Capítulo 14

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Acendi meu cigarro, indo pra janela do quarto dela, sem camisa e só de bermuda.

Dei o primeiro trago, e respirei o mesmo ar puro de mais cedo. Pronto, agora eu tô de volta!

Fecho meus olhos e sinto um tesão pela vida entrar pelo meu nariz, e eu soltei uma risadinha de imediato.

Me virei pra ela, que estava de costas, ainda se vestindo.

Vidal : Eu vou vazar. - Ela levantou, ainda colocando o sutiã.

Tati : Mas já? - Riu fraca, mantendo os olhos em mim.

Vidal : Essa risadinha aí.. - Cheguei perto dela, ainda fumando meu cigarro. - É de nervosismo? - Ri, soprando a fumaça. - Eu quero meu dinheiro, Tatiane. - Ri fraco, e ela vestiu a blusa, me olhando sem graça.

Tati : Dinheiro..? Aquele que me deu pra guardar? - Eu assenti. - Tu me falou que eu podia gastar uma parte, pô. - Foi até o guarda-roupa dela, mexendo nas coisas.

Vidal : E eu espero que tu tenha gastado só o que eu mandei. - Joguei meu cigarro fora, vestindo minha camisa. - Não é, irmã? - Ela concordou, vindo até mim com uma sacola.

Tati : Tudo que eu falo, eu cumpro! - Me olhou cínica, entregando a sacola. - Toma teu dinheiro sujo.

Vidal : Joga direito, gatinha! Foi com isso aqui, que tu reformou teu barraco. - Apontei pro meu dinheiro, conferindo o mesmo, e  depois me referi a casa dela. - Fica esperta! - Segurei no maxilar dela. - Depois eu volto. - Passei o perfume dela, e senti os olhos dela em cima de mim.

Tati : Não vai ficar? - Eu ri, voltando minha atenção pra ela.

Vidal : Ficar? Porra, nem vai rolar. Me falaram que tu tava de rolo com um moleque aí, quando eu fui em cana. E essa tua cara aí, é de quem tá esperando cria. - Ela me condenava com o olhar. - Fica com teus faixas, sacou? Sou otário, mas não a ponto de assumir molequinho dos outros, valeu? - Ela continuava me olhando com ódio. - Me arruma teu celular aí, na moral. - Ela olhou pra cima da geladeira, e eu fui até a mesma, pegando o celular dela. - Tem senha? - Ela assentiu, e veio pra tirar a mesma. - Fé pra tu, neguinha! Tu foi de grande importância, sacas? - Roubei um selinho dela, que lindo a boca com raiva.

Eu abri a porta, guardando tudo em uma mochila que eu tinha pegou dela também.

Amor de Fim de Noite. (CONCLUÍDO) Onde as histórias ganham vida. Descobre agora