Capítulo 1

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-Covey. Pelo amor de Deus, desliga esse alarme.

-Não é o alarme, é o seu filho.

Nicholas é um bebê maravilhoso, só precisa aprender a dialogar, e não berrar a plenos pulmões às 2 horas da manhã.

-Amor, eu tenho certeza que é a sua vez de ir até lá.

Peter fala com a cara enterrada no travesseiro. Nas duas últimas horas, Nick acordou 4 vezes, nos levando ao cansaço extremo.

-Você pega o bebê e eu pego o mamá.

-Isso não é justo, o mamá é você.

-Vai loooogo, Peter.



Ele demora para voltar e estranho o silêncio. Com muito custo me levanto e atravesso o corredor até o quarto do meu bebê.

Paro na porta, diante da imagem mais linda que já vi na vida:

Peter está descalço, de short de moletom, uma camisa velha e embalando Nicholas, que está calmo, com o rostinho colado no peito do pai, nem parece o bezerro que se esguelava agora há pouco.

No chão perto do berço, está Spider, deitado quietinho, mas com os olhos atentos

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No chão perto do berço, está Spider, deitado quietinho, mas com os olhos atentos. Desde que Nicholas nasceu, ele declarou que este é o seu canto e não há nada que o tire daqui enquanto Nick está dormindo.

Me permito passar um tempo contemplando a visão de um cachorro fiel, um bebê muito amado e o homem da minha vida. Meu coração não poderia estar mais feliz, sinto vontade de dar tudo por eles e de me tornar uma pessoa melhor a cada dia.


-Ei. Nem vi você chegar! Tava perdido sentindo essa coisinha se aconchegando no meu peito.

-Percebi.

Ele fica se balançando lentamente, de um lado para o outro e olhando para o filho com dois corações no lugar dos olhos, emanando amor.

-Sabe, Covey? As vezes fico pensando: como posso amar tanto um serzinho que eu só conheci há três semanas?

Ele continua namorando Nicholas como se segurasse a própria vida, bem ali, em suas mãos.

Pensando bem, acho que filhos é mesmo isso, seu coração batendo do lado de fora do corpo.

-Também me sinto assim!

Concordo com ele.

Me aproximo dos dois lentamente, tentando me infiltrar naquela conexão de pai e filho.

Quando vejo Peter de perto, noto seus olhos marejados e me emociono também.

-Vocês dois são a minha vida. Quando penso no que a gente viveu, tudo aquilo...me dá um medo, sabe?

Peter nunca externou o que sentiu. Sei pelo relato das pessoas do seu desespero na hora do parto, mas quase nunca conversamos sobre isso.

-Ei. Não fica assim, nós estamos aqui.

Me marca, para sempre.Место, где живут истории. Откройте их для себя