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•Miguel•


Eu havia acabado de sair da minha empresa (MD3) e decidi ir até a casa dos meus pais.

Eu dirigia meu Mustang preto fosco tranquilamente, até o meu celular começar a tocar. Olho para o mesmo e vejo que se tratava do Paulo.

—Não posso falar agora, estou dirigindo!— Digo colocando o celular no ouvido.

—Liguei pra ver se você estava vivo, pô!—Paulo diz.

—Por que eu não estaria?

—Você foi comigo na balada sábado, depois sumiu, passou o domingo sumido...

—Porra, passei o domingo morto de ressaca!— Falei lembrando da dor de cabeça e de como eu vomitei todo o álcool do meu organismo ao chegar em casa.

—Você sumiu na madrugada, comeu alguma mina?

—Cara, eu não lembro de NADA do que rolou na madrugada de sábado pra domingo, NADA, só lembro de ter acordado no motel!

—Ah, então você passou bem demais, quem era a mina?— Perguntou interessado.

—Não sei, eu nem vi o rosto dela!— Digo dobrando a esquina.— Eu acordei tão mal que eu nem olhei pra ela, só vesti minha roupa, paguei e meti o pé!

—Tenho uma novidade pra te contar... Terminei meu namoro!— Ele diz e eu arqueio uma sobrancelha.

—Você terminou o namoro? Cara, você estava solteiro só a sua namorada que não sabia, você namorando pega mais gente que eu que sou solteiro!— Digo revirando os olhos.

—Cara, minha namorada era uma...—Antes dele completar a frase, eu freei o carro com tudo, mas não foi o suficiente.

Acertei a parte de trás de uma bicicleta e arremessei uma moça que caiu e saiu rolando.

—Depois eu falo com você!— Digo descendo do carro para prestar ajuda.

O Paulo falava no celular, mas eu não estava com o celular no ouvido. Corri até a mulher que estava no chão e consegui escutar os gemidos de dor dela.

Sua cabeleireira ruiva estava espalhadas sobre o chão, abaixei ao lado dela e toquei sua cabeça.

—Vou chamar uma ambulância, não se mexa!— Digo já desligando a chamada com o Paulo quando a voz dela passa por meus ouvidos.

—Não, não precisa!— Ela disse baixinho, sua voz estava calma e seu tom é tão angelical que eu poderia ficar horas só ouvindo ela falar. Ela fez menção em levantar do chão e eu segurei o seu braço a ajudando. Olhei para o seu rosto e ele fez jus a sua voz angelical, ela é linda...

Mas logo seu rosto angelical se torna demoníaco e ela começa a gritar comigo.

—VOCÊ TEM MERDA NA CABEÇA? NÃO OLHA POR ONDE ANDA? SEU BRAÇÃO!!!—Ela grita comigo bastante irritada.

Consigo ver seu joelho ralado, seu ante braço e o cotovelo esquerdo também estavam machucados, ela segura seu braço machucado com o direito que aparentemente estava saudável, deve estar doendo bastante...

o AMOR de um CEOWhere stories live. Discover now