Capítulo 11

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Lena agora estava sentada de lado de fora do escritório do diretor, com o olho esquerdo inchado e um pacote de gelo da mão. A enfermeira colocou um band-aid sobre o corte profundo em sua bochecha, mas aqueilo pouco fez para parar o sangue que se infiltrava lentamente através dele. O lado esquerdo de seu tronco doía como o inferno toda vez que ela tentava levantar seu braço esquerdo. E ela ainda mal conseguia respirar profundamente. A fim de evitar mais dor, ela usava seu braço direito para colocar o gelo em seu olho esquerdo machucado.
James ainda estava na enfermaria. Seus ferimentos eram muito piores. A morena inclinou a cabeça contra a parede atrás dela e fechou os olhos. Tudo tinha acontecido tão rápido.
Depois que Lena foi levada ao chão, James começou a dar soco em todos os lugares que ele conseguisse acerta em seu corpo. Ele deu um forte murro contra a sua bochecha esquerda e, em seguida, duas pancadas fortes em suas costelas, antes de Lena agarrar ambos os lados de seu rosto e atingir-lhe com a cabeça. Não uma, mas duas vezes. A primeira na sua boca e a segunda no nariz. O som de uma trituração soou e ele gemeu alto, agarrando seu rosto. Lena chutou para fora de seu corpo, fazendo com que o atleta caísse de bunda no chão. Lena se pôs de pé trêmula, sentido uma sensação de queimação no seu lado esquerdo, onde James havia a socado. A multidão de estudantes entusiasmados do ensino médio estava gritando, vaiando e alguns gemendo simpaticamente com a visão do rosto de James. Ele agora tinha sangue escorrendo pelo nariz e lábio inferior.
"Urrrgh!" Com o dobro de raiva de antes, ele se levantou e lançou-se contra Lena mais uma vez. Desta vez, agarrando seu pescoço. Lena se debateu em suas mãos por uma momento, mas foi capaz de rebater rapidamente o joelho em seus intestino. Ele imediatamente a soltou, curvando-se. Lena, em seguida, deu-lhe um forte gancho de direita.
"Ohhhh!" A multidão gritou quando James foi ao chão.
De repente, Lena foi agarrada por trás e estava sendo puxada para fora do círculo de alunos. "É isso aí, Luthor!" O homem que estava a segurando gritou. Ela reconheceu a voz sendo do Sr. Reid, um de seus professores. "Com certeza você está de frente a uma expulsão dessa vez!"
Lena ainda estava tão badalada pela adrenalina que lutou nos braços do professor. "Tome essa merda, James! Seu filha da p*ta!" Ela gritou para o rapaz  caído.
"Basta!" Reid gritou.
"Lutessa Lena Kieran Luthor!" Lilian gritou quando apareceu na sala do diretor. "O que você fez dessa vez?"
Lena se encolheu ao ouvir seu primeiro nome. Que Deus a ajudasse.
Depois de uma surra verbal pública de Lilian, Lena e sua mãe sairam do escritório do diretor. Dores agudas subiram pela lateral de Lena enquanto ela caminhava pelo corredor com sua mãe. Ela tentou torna seu desconforto imperceptível, mas nada passava por sua mãe. Lilian forçou Lena a entrar em um dos banheiros da escola para que ela pudesse ver o que estava errado. Lilian levantou a camisa de Lena e viu graves hematomas azul e preto na sua lateral.
"Oh, bebê. Você está toda machucada."
"Mãe, eu estou bem. São apenas alguns hematomas."
Lilian sacudiu a cabeça. "Algo não está certo, Lee." Lilian disse preocupada. "Vou levá-la para o hospital."
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Dois dia depois.
Era domingo à noite e Kara estava sentada à mesa de jantar com sua mãe, Eliza. Aquele era o primeiro jantar que elas foram capazes de compartilhar em um logo tempo e Kara estava exultante. Ela finalmente tinha um motivo para sorrir. Durante as duas semanas passadas, a ideia de sorrir era estranha para ela. Maldita seja Lena Luthor.
O jantar com sua mãe estava indo bem. Elas se enjaram em uma conversa leva sobre a educação de Kara e as atividades extracurriculares, enquanto Eliza falava sobre suas galerias de arte em todo país e internacionalmente.
Elas haviam acabado de começar o prato principal de sua refeição quando Eliza mudou de assunto. "Sabe, querida. Ultimamente eu não tenho visto aquela garota que você tem gastado seu tempo."
Kara parou a ação de corta sua comida de repente, pega de surpresa.
"Ne verdade." Eliza continuou. "Eu não ouço você mencioná-la por algum tempo. Desde que estou em casa nunca ouvi sobre o que vocês duas realmente estão fazendo."
"Bem, mãe... a razão é que ela e eu tivemos uma pequena... queda. Não estamos mais nós faltando."
"Hmm." Eliza respondeu simplesmente antes de tomar um gole de seu vinho. "Bem, eu gostaria de poder dizer que sinto muito em ouvir isso, querida. Mas estou feliz que você não está desperdiçando seu tempo convivendo com pessoas como ela."
Kara foi pega de surpresa pelo tom desagradável de sua mãe. Ela esperava que sua mãe iria pelo menos perguntá-la o que aconteceu ou verificar se ela estava bem. Mas não. O que ela recebeu foi uma resposta superficial. Ela estudou Eliza intrigada. "O que você quer dizer com isso, mãe?"
"Kara," a mulher mais velha começou. "nós somos pessoas civilizadas que nos orgulhamos de quem somos, a forma que aparentamos e falamos. Pessoas como ela e aqueles da sua classe não se preocupam com essas coisas. Tenho certeza que essa garota..."
"Lena. O nome dela é Lena Luthor." Kara falou na defensiva. Ela até se surpreendeu depois de ouvir o tom de autoridade em sua própria voz.
Eliza levantou a sobrancelha para ela. "Luthor..." Ela disse testando o nome em sua língua. "Um nome italiano. Tenho certeza que ela fala coloridamente também." Eliza murmurou. "Você se divertiu experimentando galopar no mundo dela Kara, mas agora eu tenho certeza que você viu eles não são o tipo de pessoas que nos associamos."
Kara olhou para a mãe sem acreditar. Aquela era exatamente o tipo de atitude que Lena havia lhe falado.
"Uma atitude como essa mãe, é o que nos faz parecer inacessível e superficiais com os outros ao nosso redor." Kara afirmou com firmeza.
"E deveria mesmo. O que possivelmente essas pessoas poderiam fazer ou dizer que iria me deixar interessada?"
Kara ficou em silêncio por um momento enquanto sua mente vagava pelas últimas semanas com Lena e seus amigos.
"Muitas coisas." Kafa respondeu. "Eles podem ensinar-lhe a cozinhar um pequeno lanche saudável em família. Podem contar-lhe sobre o time de beisebol Red Sox, mostra-lhe como jogar hóquei no ar em um arcade, ou ensinar-lhe a consertar uma pequena pai de banheiro..." Um sorriso surgiu nos lábios de Kara quando ela se lembrou do dia que ela e Lena brigaram com a pia. "Muitas coisas, mãe. Mas é claro que ouvir depende de sua escolha... e escolhi escutar. Foi o momento mais emocionante e maravilhoso que eu já tive e eu não trocaria isso por nada."
Eliza observou sua filha em choque. Kara realmente a tinha deixado sem palavras.
"Eu não estou com fome. Boa noite, mãe." Kara se levantou e saiu da sala de jantar. Eliza permaneceu lá... sozinha.
Kara estava sentada em sua penteadeira, vestida em sua camisola de seda e escovando seus cabelos dourados. Pensava em Lena, e em como sentia sua falta. As pessoas merecem segunda chance. Kara pensou. Ela precisava finalmente perdoar Lena... a partir de amanhã.
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Três dias. Passaram três dias letivos e Kara ainda não tinha visto Lena. No primeiro dia, Kara imaginou que ela estivesse matando aula. No segundo dia, ela ficou um pouco preocupada. Então, no terceiro dia, Kaea sabia que tinha alguma coisa errada. Onde estava Lena? Uma parte dela queria ir até a casa dela e descobri o que estava acontecendo, mas rapidamente afatou essa idéia da mente. Ela não tinha esse direito.
Durante o lanche, Kara viu Sam com outras garotas em uma mesa. Ela se aproximou do pequeno grupo e colocou uma mão sobre o ombro de Sam para chamar sua atenção. "Sam?"
Ela se virou e seu rosto caiu um pouco. "Ei..."
"Posso falar com você por um momento?"
Ela podia ver que ela estava hesitando em concorda, mas disse que sim. Ela sairam da cantina e foram até um corredor silencioso.
"Sam... eu tenho notado que Lena não tem vindo para aula nos últimos dias." Kara começou.
Sam apenas olhou para ela. 
"Você sabe onde ela está?"
Sam levantou a sobrancelha incrédula. "Você quer dizer que você não ouviu?"
Kara a olhou confusa. "Ouvi o quê?"
"Lena é a fofoca da semana que roda a escola."
A loira deu de ombros com tristeza. "Eu não tenho com quem fofocar, Sam."
"Oh..." Disse Sam, lembrando que Kara era uma borboleta social.
"Por favor, Sam. Você vai me dizer?"
"Por que você se importa, afinal? Você não vai falar com ela. Inferno, você nem sequer olhava na direção dela."
Kara sentiu uma pequena dor com as palavras de Sam, mas ela estava certa. "Eu sei. Eu sei." Ela reafirmou olhando para Sam. "Eu não deveria me importa, mas eu me importo, me importo muito."
Sam olhou para ela por um momento. "Ela foi suspensa." Sam finalmente disse.
"Suspensa por quê?"
Sam suspirou pensadamente. "Ela vai me matar quando descobri que eu lhe disse isso. Ela entrou em uma briga muito feia com James Olsen na última sexta-feira."
Kara engasgou. "James? Aquele grande jogador de futebol do campo de mini-golfe?"
Sam assentiu.
Preocupação gravou as características de Kara. "Oh meu Deus. Lena está bem?"
"Uh... sim e não. Eles se bateram muito forte, mas James levou a pior. Acho que ele não sabia que Lena teve aulas de autodefesa." Ela sorriu levemente.
"Sam, eu tenho que vê-la." Kara disse com determinação.
Sam baixou os olhos e balançou a cabeça.
"O quê?" Kara questionou tentando ler Sam. "Acha que ela não vai querer me ver?"
"Eu não sei, Kara..."
"É verdade, eu tenho sido horrível nas últimas semanas, mas..."
"Você tem todo o direito de ser." Sam interrompeu. "Lena entendeu aquilo... e eu sinto muito por ter descontado em você agora pouco. É só que Lena é minha amiga e nós cuidamos um do outro."
"Eu entendo."
"Mas o que você fez quebrou o coração dela, Kara."
Kara baixou os olhos quando sentiu a culpa invadir sua alma.
"Eu nunca a vi tão pra baixo antes... e estou falando pior que perder um jogo de campeonato de hóquei. Ela sente sua falta."
"Sério? Porque eu também sinto." Kara admitiu.
"Então vá vê-la. Ela está em casa pelos últimos dias, de descaso."
"Eu não posso dizer que eu não tenha pensado em ir até lá, mas não sei se seria bem-vinda."
"Você vai ficar bem. Além disso, a família de Lena te ama."
Kara sorriu suavemente. "Obrigada, Sam."
"Sem problemas, Kara. Nos vemos por aí." Disse antes de ir para o refeitório.
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"Kara! Oh meu Deus!" Antes que Kara pudesse reagir, ela foi arrastada para um forte abraço de uma ansiosa Lilian Luthor. "Como tem passado, querida?"
"Eu tenho passado bem." Ela respondeu quando Lilian a soltou.
"Entre, entre." Lilian disse dando um passo para trás. "Parece que não te vejo faz um bom tempo. Você está aqui para ver Lena?"
"Sim, eu estou." Kara virou-se para a mais velha quando a porta se fechou atrás dela. "Sra. Luthor, eu estou terrivelmente triste por saber o que aconteceu com Lena."
Lilian suspirou profundamente tentando esconder sua decepção. "Obrigada. Lena tem esse temperamento e ela precisa aprender a controlá-lo melhor. Eu disse a ela para não ser muito rude com os rapazes da escola. Agora estou com medo dela não ser capaz de recuperar-se com as aulas. Ela foi suspensa por três semanas."
"Oh, nossa."
"E é seu último ano! Ela não será capaz de forma."
"Eu não vou deixar que isso aconteça, Sra. Luthor. Eu farei tudo o que puder para ajudar Lena com os trabalhos escolares. O que for preciso."
"Ah..." Lilian olhou para Kara com orgulho. "Obrigada, querida. Lena tem muita sorte por ter você como amiga."
Kara forçou um sorriso, sem saber se ela e Lena eram realmente amigas.
"Lena está em seu quarto. Porque não sobe e a supreende. Sei que ela vai ficar feliz em te ver."
Quando Kara chegou à porta do quarto de Lena, ela escutou ruídos do outro lado que mais pareciam som da televisão. Ela tomou várias respirações calmantes antes de bater na porta levemente.
"Desde de quando você bate, mãe?" A voz de Lena soou do outro lado.
"Não é a sua mãe."
Houve um silêncio por um momento.
"Kara?"
"Sim, Lena. Sou eu. Posso entrar?"
Não houve resposta. Aquilo preocupou Kara. Estava começando a pensar que cometeu um grande erro.
"Entre."
Aliviada, Kara abriu a porta. A morena estava sentada em sua cama com vários travesseiros apoiados em suas costas. Vestia um top braco e um calção de basquete preto. Os olhos de Kara imediatamente avistaram as contusões pretas e azuis que rodeavam metade da parte inferior do olho esquerdo de Lena, juntamente com os pontos na parte superior de sua bochecha.
Seus olhos se encontraram. Kara tinha quase esquecido o quão verdes, expressivos e bonitos aqueles olhos eram. "Olá Lena." Kara disse baixo.
"Kara... o que você está fazendo aqui?" Lena perguntou. Não havia malícia em seu tom.
Kara fechou a porta atrás dele e deu um passo se aproximando. "Eu ouvi sobre o que aconteceu. Eu queria te ver."
"Como é que você descobriu? Eles estão falando sobre mim na escola?" Lena murmurou.
"Ne verdade, Sam me disse."
Lena levantou uma sobrancelha para ela.
"Embora eu praticamente tenha a forçado falar, porque ela sempre parece ser muito protetora com você."
Lena riu levemente, mas logo fez uma careta de dor.
Kara imediatamente se aproximou mais. "Você está bem?" Kara perguntou com sinceridade.
"Eu já estive melhor." Lena fez uma careta.
"Quais são os seus ferimentos? Se me permite pergunta."
"Você quer dizer que Sam te disse isso também?"
Kara balançou a cabeça.
Lena aprontou para o corte em sua bochecha direita. "Dois pontos." Aprontou então para seu lado. "Uma costela quebrada."
"Só isso?" Kara perguntou.
"O que? Isso não é suficiente? Estou em muita dor aqui."
"Não, quero dizer... isso não saiu direito. O que eu quis dizer foi que seus ferimentos não foram graves. Especialmente, considerando o tamanho de James."
"Eu posso cuidar de mim mesma, só isso." Lena simplesmente declarou. Ela indicou em direção a sua mesa com a cabeça. "Meu raio-x está dentro dessa pasta, se você quiser dar uma olhada."
Kara inspecionou o raio-x da costela de Lena. "A costela número sete na parte verdadeira da sua caixa torácica está quebrada."
"Sim, parece um número de sete quendo isso acontece." Lena tentou brincar.
Kara abaixou o raio-x e olhou para a morena. "Oh, Lena. Por que? Por que você estava brigando?"
A morena balançou a cabeça. "É estúpido você não quer ouvir."
"Tente." Kara guardou novamente o raio-x.
"Ele estava dizendo algumas coisas que me irritaram. Então eu esmurrei ele."
"Mas Lena, ele sempre diz coisas que te deixam chateada, não é? O que fez você atacá-lo desta vez?"
"Ele estava dizendo coisas... sobre você." Lena mumurou a última parte.
"Eu?"
"É. Coisas doentes... e eu não gostei dele falando daquele jeito sobre você."
"Você está dizendo, que estrou em uma briga... por mim?"
"Estúpido, né? A besta, rude e grossa Lena Luthor ataca novamente. Eu entro em brigas com os meninos, sou suspensa. Eu mato aula e raramente, ou nunca, faço minha lição de casa." Lena balançou a cabeça tristemente. "Eu não sou alguém que você quer estar por perto, Kara... Ninguém deveria ficar perto."
"Você não pode decidir isso, Lena... Você é exatamente o tipo de pessoa que eu quero estar próxima."
Lena olhou para ela pasma.
"É... Você tem certeza."
Kara balançou a cabeça. "Acho que eu já vou indo, você tem que descansar. Voltou depois."
"Espere." Lena disse rapidamente. Kara olhou para ela.
"Eles estão mostrando uma maratona da Vida. Sabe, o show que a Oprah narra. Hum... E se você quiser, quero dizer, se você não estiver fazendo nada... então talvez você podia..."
Kara riu com o nervosismo de Lena
Lena revirou os olhos. "Pelo amor de Deus, Kara. Você quer assistir comigo?"
"Eu adoraria me juntar a você." Disse Kara sentando próximo a Lena.
"Kara, eu, é..."
"Lena, você não precisa."
"Não, Kara. Eu preciso sim. Eu fiz da sua vida um inferno por dois anos, fazendo bullying com você só porque sou uma covarde."
"Eu te perdou." Disse Kara rapidamente.
"Como?"
"Eu te perdou, Lena. De verdade, sua amizade é importante para mim."
Lena sorriu. "É importante pra mim também."
Kara segurou sua mão. As duas sentiram uma corrente elétrica passar pelo seu corpo. Com os olhos marejados Lena olhou para Kara. "Obrigada por me perdoar."
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Foi só o sacrifício postar esse, a internet na minha casa está péssima.
Espero que estajam gostando.

Bully in Love (SuperCorp/Karlena)Where stories live. Discover now