Ligação perdida.

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Rafaella estava calma, diferente de Bianca, que encarava as crianças sem dó e piedade, em sua cabeça se passava sua filha apanhando daqueles crianças, e sendo humilhada. Já na visão de Rafaella, sua filha estava dando o primeiro passo para sua vida. A mineira sempre fora protegida pelos seus pais, desde pequena eles sempre esteve ao seu lado, até mesmo agora na vida adulta, casada, mãe. Todos os dias seus pais ligavam, perguntando como sua filha querida estava, e Rafaella achava aquilo a coisa mais fofa do mundo, mesmo que em dia opinião, ela queria que seus pais curtisse a vida, e não precisasse de preocupar com ela, não queria dar trabalho.

– Amor, você acha que ela vai se acostumar?

– Óbvio, amor.

– Eu fico tão preocupada, é difícil ver isso. – Bianca traumatizou.

– Amor, não vale a pena o medo. Ela é pequena, e vai arrumar amigos, ela precisa disso, é só uma creche.

– E se eles baterem nela?

– Bianca, óbvio que as professoras vão ficar de olho, né.

– Nem tanto, eu vi na internet esses dias, que uma professora bateu em uma bebê de dois anos.

– Isso não vai acontecer, deixar nossa filha fazer coisas de crianças. Já é difícil deixar ela em uma creche sabendo que somos famosas, e vai ser difícil, ela precisa disso, amor.

– Tudo bem, eu vou tentar aceitar isso. – Bianca encostou seu corpo no banco, relaxando.

– Vou te deixar na empresa, preciso passar na agência, para ver as fotos da coleção nova.

– Vai me buscar hoje?

– Você quer.

– Então, eu ia falar que não precisa, vai ter um jantar de comemoração da nova linha de boca rosa, e vamos todos jantar, o Miguel vai me levar embora.

– Então tudo bem, te encontro em casa? – Rafa parou o carro em frente ao grande prédio, olhando para Bianca.

– Te encontro em casa, beijo. – Deu um selinho na esposa. – Eu te amo.

– Eu te amo. – Sorriu.

Rafaella ficou ali, até ver Bianca desaparecer dentro do prédio. Girou a chave dando partida.

– Fala, Dani. – Atendeu o celular, prestando atenção no trânsito.

– Rafa, preciso que venha para Goiânia urgente.

– Sem condições, não dá Dani.

– Rafa, a sua mãe não está bem, você precisa vir.

– O que? – Freio o carro, bruscamente. – Como assim, Dani? O que ela tem?

– Se acalma, ela teve uma queda de pressão essa semana, mas achamos normal, mas isso foi se repetindo, levamos ela para o hospital, e os médicos falaram que ela vai ficar internada.

– Porque ela não me falou, sobre isso?

– Você sabe como é a Dona Genilda.

– Teimosa, até demais.

– Sim, vai poder vir?

– Claro, vou ligar pra Bianca e pedir pra ela buscar a Aly hoje na creche, vou ir direto para Goiânia.

– Tudo bem, vou te esperar, beijo, Rafa.

– Beijo, Dani.

Rafaella suspirou, batendo fortemente sua mão no volante, deixou as lágrimas que estavam acumuladas caírem, e xingou se mentalmente por não estar ao lado de sua mãe quando ela precisou.

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