Capítulo 4

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AMIZADE

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AMIZADE


— LANNA, QUER VIR PARA CÁ? – Perguntei quando atendeu.

— Telefone novo. Quem é? – Respondeu fingindo desinteresse.

— Faça-me o favor, Lanna. Sei que está zangada, mas vamos conversar.

— Adam, se eu te vir. É muito capaz que eu acabe dando na sua cara até você entrar em coma. Vai querer mesmo isso?

— Vou correr esse risco.

— Posso ser muito perigosa. Tenho uma arma, algemas e um taser.

— Continuo sem medo.

— Chato. Vou tentar dar uma passada por aí.

Lanna é minha melhor amiga. Não adianta negar, já quis levá-la para a cama diversas vezes. Sua personalidade radiante e seu corpo cativam qualquer um. Afinal, ela é muito bonita, mas sua companhia acabou se tornando como a de uma amiga para mim. Como a de alguém que é melhor ouvinte do que qualquer um dos meus amigos homens.

Por isso, apenas por isso, não quis estragar tudo.

Depois de termos saído diversas vezes, irmos ao clube, termos aproveitado mais as bebidas e ressacas, em detrimento da companhia um do outro, acabamos desistindo de sentir atração sexual.

Tudo ficou melhor assim. Ela se tornou uma melhor amiga, eu me tornei alguém por quem ela jamais seria capaz de se apaixonar.

Nos conhecemos há algum tempo, quando o pessoal do escritório organizou um encontro às cegas para mim. Eu precisava de companhia para a confraternização de final de ano, acharam que essa ideia era melhor do que eu contratar uma acompanhante de luxo.

Além de minha melhor amiga, é a mais eficiente policial que conheço. Tem um senso de justiça apurado, se importa com os outros e fica uma tentação de uniforme. É um pacote completo.

Pedi duas pizzas, o sabor favorito de Lanna.

Essa mulher consegue comer uma pizza inteira sem se sentir culpada. No final, tudo acaba indo para aquela maravilhosa bunda quarenta e oito apertada no tecido azul marinho de sargento. Além de refrigerantes, pedi também um bolo floresta negra pequeno. Lanna adorava isso. E, embora eu soubesse que iria ouvir esculhambação do meu personal, eu já nem ligava. Deixava que os dois se entendessem, afinal, eram um casal.

Resumindo a história: fui um idiota por deixá-la partir, Lanna encontrou meu personal, se apaixonaram, foram morar juntos. Ela se considera a mulher dele. Embora não estejam casados oficialmente. Lanna sempre tem um sorriso no rosto e isso é suficiente para os respeitar.

As pizzas chegaram e Lanna estava atrasada. Eu fiquei sentado na minha cadeira suspensa, na varanda do apartamento. Esperando-a chegar enquanto tomava uma cerveja preta e esperava minha companhia.

Não demorou muito tempo até que viesse, embora as pizzas tivessem esfriado bastante. A campainha tocou. Isso era apenas praxe. Lanna tinha uma cópia da chave e podia entrar sempre que bem entendesse. Decidi lhe dar uma cópia da segunda vez que me salvou de minhas bebedeiras.

— Cheguei. Não morra sem mim. Eu trouxe burritos. Eu sei que você não gosta de pimenta brava, então coloquei bem pouco para você.

Voltei-me da varanda e ela se aproximou, me dando um abraço apertado.

— Estou sentindo seus peitos contra mim, e isso é muito perigoso.

Lanna se afastou e jogou-se no sofá, colocando os pés sobre a mesa de centro. Só ela fazia isso sem que eu reclamasse. Ela respondeu:

— Ah, não exagera. Você sabe que é inofensivo. – Ela olhou para as caixas de pizza e então comentou – que droga, não sabia que teria comida. Por isso demorei um pouco, estava comprando burritos. Se soubesse tinha vindo antes. – Ela se ajustou a posição e olhou dentro da caixa para a pizza e tirou uma fatia da de calabresa – De qualquer maneira, mamãe não vai deixar você estragar.

— Me dá um burrito. – Pedi e mordi um enorme pedaço.

Ficamos mastigando um pouco. Apenas os sons dos "huns" dela e o som da casca do burrito quebrando foram ouvidos. Conversamos um pouco, então percebi que ela tinha captado meu humor. Que eu não estava cem por cento, estava meio para baixo.

— Estou alimentada, – Falou ao pegar outra fatia de pizza – fale agora.

— Tem uma mulher... – Comecei a falar.

Se fosse Alec ou Anthony, eles já estariam sorrindo e enunciando um sonoro "nem vem com essa" ou um "de novo", mas Lanna me ouvia. Mesmo que fosse uma besteira, mesmo que fosse bobagem. Eu era ouvido.

E mesmo essa sendo a décima vez que me ouvia falar de uma mulher diferente só na primeira quinzena do mês, sempre me levava a sério.

— Continue... – Lanna me estimulou a continuar.

— Cara, - Eu não tinha como começar a explicar nada sem uma exclamação sonora – ela é demais. Demais mesmo! Você tinha que a ver. Essa mulher acabou comigo, ela é simplesmente fantástica. Muito linda!

— Ok... Então você viu uma mulher bonita. Qual é o nome dela? – Ela me perguntou. Sempre tão racional. — De onde é? Ela sabe que precisa da minha aprovação para que vocês tenham algo a mais, né?

— Ainda não tive oportunidade de atualizá-la dessa exigência. – Eu disse deixando o burrito para lá. – Não sei o nome dela. Transamos feito loucos, rápido e intenso, fantástico. Então ela simplesmente evaporou.

— Por que não a procura?

— Não saberia por onde começar.

— Pelos nomes dos presentes naquela noite.

Olhei-a com um ar sarcástico do tipo: sabe que isso não funciona.

— Eu sempre avisei. Cheque as drogas das identidades. Isso vai acabar com seus problemas, como esse por exemplo. Mas não quer me ouvir.

— Se passássemos a fazer isso, a droga da clientela iria diminuir drasticamente. Acha que não tem um monte de gente que vai lá justamente por causa da certeza do anonimato?

— Só posso dizer que espero que ela apareça lá magicamente. E que, nesse dia, você seja esperto para conseguir o telefone dela.

— Obrigado. – Brinquei – Agora, como vai o Ryan? Estão se dando bem? Sabe que posso oferecer coisas que ele não consegue te prover.

— Ah, conta outra! Isso não funciona comigo. – Lanna sorriu e veio sentar-se ao meu lado depois de lamber os dedos sujos de orégano. – Vem para meu colo, vou fazer cafuné na sua cabeça. Quando estiver se sentindo melhor, vou voltar para casa. Tenho que ir para o trabalho mais tarde.

— Não sabia que estava de trabalho hoje, desculpe.

— Não tinha como. Precisava ter um tempo para mim. Sabe né?

— Sei sim.

— Posso passar meus dedos gordurosos no seu cabelo?

— Pode. Posso ficar encostado nos seus peitos. Adoro senti-los.

— Pode sim. Vem cá. – Ela me apertou e sorriu – Assim está bom?

— Está ótimo. Qual o número deles mesmo? Quarenta e seis?

Lana assentiu e sorriu gostosamente. Ela fez cafuné no meu cabelo enquanto reclamei um pouco do trabalho. Quando foi para casa, levou a pizza de calabresa. Ela prometeu voltar para checar meu estado depois do expediente. Mandou-me deixar um pouco de cerveja e um burrito, em troca deixaria eu dormir nos peitos dela outra vez. 

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