Capítulo 6

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Lara Jean quando mais jovem parecia uma dessas princesas de conto de fadas. Bonita e de  longas madeixas,  inteligente, dedicada, boa filha, tímida, gentil e amorosa.

Hoje, ela não perdeu essas qualidades, mas adicionou-se mais características positivas, que se não se enquadram nos filmes da Disney, pode facilmente estar em um folhetim de romance.

A Lara Jean jovem deu lugar a uma adulta linda e forte, corajosa e muito determinada, capaz de parecer um furacão ou uma brisa suave  com a mesma magnitude. 

Peter Kavinsky talvez não se encaixasse no papel de príncipe. Afinal de contas ele era o menino que arrotava e não pedia desculpas, comia a última fatia de pizza, falava alto demais, ria alto demais e colava nas provas.

Ele se enquadraria melhor em um filme de aventura, daria um perfeito super-herói. Porque era ridiculamente bonito, mas não aquela beleza gentil e suave de Philips e Edwards dos contos de fadas. A beleza dele é aquela que garante o título de rei do baile por onde passa. Peter por toda sua vida chamou a atenção, além da beleza. Sempre foi atlético, engraçado, amigo e fiel. Um conquistador nato, ninguém passava imune por seus encantos.  Os homens o admiravam e queriam ser como ele, as mulheres torciam para serem notadas e receber um sorriso de canto de boca daquele que se estivéssemos em 1850 seria o que chamavam de bom partido. 

Assim como toda bela história de amor, o destino resolveu juntar duas pessoas que a sociedade não estava preparada para ver juntas, mas que por algum motivo que ainda não sabemos qual, deu match.

Ela quieta demais para ele. 
Ele bonito demais para ela.

E no fim das contas, estamos hoje celebrando como ambos se completam e são perfeitos um para o outro, não importa o que digam. 

Diziam.

Porque há muito tempo que eles desfilam pela Califórnia como casal modelo. Ele, famoso apresentador de TV e influencer digital, não cansa de anunciar aos quatro cantos como é feliz com a família que formou. 

Ninguém duvida mais!

Nem mesmo ela, que viveu anos acreditando que não era o bastante para ele, que não fosse digna daquela beleza e de todo seu cavalheirismo torto, porque sempre foi extremamente dependente e ciumento.

A despedida de solteiro foi a coisa mais inusitada que alguém poderia sequer supor. Mas vindo de Peter, não tinha como ser algo arriscado como uma striper sair de dentro do bolo. Ele jamais permitiria algo do tipo, porque se tem uma coisa que ele faz, é sempre se colocar no lugar do outro. E posso garantir, para ele não é nada confortável ter sua princesa coreana babando por um cara sarado besuntado em óleo rebolando a sua frente.

Peter foi além, como tudo o que faz. Sua despedida de solteiro foi uma partida de Lacrosse com arrecadação de fundo para entidades de apoio à refugiados da guerra. 

Ele conseguiu reunir amigos dos tempos de escola, os companheiros de equipe da faculdade, jogadores profissionais e amantes de esportes e ações solidárias.

Estava todo mundo lá. Inclusive a noiva e o filhinho de quase dois anos de idade, com uma camisa maior que ele, gravada o sobrenome famoso do pai.

Ou seria do pai famoso?

Não importa o que acontecesse, Peter jamais perderia sua essência. Ele continuava o mesmo cara boa praça de sorriso e amizade fácil, incapaz de desprezar um fã, só porque alcançou o sucesso. 

 

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