Capítulo 2

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Amiga, ele é lindo demais! Estou apaixonada, dá até vontade de fazer um.

-Faz amiga. Collin vai ser um pai maravilhoso.

-Que nada amiga. Não tem trabalho pra mim no Canadá, estou me estabelecendo em Nova York, não dá pra ter um filho desse jeito. Não é bom ter o Peter por perto?

-Nossa, não sei o que seria da gente sem ele.

Nicholas dorme tranquilo no colo de Kelly, está de barriguinha cheia e fralda limpa, então parece um príncipe sonhando. Mas quando é contrariado, está com fome ou passou a hora do banho, é um Deus nos acuda.

-Ai amiga, foi de partir o coração ver o desespero dele.

-É. Eu sei.
Me recolho por uns instantes dentro de um passado recente, onde as coisas quase deram errado pra gente.

-É muito bom ver os três juntinhos. Ele posta cada coisa linda sobre a família de vocês. Eu fico lá só babando.

Agradeço por Kelly ser tão sensível e mudar rapidamente de assunto.

-Ele posta tanta coisa, que agora andam atrás da gente oferecendo permuta no insta, comercial de fralda, sabonete, leite em pó. A mesa do escritório tá cheia de propostas para ele, mas quando chega só tem olhos para o Nick.

-Claro. Olha esse rostinho lindo? A boquinha desenhada e o narizinho arrebitado? Eu não aguento, gente!

 Olha esse rostinho lindo? A boquinha desenhada e o narizinho arrebitado? Eu não aguento, gente!

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Quando acordou, Nicholas vestiu um casaco de bichinho que Kelly trouxe de Nova Iorque.

-Sei que na Califórnia ele não vai usar essa roupa quente, mas fiquei apaixonada. Quem sabe vocês não me visitem em Nova Iorque e leva essa coisinha linda pra conhecer o sofrimento que é viver em um lugar tão frio?

-Quem sabe?
Respondo.



Os meninos chegam da corrida que foram dar na praia enquanto conversávamos, e Colin vem direto mexer com o bebê.

-Cara. Não faz isso, você tá cheio de bactéria de rua. Vai lavar as mãos e não encosta ele nessa tua roupa imunda.

Nos entreolhamos assustados, mas eu já estou acostumada. Nicholas já tem 2 meses e Peter o trata ainda como se tivesse acabado de sair da maternidade. Acho legal que ele não tenha vergonha nenhuma de dizer para as pessoas higienizarem as mãos antes de pegá-lo.

E ele também não tem nenhuma dificuldade em dispensar os mais sem noção.

No outro dia no parque uma senhora se aproximou e pediu para pegá-lo no colo um pouquinho. Peter respondeu, educado, porém firme.

-Me desculpe, mas eu nunca vi a senhora na vida, não vou deixar pegar meu filho.

A senhora não gostou muito, ficou olhando abismada para nós dois, e continuou sua caminhada pelo parque.


Me marca, para sempre.Where stories live. Discover now