Bully in Love (SuperCorp/Karlena)

Capítulo 16

Lena não tinha ideia de onde elas estavam indo. Eram só elas, a noite e as ruas de Boston. Por um tempo, elas só dirigiram em silêncio, ambas ainda em estado de choque com o que acabara de acontecer. Kara não podia acreditar que tinha agido por impulso daquele jeito. Ela nunca agia por impulso.Agir por impulso significava que o resultado seria desconhecido e Kara odiava o desconhecido. Ela tinha desobedecido sua mãe e fugido de casa. O que ela faria agora? Com todos aqueles pensamentos compilados em seu cérebro, a respiração de Kara aumentou repentinamente, seu peito ficou pesado e seu batimento cardíaco acelerou.
Lena olhou para Kara e notou seu comportamento estranho. Merda. Ela tinha visto aquilo antes. Outro ataque de pânico. Lena puxou para o lado da estrada e virou-se para Kara. Ela segurou a mão de Kara com sua mão esquerda enquanto a outra esfregava círculos reconfortantes nas costas de Kara. "Respire. Apenas respire, Kara." Lena falou
tranquilamente. "Tudo vai ficar bem."
Depois de uns bons dez
minutos, Lena viu que
Kara estava se acalmando
e sua respiração voltava ao normal. Graças a Deus! "Você está bem?"
Kara soltou um suspiro e assentiu. "Sim. Eu estou bem agora."
Lena olhou para frente, pelo para-brisa, e depois
de volta para Kara. Seu polegar esfregava suavemente sobre as costas da mão dela. "Kara... Eu não sei pra onde ir." Lena confessou.
Kara pensou um pouco. Eu tenho uma ideia.
Logo elas chegaram a uma marina onde Lauren nunca tinha ido. A morena parou em um estacionamento lá perto e olhou para a placa. Paraíso dos Iates de Boston. Oh. Não era de se admirar que ela nunca tinha posto os pés ali. Aquele era um território do povo rico.
Elas saíram do carro e se dirigiram para o cais. Lá fora estava um pouco assustador, pois estava escuro e apenas jatos de luz pequenos iluminavam o perímetro do cais. Podia-se ouvir o som da fila interminável de iates gigantescos balançando suavemente sobre a água.
Kara segurou a mão de Lena quando começaram a caminhar pelo cais.
"Você tem um iate?" Lena perguntou.
"Bom, a minha família tem um iate. Foi uma das pequenas partes que minha mãe ganhou no divórcio. Zor-El nos leva para passear nele durante o verão."
"Isso é legal." Lena assentiu.
Elas logo pararam em frente ao iate que devia ser um dos maiores na marina.
"Puta merda. Esse é o seu barco?"
Kara sorriu levemente. "Linguagen Lena. Sim, este é o nosso iate." Ela respondeu enquanto subia a bordo. Assim que estavam a bordo, os olhos de Lena começaram a vagar curiosamente ao redor do local.
"Você quer uma excursão?" Kara perguntou, vendo a curiosidade de Lena.
"Diabos, sim eu quero uma excursão."
Duas palavras para o iate da família Danvers... RIDICULAMENTE ENCANTADOR. Era praticamente uma casa de luxo na água. Havia uma cozinha completa e área de jantar, uma sala de estar com uma tela plana, dois quartos e banheiros. Um quarto tinha duas camas de solteiro, e o outro... oh, faça daquele uns três quartos, pois o quarto que elas estavam entrando possuía uma cama king-size.
Kara foi direto para cama e deitou-se. Apesar de Kara tentar aliviar o clima com uma turnê pelo belo iate, aquilo era apenas uma distração menor.
"Estou exausta." Kara bufou.
Lena se juntou a ela, sentando-se na beira da cama. A morena não tinha certeza do que fazer ou como julgar o humor de Kara. Lá estavam elas, escondendo-se em um late no meio da noite, sem ideia do que elas iriam fazer a seguir. Aquilo de repente se tornou desconfortável. Kara olhou para Lena. A morena estava mexendo com as mãos. Kara podia sentir a hesitação de Lena, mas ela estava feliz a morena estava com ela. Estava feliz que não estava sozinha. Solidão... algo que ela estava tão acostumado ao longo dos anos.
Kara mordeu o lábio inferior, sentindo-se tímida. "Lena?"
A morena olhou para ela. "Hum?"
"Me abraça, por favor?"
A voz de Kara parecia tão pequena e vulnerável que Lena sentiu seu coração doer. "Sim." Lena respondeu com sinceridade. A morena levou as pernas para cima da cama e chegou perto de Kara. Abrindo os braços. Kara se enrolou em Lena, deitando a cabeça no ombro da morena e descansando a mão sobre o estômago dela. Lena passou o braço sob os ombros de Kara e entrelaçou os dedos com a mão dela. Suas pernas se entrelaçaram.
Era tranquilo. Pacífico. Só
elas e sem interrupções. Um confortável silêncio pairou
entre elas por alguns minutos.
"Eu sinto muito, Lena." Kara sussurou, quebrando o silêncio.
Lena franziu a testa e
olhou para o topo da cabeça
de Kara. "Você sente muito
pelo que?" Ela perguntou suavemente.
"Tudo isso. A forma como a minha mãe te tratou... a gente fugir no meio da noite... isso é minha culpa." A voz de Kara começou a falhar.
"Não, não é sua culpa, Kah." Lena a acalmou, segurando
a mais apertado. "Você não
tem que se desculpar. Você
não está sozinha nessa. Estou aqui com você e eu quero estar aqui. Com certeza sua
mãe está de cabeça quente,
mas você não pode se culpar
pela forma que ela agiu."
Lágrimas quentes caíram dos olhos de Kara quando ela os fechou. "Ela se recusa a entender, Lena. Ela até queria que eu visse um psiquiatra por causa dos meus sentimentos por você. Como se eu estivesse passando por uma fase ou algo do tipo... mas eu sei que não estou.” Kara aconchegou-se mais perto de Lena.
Lena ficou em silêncio, à espera de Kara continuar. Ela odiava que Kara tivesse que sofrer tanto.
"Nós tivemos uma discussão há algumas semanas. Foi sobre você. Ela não queria que eu continuasse minha amizade com você, mas eu me recusei a obedecer os desejos dela. Eu meio que... disse a ela que não iria mudar o tempo que passava com você por nada. Nós não nos falamos mais."
"Você realmente disse isso?" Lena sentiu seu coração expandir-se em orgulho.
"Claro que eu disse. Eu am- gosto de você, por você." Kara corou, esperando que Lena não percebesse seu deslize.
Lena arqueou a sobrancelha com a palavras de Kara, mas deixou passar.
"Minha mãe acredita que eu não deveria conviver com você por causa da sua classe, mas eu não me importo com isso." Kara levantou a cabeça e olhou nos olhos de Lena. "Você sabe disso, né?" Kara parecia perguntar com preocupação, temendo que alguma parte de Lena ainda considerrasse aquele rancor de ser rico conta ela.
Lena podia ver a súplica desesperada naqueles olhos azuis e sorriu com simpatia. "Sim, eu sei, Raio de Sol." Lena esfregou delicadamente seu polegar sobre a bochecha de Kara. "Seu coração é muito grande para pensar dessa forma."
A morena se inclinou e beijou Kara delicadamente nos lábios. Kara fechou os olhos, aliviada. A última coisa que ela queria era que Lena pensasse que as diferenças sociais e econômicas entre elas era um fator em seu relacionamento. Lena significava tanto para ela que aquilo a assustava. Seus olhos permaneceram fechados quando Lena segurou
seu rosto e suavemente o acariciou. Ela saboreou o toque.
Quando Kara abriu os olhos, Lena viu uma mudança. Os olhos de Kara pareciam mais escuros e um olhar cheio de intenção estava lá. Lena não conseguiu decifrar a ligeira mudança de comportamento, mas ela definitivamente estava lá.
"Lena, você se lembra da noite de nossa festa do pijama quando você disse que queria me beijar?"
Como ela poderia se esquecer? Kara estava uma grande provocação naquela noite e Lena a queria tão mal. "Sim, eu me lembro."
"E você se lembra da minha resposta?" Kara perguntou, seus olhos nunca deixando os de Lena.
"Você..." Lena engoliu. "... Se inclinou bem perto... e me disse pra lutar contra aquilo."
Seus olhos permaneceram trancados por um momento antes de Kara levantar seu corpo e jogar uma perna sobre as coxas de Lena, montando a morena.
As mãos de Lena repousaram levemente sobre os quadris de Kara, emocionada com os rumos doa acontecimentos. "Hum, ok..."
Kara segurou o rosto de Lena e inclinou-se bem perto. "Eu não quero mais que você lute contra." Ela sussurou.
Lena riu levemente, confusa. "Eu nunca luto contra isso, Kah. Eu te beijo sempre que eu quero agora."
"Eu não estou falando apenas de beijar. Quero dizer, não lute contra... nada disso."
O rosto de Lena de repente ficou sério, quando ela percebeu o que Kara estava dizendo. "O que... o que?" Ela perguntou com sua mandíbula quase caindo.
"Eu quero você, Lena... e eu quero que você tenha tudo de mim."
Lena não podia acreditar no que estava ouvindo. A garota dos seus sonhos estava bem ali, naquele momento, se oferecendo para ela. Lena sentiu como se não conseguisse respirar e suas mãos começaram a tremer levemente. Seu coração estava batendo forte contra seu peito. “T-tudo de você?" A morena gaguejou.
Kara segurou a bainha de sua blusa e a levantou sobre a cabeça. Ela jogou a peça de roupa no chão e olhou nos olhos verdes. "Tudo de mim..."
Os olhos de Lena observaram o sutiã roxo rendado de Kara e seu corte empurrado para cima. Ela sentiu sua cabeça leve. "Oh, meu Deus..." Ela suspirou. Ela encontrou os olhos de Kara, mas em vez de ver luxúria e paixão, eles quase pareciam um pouco tristes. Um pequeno brilho de incerteza ainda aparecia. Lena percebeu aquilo e estava prestes a questioná-la. "Kara..." Lena suspirou.
"Só... por favor..." Kara sussurou contra seus lábios antes de tomar a boca da morena com a sua em um beijo ardente. Lena gemeu com o contato e logo caiu no feitiço de Kara. Suas mãos correram pelas costas de Kara e entraram em seu longo cabelo. O corpo de Kara se inclinou contra o dela, fazendo com que Lena deita-se em suas costas com Kara totalmente em cima dela. O beijo não cessou e apenas se tornou mais agressivo. Línguas brigavam e mãos percorriam avidamente. Lena literalmente pensou que seu coração iria bater para fora de seu peito quando Kara mudou seus beijos ansiosos para seu pescoço. Lena soltou um grunhido quando sentiu Kara morder e chupar no seu ponto de pulso. Com seus corpos se fundindo e os hormônios
em fúria, o calor entre elas rapidamente aumentou. A mão de Kara serpenteou lentamente sob a bainha da camisa de Lena e começou a acariciar seu abdômen tonificado. Lena engasgou com o toque e por impulso ergueu seu quadril contra Kara. Desta vez, Kara foi quem engasgou, e antes que percebesse, seus quadris começaram a balançar contra o outro. Lena sentiu a umidade se reunir entre as pernas dela e também podia sentir o calor de Kara contra sua coxa através de seu jeans. A morena acariciou para e cima e para baixo os lados do corpo de Kara, apreciando a sensação daquela pele recém-exposta.
Lábios e línguas se encontram novamente em um fervor de agressão e paixão enquanto continuavam a moer uma contra a outra. Lena se sentia muito próxima de passar da borda enquanto o atrito prazeroso continuava entre elas.
"Jesus Cristo, Kah..." Lena suspirou.
Kara gemeu em resposta. Ela podia sentir seu prazer se construindo também. O corpo forte de Lena parecia incrivelmente bem contra o dela. Havia uma grande diferença entre suas próprias mãos no meio da noite e os toques e beijos de Lena. GRANDE diferença. De repente, ela precisava sentir mais, para afastar seus sentimentos de rejeição por parte de sua mãe, para esquecer aquilo. Kara ajoelhou-se e estendeu a mão para o botão das calças jeans de Lena.
O peito de Lena arfava enquanto seus olhos olhavam para os olhos azuis acima dela. Se Kara não tivesse parado de balançar seus quadris, de maneira alguma Lena teria encontrado força de vontade pra fazer aquilo por vontade própria.
Quando ela viu a determinação crua no rosto de Kara, um sentimento de dúvida de repente a encheu. Aquela não era a sua Kara. A garota diante dela estava ferida e suas emoções estavam selvagens. Aquilo era algo que Lena nunca tinha visto em Kara. Parecia tudo tão apressado... tão fora de controle. Quando Kara começou a abaixar o ziper de suas calças, Lena colocou a mão sobre a dela, parando-a.
"Kah." Lena susupirou. Levou toda sua força impedindo as ações de Kara. "Eu não... acho que devemos fazer isso." Lena susupirou.
O rosto de Kara caiu quando ela se sentou novamente. "Você não me quer?" Kara sussurou com dor em sua voz.
"Não, eu quero." Lena respondeu apressadamente. "Eu realmente quero você, mas não desse jeito."
Kara baixou os olhos e mordeu o lábio inferior levemente.
"Eu... eu só sei que... você está sofrendo por conta do que sua mãe te disse e eu não quero que façamos isso pelo motivo errado... sabe?"
"Você acha que eu estou usando você para distrair meus sentimentos." Kara disse calmamente.
Lena baixou os olhos. "Kara, eu não quero te deixar chateada, mas eu me importo com o seus sentimentos. Eu só não quero que você se arrependa."
"Estou." Kara sussurou. "Eu estou te usando..." Kara baixou a cabeça com vergonha. "Eu não posso acreditar que estou fazendo isso..." Kara suspirou. Ela estava chocada com seu próprio comportamento. Lágrimas imediatamente soltaram dos olhos de Kara enquanto ela sufocou o soluço. "Eu sinto muito. Sinto muito, Lena."
A morena se sentou e embalou Kara contra seu peito, abraçando-a. "Está tudo bem, amor. Você não precisa se arrepender."
Lena entendia porque Kara fez o que fez, e ela não estava chateada. Ela amava aquela garota e sabia que Kara estava sofrendo. Ela sabia que precisava reconfortar Kara. Kara se afastou do colo de Lena e abraçou a lateral da morena. Lena a segurou em silêncio e deixou Kara chorar até que adormecesse. A morena removeu os sapatos de Kara, os seus, e em seguida a segurou perto de seu corpo. O sono logo a encontrou também.
x
Os olhos de Kara lentamente se abriram com a luz solar fluindo pelo quarto. Ela levou um momento pra perceber onde estava e como ela havia chegado lá. Lena tinha há levado para casa. Eliza. Fugir da mansão Danvers. O iate. Quase a fazer amor com Lena... Lena?
Kara sentiu uma presença quente contra suas costas e abraçou fortes confortavelmente envolvidos em sua cintura. Ela sorriu pra si mesma enquanto saboreava o carinho e proteção que sentia. Ela empurrou o corpo mais para trás, contra Lena, fazendo com que a morena se mexesse.
"Mmm..." Lena murmurou.
Kara ouviu o bocejo de sua morena seguido de uma voz rouca. "Você está acordada?"
Kara achou aquela a 'voz da manhã' mas sexy que já tinha ouvido. "Sim, eu estou."
Lena segurou o corpo de Kara mais perto dela e enterrou o rosto em seu cabelo. O cheirinho de Kara nunca deixou de intoxicá-la. "Como você sempre cheira tão bem?" Lena murmurou.
"São só o meu shampoo e condicionador de costume... um pouco de Chanel número-."
"Kah... por mais que eu goste do seu falatório Google, é muito cedo para isso, amor."
Kara sorriu suavemente do carinho antes de virar seu corpo para enfrentar Lena. "Eu gosto disso."
"Do quê?" Lena perguntou colocando uma mão no quadril de Kara.
"Você me chamando de amor."
Lena sorriu. "Bem, se acostume com isso. Eu devo poder chamar minha namorada por nomes carinhosos."
O sorriso de Kara falhou um pouco, supresa com as palavras de Lena. Bem, com uma palavra. Lena viu a expressão de Kara e entrou em pânico.
"Eu... o que eu quis dizer foi-"
Suas palavras foram cortadas pelos lábios de Kara sendo pressionandos contra os delas. Lena devolveu o beijo com fervor e ele rapidamente tornou-se aquecido. Kara segurou o rosto de Lena e a morena moveu-se para cima do corpo de Kara, nunca quebrando o beijo. A língua de Lena mergulhou para boca de Kara e Kara gemeu, aceitando-a ansiosamente. Suas mãos se encontraram por baixo da camisa de Lena e suas unhas enterraram um pouco nas costas de Lena. A mão esquerda da morena percorreu a lateral do corpo de Kara antes de ser colocada delicadamente sobre o seio dela, pela primeira vez. Kara engasgou com o contato acolhedor e Lena gemeu quando deu um aperto firme ali. Kara fechou os olhos enquanto Lena se inclinou e colcou seus lábios no pescoço dela.
"Oh, Lena..."
"Oh, Kah..." Lena murmurou de volta. Suas coxas escorregaram entre suas pernas e entraram em contato com seus centros.
"Eu acho que eu gosto de acordar seu lado." Kara suspirou.
"Eu acho que eu gosto muito mais." Lena sorriu preguiçosamente.
Elas compartilharam outro beijo, mas foram interrompidas pelo som de passos acima delas.
Kara saiu do bloqueio de lábios. "Lena, você ouviu isso?"
Lena apoiou-se em seus braços e franziu a testa. "Sim, eu ouvi."
Mais passos... e eles soavam mais perto daquela vez. Lena pulou da cama e começou a procurar pela sala. Kara pegou sua camiseta do chão e rapidamente vestiu. Ela olhou para Lena estranhando. "O que você está fazendo?" Ela sussurou.
"Procurando uma arma."
"Ah! Existem alguns tacos de golfe do pai, podemos usar."
"Legal! Onde eles estão?"
"No andar acima de nós." Kara fez uma careta. Lena cerrou os dentes e lutou contra a vontade de revirar os olhos. "Ótimo, Kara. Eu vou apenas caminhar na ponta dos pés até o ladrão e dizer: 'Desculpe, estou apenas procurando um taco de golfe aqui de cima para que eu possa te derrubar com ele'.”
"Este não é momento de ser sarcástica, Lena."
De repente, a porta se abriu e Lena instinivamente ficou na frente Kara para protegê-la. Era Zor-El. Ambas suspiraram em alívio.
"Zor-El, graças a Deus. Nós pensamos que era um intruso." Kara disse.
O homem olhou para as duas. "Vocês ficaram aqui a noite toda?"
Ambas concordaram.
"Eu estive procurando por toda parta." Virou-se para Kara. "Sua mãe queria chamar a polícia, mas eu a convenci a me permite procurar por você primeiro. Imagine que pudesse estar aqui."
"Pelo palpite." Lena disse.
"Sua mãe está arrependida, Kara. Ela gostaria que voltasse para casa."
"Não." Kara balançou a cabeça. "Eu me recuso a ficar na mesma casa que aquela mulher. Ela está tentando ditar a minha vida, Zor-El. Eu não vou voltar com você."
"E pra onde você vai?" Zor-El questionou.
Kara parecia incerta por um momento e, em seguida, virou-se para Lena. "Posso ficar com você?"
"Hum." Lena olhou para Zor-El e depois de volta para Kara. "Eu... eu acho que você pode, Kah, mas-"
"Kara, eu entendo que você está chateada." Zor-El interrompeu. "Mas você tem que ser sensata nesta situação."
"Minha mãe é a insensata,
Zor-El. Você pode informá-la
que eu vou estar na casa de Lena e se ela realmente
sente muito, que ela venha e se desculpe comigo cara a cara."
"Kah? Tem certeza? Sobre isso?" Lena perguntou.
Ela olhou para a morena, determinada. "Eu nunca estive tão certa na minha vida." Os olhos de Kara voltaram para Zor-El. "Se ela me quer tanto em casa, então ela pode vir e me recolher por si mesma."
Zor-El deu um aceno sutil. "Muito bem, Kara. Eu não posso forçá-la a voltar para casa comigo. Vou avisar sua mãe de seu paradeiro e da sua solicitação a ela."
Kara foi até o homem e olhou para cima.
"Obrigada, Zor-El. Eu aprecio o que você está fazendo para mim.”
Zor-El se adiantou e ele e Kara compartilharam um breve abraço. "Eu nunca vi você tão feliz, Kara.” Ele apontou o polegar para Lena. "Você encontrou uma
pessoa boa aqui.”
Kara sorriu. "Eu sei."
"È melhor vocês duas irem andando, e Lena? Sua mãe estava desesperada depois que eu saí de sua casa na noite passada."
"O quê?" Lena entrou em pânico. "Você foi a minha casa?”
"Claro. Foi um dos primeiros lugares que eu procurei. Eu disse a sua família quem eu era e que eu estava procurando por você."
"Oh, merda." Lena se bateu na testa. "Minha mãe vai ficar tão brava." Lena murmurou.
x
Lena e Kara pararam em frente à casa Luthor e viram um grupo de meninos jogando hóquei de rua há apenas algumas casas abaixo. Elas sairam do carro e se dirigiram para a casa.
"Lee! Você está em casa!" Clark gritou.
Lex e Clark patinaram até elas. "Você está perdendo o jogo de escolha. Onde diabos você estava?" Lex perguntou.
"Mamãe e papai estavam realmente preocupados." Clark acrescentou.
"E eu vejo que vocês também estavam realmente preocupadas, hein Jogando hóquei de rua enquanto sua irmã mais velha está sumida." Lena repreendeu. 
"Há nós sabíamos que você voltaria para casa." Lex acenou pra ela.
"É, nós só imaginamos que..." Clark olhou entre
as duas garotas com um sorriso maroto. "Vocês duas estivessem ocupadas."
Kara baixou os olhos e corou enquanto Lena
empurrou o ombro de Clark. "Não desse jeito!”
"Ei!" Clark disse de volta. "Sem ofensas Kara, mas o que ela está fazendo aqui de qualquer maneira? Eu pensei que você deveria deixar seu encontro em casa depois de tudo."
"É uma longa história." Lena suspirou.
"Ok, bem, é melhor você entrar." Lex advertiu.
"Mamãe estava planejando chamar a polícia em breve."
"Ótimo." A morena suspirou. "Vamos lá, Kah." Ela disse puxando Kara suavemente para a casa.
"Boa sorte!" Clark disse antes que ele e Lex voltassem ao seu jogo.
Assim que Lena e Kara fecharam a porta atrás delas, Lilian correu para a sala.
"Lena Kieran Luthor! Onde diabos você esteve?"
"Ma, eu-"
"Seu pai e eu estávamos ficando loucos e fora de nossas mentes preocupados
com você!" Ela olhou para Kara. "Com vocês duas! Seu pai ainda está lá fora procurando."
"Eu sei disso. Se você simplesmente-"
"E na noite passada aquele homem alto e escuro chamado Zoee alguma coisa apareceu aqui em casa perguntando sobre vocês duas."
"Aquele era Zor-El, meu mordomo." Kara disse.
"É, bem , ele deixou todos nós preocupados! E eu não conseguia ligar em seus telefones celulares!"
Ambas procuraram por seus telefones e perceberam que eles estavam apagados. Nenhuma delas queria ser interrompida durante seu primeiro encontro. "Oops. Desculpe, mãe."
"Isso é tudo que você tem a me dizer?"
A morena esfregou a parte de trás do seu pescoço. "Posso, por favor... explicar?" Lena perguntou cuidadosamente.
"Derrame."
Lena começou a explicar o que tinha acontecido na casa de Kaea e sobre o confronto com Eliza. Como elas fugiram e ficaram a noite no iate. E como Zor-El as encontrou.
"Mesmo assim, você deveria ter ligado." Lilian bufou.
"Eu sei, mãe. Lamentamos. Havia tanta coisa acontecendo."
Lilian colocou uma mão contra a testa e balançou a cabeça. Lena e Kara olharam para ela, sem saber o que fazer ou dizer. Em seguida, a mulher mais velha se adiantou e cobriu as duas com um abraço apertado. "Estou feliz por vocês duas estarem bem." Ela sussurrou.
"Estamos bem, Ma.”
Por fim, Lilian as soltou e deu um passo para trás.
"Agora, vão lá pra cima e se limpem. Eu tenho que ligar para seu pai e deixar que ele saiba que você está em casa."
Lena assentiu e as duas caminharam em direção à escada.
"E Lena?"
Lena parou no meio do caminho e virou-se para sua mãe.
"Nunca faça algo assim novamente. Você está me ouvindo?"
Lena viu a seriedade nos olhos de Lilian e assentiu. A mulher mais velha olhou entre as duas, antes de caminhar em direção à cozinha.
"Porra, ela está muito chateada." Lena sussurrou.
Elas foram até as escadas e caminharam em direção do quarto de Lena. "Eu sinto muito, Lena. Eu não queria causar problemas com sua família."
"Você não causou." Lena parou em frente a um armário e tirou duas toalhas. "Eu deveria ter ligado. Foi minha culpa."
Elas entraram no quarto e Lena fechou a porta atrás delas.
"Você pode banhar primeiro. Vou pegar algumas roupas para você."
"Obrigada." Kara foi até o banheiro e virou-se para Lena da porta. A morena estava abrindo a porta do armário em busca de algumas roupas que servissem em Kara.
"Você gostaria de se juntar a mim?"
Lena virou a cabeça e levantou uma sobrancelha incrédula para Kara.
Kara encolheu os ombros. "Seria mais ecológico. Nós economizaríamos água.” Kara sorriu animadamente.
Lena sorriu e caminhou em direção a Kara. Kara gostava de ver a alegria dançando nos olhos verdes de Lena. "Por mais tentador que pareça... e acredite que é muito tentar. Eu não posso tomar banho com você."
"Por que não?" Kara fez bico enquanto Lena colocou as mãos em seu quadril.
"Porque ficar limpa é a última coisa em minha mente enquanto compartilho o
chuveiro com você."
Kara sorriu ainda mais. Ela estendeu a mão e colocou uma mecha do cabelo de Lena atrás de sua orelha. "O que estaria em sua mente?" Kara falou com a voz grossa.
De repente, os olhos de Lena ficaram mais escuros e ela puxou Kara fortemente contra ela, fazendo Kara suspirar. Elas olharam nos olhos uma da outra por um momento antes dos lábios de Lena desabarem contra os de Kara. Em poucos segundos, elas estavam extasiadas em um beijo apaixonado.
"Mmm." Kara gemeu quando colocou os braços em volta do pescoço de Lena.
A morena lentamente apoiou Kara em uma parede e a encurralou contra ela. As mãos de Lena desceram pelas costas e agarraram a bunda de Kara, puxando-a para mais perto. Kara sentiu um arrepio correr por seu corpo com o toque, e Lena gemeu quando deu um aperto firme naquele músculo. Ela não conseguia superar o quão bom era o sabor da boca de Kara enquanto suas línguas travavam uma luta pelo domínio da luxúria.
Logo elas se afastaram por falta de fôlego e deixaram suas testas juntas.
"Oh..." Kara suspirou, totalmente perturbada. Agora ela sabia o que estaria na mente de Lena.
Lena estava respirando pesadamente enquanto tentava falar. "Eu acho que é melhor você... entrar no banheiro... e trancar a porta antes que eu mude de idéia."
"Certo, boa ideia."
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Após banharem e vestirem roupas limpas, Lena e Kara decidiram ir para o quintal e sentarem juntas no balanço do pátio.
De vez em quando Lilian espiava pela janela da cozinha para vê-las. Ela estava feliz por sua filhinha estar feliz. De repente, a campainha tocou. Lilian caminhou da cozinha até a porta da frente. Ela olhou pelo olho mágico e viu uma mulher, que parecia ter a sua idade, de pé do outro lado. Curiosa, ela abriu a porta. À mulher era mais bonita do que Lilian tinha pensado e estava bem vestida com uma blusa de seda e uma saia preta.
"Olá. Posso ajudá-la?" Lilia perguntou.
"Meu nome é Eliza Danvers. Eu acredito que você esteja com minha filha."
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Um mimo prá vocês
Gente, se encontrarem algum erro me avisem pra consertar.