— Céu claro, céu claro, céu claro. - Pepa disse anciosa passando seus dedos em seu cabelo trançado.
Sentada em cima da cama enquanto pensava demais como sempre, a mulher repetia as palavras tentando se acalmar, uma nuvem se formou em cima de sua cabeça Pepa bufou olhando para a nuvem querendo que ela sumisse.
Sua primeira filha tinha nascido fazia 1 mês e tem sido difícil para ela afastar esses pensamentos inseguros ela não sabe se é por causa dos hormônios, mas aquilo deixava Pepa com medo.
— Mi vida o que aconteceu? - Félix perguntou entrando rapidamente no quarto e fechando a porta, e indo até a sua esposa, ele ouviu a ruiva repetir as frases de conforto da mulher e então correu para o quarto.
— Nada, eu só estou pensando - Pepa mentiu enquanto via seu marido se sentando de frente para ela.
Pepa ficou preocupada pelo o que Félix poderia pensar sobre as nuvens escuras em cima da sua cabeça, ela meneou a cabeça tentando afastá-las mas sem sucesso.
Félix sabia que ela estava mentindo na cara dura, tinha algo incomodando a ruivinha que roubou seu coração.
— Você sabe que pode me contar tudo, não é? - Felix afirmou carinhosamente, passando a mão pela perna de Pepa que lhe olhava com atenção. — Além de ser seu marido, eu sou seu amigo. - Ele completou dando um sorriso leve para Pepa.
A Madrigal olhou para os lados algumas vezes e respirou fundo tomando coragem para contar algo tão bobo e insignificante.
— Eu sou boa o suficiente? - Pepa perguntou envergonhada de perguntar algo tão bobo, tirando finalmente as mãos do seu cabelo e entrelaçando seus dedos uns nos outros.
Félix se assustou com a pergunta repentina da esposa, quem estava fazendo ela pensar daquele jeito?
— O que? Você é boa sim, hermosa, por que está me perguntando isso? - Félix novamente perguntou, ele nunca viu nenhum defeito em Pepa, nem como esposa e nem como mãe, ela era é ainda é tudo que ele sempre sonhou.
— Eu não sei... Eu me sinto tão estranha e eu não sei se sou uma boa esposa e uma boa mãe - Pepa expôs seu pensamento negativo sobre si, não olhando diretamente nos olhos de Félix para não causar um trovão e acordar sua neném. — Eu não sou boa que nem a Julieta, ela tem jeito com essas coisas, mas eu não. - Completando sua frase Pepa Madrigal se sentiu um pouco mal em contar isso para ele já que tudo estava indo bem naquele dia, mas ela tinha que estragar.
— Você é sim uma boa esposa corazón, você sempre está aqui comigo, e nas horas mais difíceis somente você está aqui. - Félix relatou alegre, se aproximando da sua esposa e segurando a sua mão delicadamente. — Nossa filha tem sorte de ter uma mãe como você, Pepa, você ainda está aprendendo a lidar com a nova rotina, não significa que você seja ruim nisso. - Félix acariciou o dorso das brancas mãos de Pepa e levou a sua outra mão até o rostinho delicado da mulher, levantando ele com cuidado forçando ela a olhar para Félix.
— Sério? - Pepa perguntou fungando o nariz avermelhado, se sentindo um pouquinho melhor com as palavras do marido.
— Porque eu mentiria pra você? - Félix sorriu fraco, se aproximando mais de sua esposa ficando praticamente corpo a corpo com ela. — A Julieta só se acostumou com a rotina, meu bem, além disso ela é irmã mais velha, você só precisa de mais tempo - Félix disse baixo encostando o seu nariz com o dela e dando um beijinho no nariz de Pepa.
Pepa deu uma risadinha e ass nuvens que estavam pairando sobre a sua cabeça começaram a desaparecer se transformando em um arco-íris, eles ficaram com as testas coladinhas enquanto Pepa dava pequenos risos a cada beijinho que Félix lhe dava.
A mulher agredeceu mentalmente várias vezes por ter Félix em sua vida olhando para o homem com gratidão pela sua existência, ela é sortuda por ter se casado com o amor da sua vida.
— Sabe no que somos muito bons? - Félix perguntou dando um sorriso malicioso, o homem beijou o dorso da mão de Pepa e segurou a risada para não estragar a piada.
A Madrigal por sua vez esqueceu completamente das nuvens escuras e chuvosas que flutuavam por sua cabeça, somente com pequenos atos de Félix ela já se sentia melhor, Pepa arqueou a sua sobrancelha e franziu um pouco o seu cenho sabendo que provavelmente era uma pergunta idiota, mas que iria arrancar uma risada genuína dela.
— No que mi amor? - ela perguntou.
— Nós somos muito bons em fazer filhos - Félix disse não segurando a risada e dando uma grande gargalhada, Pepa olhou como Félix se divertia sozinho com as suas próprias bobagens. — Olha a nossa filha, uma obra de arte. - Ele continuou fazendo pequenas cócegas no abdômen de Pepa que soltava gritinhos feliz.
— Nisso eu tenho que concordar - Pepa falou entre as risadas histéricas.
Ambos riram incansávelmente, eles tinham 28 anos mas estavam agindo como adolescentes de 14 anos, aquilo que encantava Pepa todos os dias o que deixava ela mais apaixonada por ele, pequenos atos de amor e afeto e principalmente as risadas, ela amava isso.
Depois de alguns minutos de cócegas e gargalhadas os dois já tinham feito uma bagunça na cama, tudo estava desarrumado e jogado pelo chão por causa da brincadeira, agora ambos estavam deitados na vertical da cama enorme um olhando para o outro.
Eles não se importaram com a bagunça e muito menos com o que iria pensar se virem eles daquele jeito, naquele momento para Félix e Pepa só existiam eles dois no mundo.
— Eu te amo tanto Félix, obrigada. - Ela sussurrou baixinho mas não inaudível para que o seu marido pudesse ouvir, ele sorriu de orelha a orelha e respondeu com carinho retribuindo o gesto de amor.
— Eu te amo também princesa, não me agradeça por fazer o mínimo por você. - Ele disse num tom sereno sem emitir qualquer expressão de decepção ou culpa por ter dito aquilo.
Pepa sentiu as bochechas ficarem rosadas e imediatamente se lançou para Félix, lhe dando um beijo apaixonado.
Oii! Resolvi trazer uma one da Pepa e do Félix porque eu nunca tinha feito nada deles antes, e também para trazer um pouco de felicidade no meio de tantos capítulos tristes.
Amo vocês! espero que tenham gostado disso.
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