisa para rastreá-los."

Seus olhos se estreitaram. "Além disso, notifique os moradores de que está proibido vagar pela floresta até novo aviso. Devemos evitar nos expor tanto quanto possível. Essas patrulhas irão em grupos de cinco: três guerreiros e dois rastreadores."

Sua voz se tornou um rosnado. "Ninguém deve entrar na floresta sozinho, entendido?"

Todos baixaram a cabeça e responderam: "Sim, alfa."

"Todos vocês estão dispensados", disse ele com um suspiro, voltando para seus papéis. Eu estava prestes a sair atrás dos anciãos quando Aspen enganchou seu braço no meu.

"Você tem muito a me contar", disse ela. Revirei os olhos, mas parei de andar quando Wolfgang me chamou de volta.

"Você não, Aurora. Você fica", ele disse, sem levantar o olhar dos papéis.

Todos os outros saíram, Max por último. A porta se fechou e me virei parceiro egoísta. para olhar meu

"O que foi agora? Se for sobre minha explosão, você mereceu", eu disse, exasperada. Tudo o que eu realmente queria era um banho quente, uma refeição caseira e me deitar na minha cama.

"Eu gostaria que você voltasse para a mansão. Eu me sentiria mais tranquilo sabendo que você está aqui, onde posso ter certeza de que você não ficará perambulando, se colocando em um perigo desnecessário."

Eu podia sentir minhas têmporas começando a latejar.

"Obrigada pela oferta, alfa, mas sou mais do que capaz de cuidar de mim mesma, então recusarei seu convite", respondi.

Ele de repente se levantou da cadeira, seu comportamento calmo sumiu.

"Chega dessa atitude. Você é minha parceira, goste ou não, e agora temos esse perigo não identificado à espreita, ameaçando nossa espécie. Não sabemos quem é nem do que é capaz, e quero garantir que nada de mal aconteça você nunca mais!"

Ele gritou tudo isso de uma vez só. "Eu não me perdoaria se eles te machucassem novamente. Eu não poderia viver comigo mesmo sabendo que falhei em mantê-la segura mais uma vez."

Fiquei pasma por um momento. Meu coração disparou enquanto minha mente reproduzia cada uma de suas palavras repetidas vezes.

É isso, Aurora. Isso prova o quanto nosso parceiro está arrependido, Rhea murmurou.

Ela estava certa. Parecia que a culpa o estava consumindo.

Ainda assim, não foi Wolfgang quem teve que passar pela tortura que eu passei.

"Mais uma vez, obrigada, alfa, mas posso cuidar de mim mesma. Não há nada com o que se preocupar. Não vou vagar pela floresta e evitarei me transformar até que nosso inimigo seja capturado", eu disse.

"Então, se não houver mais nada a discutir, me despeço aqui." Eu me virei e saí pela porta, não deixando espaço para mais discussão.

Deixei a casa da matilha e fui direto para a minha casa. Afinal, eu estava vestindo apenas uma camisa enorme, sem nada mais por baixo.

Cheguei em casa em menos de cinco minutos e marchei direto para o banheiro para preparar um banho. Meus músculos doloridos precisavam disso.

Afinal, passei as últimas quarenta e algumas horas correndo na minha forma de lobo.

Quando achei que estava limpa o suficiente, saí do banho e, em seguida, coloquei uma calça justa e uma das camisas grandes do meu pai.

Desci as escadas quando um aroma celestial invadiu o ar. O cheiro era tão delicioso que esqueci por um momento que estava completamente sozinha em casa.

Corri direto para a cozinha e quase perdi o equilíbrio quando parei abruptamente.

Ninguém menos que meu parceiro estava de pé em frente ao meu fogão, mexendo alguma coisa.

"Falou tanto que era capaz de se cuidar sozinha. Você sabe como foi fácil arrombar a fechadura da sua porta?", ele perguntou com um olhar presunçoso.

"O que diabos você está fazendo aqui?", perguntei.

"Bom, como você se recusou a voltar para a mansão, decidi vir morar aqui com você", disse ele.

Senti toda a cor sumir do meu rosto enquanto Rhea dava cambalhotas na minha cabeça, uivando de excitação.

Isso não podia estar acontecendo.

Continua...