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Acordo e ainda ia da seis da manhã levanto vou no banheiro tomo banho Rapidão.
Visto um short, calço minha Kenner, coloco um boné. Passo na cozinha e minha vó já tava na ativa, mó orgulho dessa coroa.
Entro na cozinha sentindo cheiro de café, daqueles bem forte, do jeito que o pai gosta.

— E ai gatona, qual as novidades, Quebrou muito ontem nos forró dos véi? Deu uma chave de coxa num vei da lancha?

_ Tú me respeita seu cachorro! Não me chamo Diego não seu desavergonhado.

— Ia lá, qual foi vó? Tú é mó gatinha, da pro gasto, novinha ainda, vai ficar perdendo tempo.

Sandra _ Antes só, que mau acompanhada.

— Mas a Sra sempre tá aí sozinha pelo os canto. Precisa de um véi pra fuxicar.

Sandra _ Deus me livre e guarde. Eu prefiro minha sanidade mental, do que um diabo de um homem, me deixa, para com essas conversas Diego.

— Falou então, tú que sabe.

Ela serve a mesa, senta falando mas algumas coisas, principalmente sobre Deus. A véia é daquelas véia bem religiosa, mas essas parada não é pra mim não tá ligado?!

Eu sou do tipo que só confio em mim mermo, não preciso de fé não. Eu mermo peito os problema de frente e sigo.

Engulo tudo bem rápido, vou até sala pego meu fuzil, peço a benção dela, saio de casa.
Não podia me dá o luxo de dormir até tarde, hoje é dia de mercadorias chegar, tenho que inspecionar tudo de perto pra dá tudo certo, ter muito lucro.

Puxo até a boca, desço da moto vou entrando e comprimentando os vapor. Entro na sala de uma vez Digão e Turco já estava lá na ativa.

_ Aí já viu lá com o cara se vai tá tudo livre mermo. Espero que nós não tenha nenhum Bo quando tiver chegando às mercadorias.

Turco pergunta enquanto enrola um cigarro.

— Já vi isso ontem filho, tá achando que eu durmo no ponto, vai vendo.

_ De boa então! Deixa eu marca ali numa cobrança filhão.

O tempo vai correndo, quando conta já era meio dia, passo a manhã na boca resolvendo assuntos da mercadoria, quem ia pra linha pra pegar mercadoria.

_ Aí, a Shirlei falou pra tu passar lá com ela, falou que o moleque tá sem umas parada aí.

Digão fala entrando na sala. Shirlei é a mãe do meu moleque! Eu nunca quis esse bagulho de filho, foi uma coisa que nunca quis, nunca planejei. Mas tive uma parada demorada com a maluca lá, que é prima do Digão, acabou que ela engravidou.

Eu cobra criada, de início não acreditei que a cria fosse minha, mas ela fez questão de fazer DNA. Eu procurei uma clínica de confiança, e deu positivo, não confiei, fiz em outra, deu positivo também. Só tive que aceitar, maluca no início queria morar comigo. Mandei logo a real pra ela, que não ia me juntar só por que ela não soube se cuidar.

Tô ligado que também fui culpado, mas ela que era pra se garantir nos cuidado.
Meu moleque já tá ai com seus cinco anos, mó gatão, não sou muito de grudar na dele, ele também não gruda em mim, só " Oi pai, tchau pai, quero isso e tal.

Mó estranho quando ele me chama de pai, mas já acostumei, banco meu moleque de tudo tudo. Shirley parou de colar em mim, criou asa, vive cheia de marra, cuspindo no prato que comeu, querendo dá uma de bichona. Não curte amizade, vive na dela, más mete mó marra pra cima.

— Tô ligado, vou passar lá daqui a pouco.

Digão _ Aí, que porra de olhadas foram aquela ontem pra novinha lá do bar ontem. Pense que eu não vi né filhão, se liga rapa, mina sobrinha do Cezar, fica de olha aberto.

— Qual foi maluco, desencana doido. Nem sei do que tu tá falando. Não tava olhando pra ninguém não.

_ Sei! Nasci ontem né tio, pega visão do bagulho.

Mando dedo do meio pra ele, tá maluco, sei nem do que ele tá falando esse louco. Levanto da cadeira pegando minha arma e um pacote de dinheiro.

Paro a moto em frente a casa da louca e só ouço os gritos dela.

" Caraca Samuel, o que eu te falei a respeito dessa tv heim? O que eu faço contigo garoto? Eu já disse pra não jogar bola dentro de casa garoto. "

" Tá mãe, para de gritar que nem uma maluca"

" Vai ficar de castigo, peste"

Abro o portão, bato na porta, lá da rua de baixo da pra ouvir os barraco.

_ O que é diabos?

Ela grita abrindo a porta, mas logo muda a cara.

Shirley _ Há é tú nojento.

— Qual foi maluca, tá de zoação pra cima de mim.

Shirley _ Veio fazer o que aqui?

— Vim deixar a grana do moleque, mas já vi que tá de mau humor, depois eu volto.

Shirley _ Volta é o escambau, pode deixar aqui a grana e levar o Samuel contigo. Por que se não eu arranco o coro da bunda dele hoje.

Ela fala fechando a cara e dando espaço na porta. Ela fala essas coisas mas sei que não é capaz de encostar um dedo no moleque, algumas vezes mandei ficar de olho nela pra ver como ela cuidava do garoto, bicha só é barraqueira, mas é uma mãe boa. Diferente de umas e outras por aí. Ele sai todo quieto, cabeça baixa calado.
Ela fala que ele pinta o sete, mas comigo o moleque é de boa, não tenho de que reclamar dele.

— Bora lá campeão, Vou te levar pra almoçar lá com minha coroa.

Shirley - Interessante, o Samuel tú leva pra almoçar com tua vó. Eu quando pedia pra ir na tua casa, nunca me levou, o máximo que levou foi nos cafofo que tu tem.

— Vai começar? Sai fora maluca, ele é meu filho, tu era só, tu sabe.

Falo deixando ela puta lá, nem ligo pra essa maluca. Querendo se comparar, eu Heim, cê é louco.

RedençãoOnde histórias criam vida. Descubra agora