Capítulo 3; Bem vinda ao acapamento

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Sabe quando você apaga e acorda em um lugar que não imagina nem que existia? Então isso acabou de acontecer comigo. Eu estava em um lugar que parecia uma enfermaria porém era bem mais equipada, algumas pessoas olhavam para mim.

- Que bom que acordou! Achei que estava morta. - Will disse, olhei para ele.

- Até você está nessa pegadinha dos deuses gregos, William? Eu achava que você e o Nico eram os mais sensatos. - Digo me levantando.

- Não é pegadinha. - Percy, sentando em um cadeira no fundo da enfermaria, disse. - Eu vou ser bem sincero, eu sinto falta da sua época patricinha, rainha do musical e da equitação, porque agora ficou meio chatinha.

- E eu sinto falta de você dançando as músicas das séries da Disney comigo mas eu não falo nada. - Digo com um sorriso forçado.

- Own, que fofo, Percy. - Will falou.

- Afinal, onde eu estou? - Perguntei.

- No acampamento meio sangue. - Percy disse. O olhei, não era uma meio sangue? Como eu havia conseguido ter entrando no acampamento se era algo para apenas meio sangues? Como eu sabia disso?

- Alias, a gente trouxe a sua memória de volta e tiramos a magia que estava em você, então você consegue ver através da nevoa agora. - Will disse.

- Ah que maravilha. Alguém pode me explicar o que aconteceu?

- Um carro te atropelou e eu te trouxe para cá. - Um homem de loiro de óculos de sol disse, parecia ser um pouco mais novo que Percy e Will.

- E quem seria você? - Perguntei.

- Meu pai. - Will disse, ele claramente não parecia feliz com isso.

- E o único e memorável, Deus Apolo. - Apolo disse.

- Ele parece ser mais presente que os outros pais, porque não gosta dele? - Perguntei pro Will.

- Porque ele não era presente mas ficou, e quando eu fiquei um pouco mais velho ele falou de como ele disse como foi a historia dele com a minha mãe.

- Deve ter sido boa mas com um final trágico? - Questionou. Apolo riu.

- Não, foi mais um filme +18 country. - Will respondeu.

- Sinto muito, cara. - Percy disse.

- Mas como eu consegui entrar aqui? - Perguntei. Apolo me olhou, ele tirou os óculos de sol.

- Eu...- Ele falou. - Eu sou seu pai, Estelle.

- Mas que porcaria é essa?

- Brincadeira, só queria testar se você realmente estava funcionando. - Apolo disse. - Entende de mitologia pelo visto?

- Sim, entendo muito bem. - Falei. - O que me deixou bem triste por sinal, jurava que a minha professora de Mitologian era a mãe da Annabeth, mas ela deve ser algum tipo de deusa como a Athena ou sei lá.

- Eu te conheci quando nasceu, e era incrivelmente fofa e loira...

- Eu pinto meu cabelo, ele loiro me deixa parecendo filha do Percy e da Annie. - O interrompi, interromper um deus seria muito ruim? Meu deus, Poseidon deve me odiar? Será que ele teria uma fúria eterna de mim e ele iria me caçar até o fim da minha inútil vida mortal?

- Verdade. - Percy concordou. - Quando saímos com ela sempre olhavam com a aquela de "Oh, como são novos para isso" Eu demorei alguns anos para entender.

- Voltando, ao longo que você foi crescendo e eu acompanhando, resolvi lhe dar uma benção minha, e um tempo outra deusa lhe deu uma benção, porque sabemos que está destinada a grandes coisas, Estelle Blofis.

Como praticamente se jogar em um carro?

- Você é uma das poucas mortais com benção de dois deuses, por isso passou pela barreira. - Will completou o que o pai dele.

- Qual é o outro deus? - Perguntei.

- Você irá descobrir mais para frente, apenas quando precisar. - Apolo disse. - Agora eu realmente tenho que ir, pode ficar meus filhos no Chalé deles, igual a como Rachel fazia. Alias você arrasou em Despertar da Primavera.

O puxei pela camisa.

- Eu sei que você é um deus, e o que eu estou fazendo é errado mas não ouse citar esse espetáculo. - Digo e logo o solto.

- Percy, sua irmã tem a mesma noção que você, eu adorei isto! - Apolo falou e logo se evaporou.

Will me mostrou o chalé de Apolo. Pense em um lugar bonito, o chalé de Apolo era arejado, meio bagunçado, com pinturas belas em alguns cantos. Eu escolhi uma beliche vazio para ficar.

- Você sabe como a minha mãe está? - Perguntei a Will enquanto eu observava a janela, Percy jogava disco com outros campistas.

- Ela está bem, Annabeth voltou para Nova York para avisar que você está bem.

- Eu quero ir para casa, Will, quero meu pai, minha mãe, não quero ficar aqui, aqui não é a minha família.

Will me olhou, ele segurou a minha mão.

- Estelle, agora é perigoso para você, mesmo não sendo uma meio sangue, você convive com um, tem o cheiro de um, tiramos a magia que estava em você então vai ver muita coisa que pode te perturbar. Percy vai ficar um tempo com você para você se adaptar.

- Posso ficar com ele, em vez em um chalé com pessoas que eu não conheço. - Digo sincera.

- Fale com ele, Estelle.

Dei um abraço em Will.

- Você vai ser um pai excelente! - Falo para ele. Will me olhou estranho. - Rachel, ela me disse. Talvez eu seja muito curiosa, não é atoa que meu nome do meio é Ariel.

- Seu nome do meio é Ariel? Porque sua mãe deixou isso acontecer?

- Não sei, ela me disse que gostava de Footloose e o Percy deu a ideia por causa da princesa. - Respondi.

- Pode me explicar mais uma coisa? - Will perguntou.

- Claro.

- O que aconteceu com você? Perdeu seu brilho, deixou de fazer as coisas que fazia antes.

Engoli seco, queria segurar as minhas lágrimas.

- Eu tinha um namorado...O nome dele era Austin, a alguns meses atrás ele morreu em um acidente de carro, parece cliche mas eu era líder de torcida e ele jogador, a gente fez um musical juntos e ficamos juntos, ele também lutava box muito bem. - Dei um suspiro. - Sabe quando você conhece a pessoa certa? Aquela pessoa que você tem um conexão? Foi exatamente isso que eu sentia mas ninguém leva a sério só porque você tem 17 anos.

- Sinto muito. - Will disse. - Saí um pouco, e vai até o chalé 10, talvez alguma coisa pode e ajudar mas eu realmente preciso voltar para casa.

Concordei com a cabeça e limpei as minhas lágrimas, segui onde Will disse. Era um chalé pintado de branco com uma porta rosa, tinha um deck xadrez de branco e rosa, aquele provavelmente era o chalé de Afrodite.

Estelle Blofis e o Oráculo de DelfosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora