Alicera♔

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Há tubos, fios e agulhas saindo dela. Mais de Algum jeito ainda encontro um espaço em Sua cama onde posso me aninhar. Subo na Cama com Luana e passo o braço sobre seu Corpo, deito a cabeça em seu ombro e então Fecho os olhos, começo a lembrar de tudo que vivemos, nossa cumplicidade, praticamente irmãs, e do nada isso tudo.

Vários minutos depois, a voz de Ruan me acorda.

_ Café.

Abro os olhos e ele está sentado na cadeira ao lado da cama, estendendo um copo de café para mim. É provavelmente meu Quinto desde que Luana saiu da cirurgia, mas tenho certeza de que tomaria mais um milhão deles se fosse preciso.

Ruan se recosta na cadeira e toma um gole do seu café, em seguida o segura com as mãos e se debruça para a frente. Ele começa contar algumas coisas sobre Luana, as loucuras que eles fizeram quando saíram os dois juntos algumas vezes.

A história de Ruan me faz sorrir pela primeira vez em horas.

Ponho o café na mesinha de cabeceira, me Inclino e dou um beijo em sua testa.
Quando afasto os lábios de seu rosto e começo a apoiar a cabeça no travesseiro, escuto um som baixo vindo de sua garganta. Ruan pula da cadeira ao mesmo tempo que ergo a cabeça.

_ Ela fez um barulho?

Pergunta Ruan, a voz cheia de descrença.

Alicera- Acho que sim.

Sussurro, Ruan balança os braços para Luana.

_ Dê outro beijo nela! Acho que ela acordou com isso!

Ele brinca com a situação, ela definitivamente está acordando, ficamos Encarando por um tempo enquanto suas pálpebras se mexem, abrindo e fechando
diversas vezes.

— Luana ? Consegue me ouvir?

Pergunta Ruan. Ela finalmente se força a abrir os olhos. Percorre dolorosamente o olhar pelo quarto até me encontrar, enroscada ao seu lado. Ela me encara por um instante, então sussurra com a voz fraca.

_ Me perdoa... Eu... Eu não sabia.

Meus olhos imediatamente se enchem d’água e preciso engolir o choro.

_ Vou chamar o médico.

Ruan fala e então sai correndo do quarto,
Levo a mão ao rosto de Luana, toco suas mãos e sussurro.

Alicera- Eu sei, eu sei meu amor.

Minha voz falha de tanto alívio, de felicidade, de gratidão. Mesmo sabendo que isso não é bom para ela que provavelmente Está com muita dor, eu abraço onde consigo e o beijo em todos os lugares a que tenho acesso em seu rosto.

Me enrolo em volta dela, tomando o cuidado de manter os braços e as mãos longe do ferimento. Depois me deito Quietinha ao lado dela, enquanto as lágrimas escorrem pelo meu
rosto.

_ Alicera. Não me lembro do que aconteceu, você me salvou, depois de tentar me matar?

Eu rio.

Alicera- Não exatamente. Eu não sabia o que estava fazendo. Eu corri até você e
fiquei pressionando seu ferimento até o Digão chegar, e me ajudar. Eu diria que foi um salvamento mútuo.

Ela tenta forçar um sorriso. Os médicos Entram na sala, eu me afasto assim que os mesmos começam a examinar ela.

{...}

Claide me ligou pedindo que eu voltasse pra o morro o mais rápido possível. Eu não entendi o que havia acontecido, porém ela Estava séria, tão séria que nunca havia visto antes.

RedençãoOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz