Prólogo

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Voltei com essa adaptação livre de O Melhor Amigo da Noiva versão supercorp.
 
Divirtam-se!

 
 
10 anos atrás.
 
Já era de madrugada e a festa em uma parte desativada campus  da universidade de National City não estava nem perto de acabar. Vários estudantes estavam dançado, se agarrando e se embebedando enquanto uma música alta tocava.
 
No meio da pista de dança improvisada, Lena Luthor se balançava no ritmo da música enquanto tentava descolar uma transa de uma noite com uma garota que ela não tinha certeza se tinha ouvido o nome certo. Depois de algum tempo de conversa, a jovem disse para Lena a encontrar no quarto 13 no dormitório B que ela chegaria em 20 minutos, pois iria procurar as amigas para avisar que estava indo embora.
 
Indo para o local combinado, Lena tentava lembrar das instruções que a jovem tatuada a havia dado. Tinha a ver com a chave estar em baixo do tapete e sua cama ser a que era próxima a da porta. Ou será que ela tinha dito que era a cama próxima a janela? Bom, isso não importava, desde que conseguisse o que queria.
 
Virando o resto de cerveja barata quente garganta a baixo, jogou o copo de plástico no lixo e seguiu até o dormitório B. A cada passo que dava, Lena se preparava para a grande noite que imaginava que iria ter. Era sempre assim quando tinha festa, ela aproveitava o máximo que podia bebendo e dançando, jogava seu charme a alguém que aceitasse se divertir com ela e depois de conseguir o que queria, partia para seu apartamento que ficava pelas redondezas da universidade.
 
Para ela, no auge de sua juventude, era isso que importava. Queria apenas viver a vida intensamente aproveitando cada segundo. Por pensar assim, de sexta à domingo iria para qualquer festança que era dada pelas fraternidades.
 
Assim que chegou no dormitório da jovem tatuada que, provavelmente, se chamava Veronica, foi até o primeiro andar procurar pelo quarto. Subindo as escadas, repassou mais um vez as instruções que havia recebido. Como já tinha bebido demais e se sentia bastante alterada, corria um sério risco de ter entendido alguma coisa errada.
 
Olhando em baixo do tapete na porta que tinha o número 13 na frente, achou uma pequena chave. Internamente, ela comemorou por isso, pois então estava no lugar certo. Assim que passou pela porta e viu pela pouca luz que vinha do lado da janela, que havia alguém deitada ali na cama, Lena tirou o vestido que usava o jogando em um canto do quarto e depois retirou seus saltos.
 
— Como chegou aqui tão rápido, Veronica? — perguntou se aproximando — Veronica? — a chamou em uma voz cantarolada — está pronta pra mim? — levantou o fino cobertor e se esgueirou para de baixo dele — Veronica — sussurrou no ouvido da jovem deitada na cama enquanto começava passar um dos braços por sua cintura.
 
Antes que pudesse de fato colocar suas mãos na jovem, se assustou com um grito que ela deu e acabou gritando também. De uma maneira muito rápida que Lena não entendeu bem como aconteceu — a bebida realmente estava a afetando — sentiu alguma coisa esguichar em seus olhos os fazendo queimar e logo ela cair de costas no chão.
 
— Quem é você? — ligou o abajur na escrivaninha ver quem era o sem noção que estava tentando se enfiar em sua cama — o que faz aqui?
 
— O que é isso? — perguntou com a voz chorosa rolando pelo chão com as mãos nos olhos — é spray de pimenta?
 
— Não, é um Calvin Klein — olhou para o vidrinho de perfume em sua mão — quem é você e o que faz aqui? — fitou a morena que estava apenas com uma lingerie preta — porque está nua e estava deitando na minha cama? — apontou o vidro de perfume para ela quando percebeu que a morena estava se levantando.
 
— Você não é a Veronica? — perguntou assim que ficou em pé, mas sua vista estava embaçada.
 
— Não, eu sou a colega de quarto dela. O que faz aqui? — perguntou mais uma vez irritada.
 
— Não é um pouco óbvio o que eu iria fazer?
 
— Iria se aproveitar de mim? — cruzou os braços.
 
— O que? — sua voz subiu uma oitava — Claro que não. Jamais faria isso. Eu achei que era a Veronica, combinamos de nos encontrar aqui. Ela disse que a colega quarto Nerd dela estaria na biblioteca — tentou se explicar.
 
— Eu não sou nerd — disse entre os dentes jogando um travesseiro na morena.
 
— Tudo bem — levantou as mãos em rendimento — não precisa me agredir.
 
Devagar, a jovem abaixou o vidro de perfume o colocando em cima da cama. Olhando bem, a morena que havia tentado agarrá-la não parecia ser alguém que dava medo.
 
— Veronica não está aqui.
 
— Jura? — abria e fechava os olhos sem parar — eu nem reparei.
 
— Rude. Onde estão suas roupas? — olhou em volta procurando.
 
— Em algum canto. Tem algum lugar onde eu possa lavar meus olhos? — quis saber, pois ainda não enxergava direito — acho que você me deixou cega.
 
— Ninguém mandou deitar na minha cama — se aproximou a puxando pelo braço — não deveria te ajudar.
 
— Claro que deveria, você me cegou — resmungou fazendo a outra revirar os olhos — onde está me levando?
 
— No banheiro para lavar os olhos.
 
— Água não vai resolver — esbravejou, mas a acompanhou — acho que vou ter é que fazer transplante de córnea por sua causa.
 
Enquanto Lena lavava seus olhos, a outra jovem estava encostada na porta do banheiro apenas a olhando. Não teve um minuto em que a morena parou de resmungar sobre como seus olhos ardiam e que ela iria processá-la por não enxergar mais.
 
— Como entrou aqui? — perguntou pegando uma toalha de rosto limpa no armário e a entregando quando ela fechou a torneira.
 
— Veronica disse que a chave estaria em baixo do tapete — a encarou — graças Deus! — disse aliviada — estou enxergando.
 
Voltando a olhar novamente para a jovem que a quase havia cegado, Lena deu sorriso ladeado. Havia uma loira, alta, de camisola curta parada a sua frente, com os cabelos um pouco bagunçado e olhos azuis intensos.
 
— Achei sua roupa — jogou o vestido para ela que o pegou no ar — não achei que Veronica curtia mulheres.
 
— Ah! — deu ombros — eu tenho meu charme como pode perceber. Sou Lena Luthor e você?
 
— Kara — saiu do banheiro voltando para sua cama.
 
— Muito prazer, Kara — falou assim que voltou a se aproximar e também sentou na cama.
 
— Porque está me olhando assim? — franziu o cenho.
 
— Estou esperando você dar aquele olhar — a loira pareceu não ter entendido — o olhar que a garota dá quando quer ser beijada.
 
— Primeiro, não quero ser beijada por você. Segundo, você se acha demais — balançou a cabeça negando — dá pra vestir sua roupa?
 
— Te incomoda me ver assim? — arqueou uma sobrancelha tentando intimidá-la.
 
— Me incomoda você ainda não ter ido embora e eu não ter voltado a dormir.
 
— Sinceridade — apertou os lábios — isso é quase melhor que sexo — Kara voltou a revirar os olhos — acho que ninguém nunca foi tão sincero comigo a ponto de dizer que eu estou incomodando, ou que eu me acho, ou que não quer um beijo meu.
 
— Me senti muito bem dizendo isso — Lena riu do comentário — e só pra você saber, se as pessoas não estão sendo sinceras com você, deve porque está tendo amizades erradas.
 
— Sincera de novo. Gosto disso — a analisou um pouco — acho que minha noite acabou aqui.
 
Se levantou colocando seu vestido e procurando suas sandálias de salto.
 
— Não vai esperar a Veronica? — sua curiosidade era evidente.
 
— Não.
 
— Ok. Então boa noite — deu um sorriso forçado.
 
— Boa noite, Kara — estendeu a mão para ela pegar e quando assim a loira fez, deixou um beijo no dorso.
 
— Você é estranha — balançou a cabeça negando dando um pequeno sorriso.
 
— Sinceridade de novo. Nós vemos por aí, Kara — a loira poderia estar enganada, mas parecia que Lena não queria ir embora, porém não disse nada — tchau, Kara — disse mais uma vez antes de abrir a porta.
 
— Tchau, Lena.
 
Para as duas, tudo o que aconteceu foi no mínimo esquisito. Kara esperava nunca mais encontrar aquela morena estranha e Lena já tinha planos mirabolantes sobre como faria para a loira virar sua amiga.

 
Se gostarem, eu continuo.
 
:)

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