Capítulo 1

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ERA NOITE DE MÁSCARAS no Triplo A. Eu adorava minha semana de administrar a porra toda. Eram as melhores. Não era à toa que o público triplicava sob minha administração.

Verifiquei rapidamente a hora no celular e o guardei. Não queria interrupções. Também não queria correr o risco de ter meu celular roubado.

Enquanto Hill fazia questão de ser bem metódico, tornando o local agradável para que um casal mais tímido pudesse vir dançar e tomar umas cervejas importadas, e Alec tornava-o num calabouço sadomasoquista, eu cuidava de dar diversão de adultos para quem gostava de sexo de verdade.

As máscaras escondiam as identidades dos participantes das orgias. Pelo menos para os desconhecidos, porque eu reconhecia a pança proeminente do juiz Laurent e a sua nova namorada. O maldito juiz adorava vê-la passando de mão em mão, se queria isso, e ela se sentia à vontade, que mal poderia haver?

Eu já não me importava em cobrir meu rosto, tampouco as strippers que dançavam sob as luzes direcionais do palco. Uma multidão adorava isso, era um verdadeiro show que eu poderia lhes proporcionar.

De todos, talvez eu seja o menos comportado, embora Alec não fique muito atrás. Hill parece ter sido castrado desde que Phoebe voltou para a vida dele. Eu não o culpo, ela é boa demais para qualquer um de nós e uma das mulheres mais atraentes que já vi em minha vida.

Meu tipo faz sucesso entre as mulheres. Alto, louro, com um porte físico bom. Afinal, me acabo em exercícios quatro vezes por semana. Também não posso esquecer que meus trinta anos, ajuda na decisão das mulheres. Pois não sou tão novo para que me achem inexperiente, nem sou tão velho para que as mais novas não se aproximem, embora eu evite me envolver com garotas abaixo dos vinte.

Elas são lindas, mas nem sempre sabem o que estão fazendo. Ser bonita não é tudo, a mulher tem que saber segurar o que tem. Tem que saber lidar bem com tudo que lhe foi atribuído desde a puberdade e saber segurar. Há mulheres de quarenta que, apenas com sua segurança, conseguem humilhar muitas de vinte.

Eu estava deslizando por entre as mulheres já bastante eriçadas, cujos pares, devorando-as com olhos famintos, esperavam tocar, quando a vi.

Não vou mentir, por muito tempo achei que meu coração tinha sido selado e guardado apenas para relações frouxas. Eu amo as mulheres. Cada uma tem uma beleza indizível e uma graça que só existe em si. Cada uma tem algo pelo qual me apaixono, cada uma tem alguma coisa que cativa. Seja um olhar leve quando se perde em pensamentos, seja um menear de cabeça que movimenta o cabelo, cada uma tem uma coisa que faz apaixonar.

A questão é que a mulher à minha frente parecia combinar tudo o que eu já tinha achado bonito, ao longo de toda minha vida, em si. Ela tinha a pele beijada pelo sol. Um negro da cor de uma cerveja puro malte. A máscara de renda que ocultava seu rosto era muito pouco para não apreciar a delicadeza de seu rosto e a força de seu olhar em contraste.

OBSESSÃO | Triplo AOnde histórias criam vida. Descubra agora