Capítulo 5

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- Eu não gosto de trabalhar, Jack! - digo e jogo minha cabeça sobre o balcão do bar.

Eu não sou alcoólatra! Eu só bebo nos fins semanas! Estou aqui só tomando uma soda e jogando cartas.

- Eu também! Toma um soda com morango. É tipo uma caipirinha, mas sem álcool, porque amanhã você trabalhar. Advogada sem vergonha. - ele diz e me entrega o copo, que de longe parece ser com álcool, mas o gosto doce tira qualquer hipótese.

- Minha parenta teria vergonha disso. - digo olhando para o copo e ele ri.

- E seu mãe, Eliz ? Você nunca mais falou dela. - ele diz querendo entra em um assunto chato!

- Ela está brava comigo, elanão gosta das minhas confusões. - digo e tomo mais gole dessa coisa.

- O que você fez ?

- Você parece uma velha fofoqueira, em. - digo.

- Jack, me serve uma marguerita. - uma moça pede.

- Só um minuto. - ele diz e eu me levanto indo para seu lado do balcão.

- Deixa que eu faço. - digo e começo a preparar a marguerita. Eu sempre fazia isso na boate do meu pai, mas aí ele me proibiu de ir lá porque as pessoas não gostavam de mim e eu fazia mal para os negócios. Não entendo por que.

- As pessoas romantizam muito a maternidade. Minha mãe me teve muito jovem, ela não estava preparada para ser mãe, precisamente de uma criança hiperativa. Ela nunca teve paciência comigo e agora muito menos. Tá feliz agora fofoqueiro? - entrego a bebida para moça, que logo depois entrega o dinheiro para Jack

Não gosto de falar disso, minha mãe era para ser minha melhor amiga, me apoiar, ter paciência e ser doce. Eu seu que não sou fácil! Detenção, trabalhos comunitários, convocação, reclamações de mim o tempo todo, ódio grátis etc. Não ajudaram muito nossa conexão. Não faço por querer ou que eu goste de ser a problemática da família. Eu faço as coisas sem pensar e quando vejo a merda que deu, já é tarde.

- Seu pai teve dois filhos antes de você, Guilherme era mulherengo, mas não era uma pestinha como você, Malu sempre foi um doce e aí veio você o furacão Elizabeth. Ele está preparado para você, mas sua mãe não. E você não avisou que iria chegar - Jack diz pacientemente.

Jack é rabugento e brigão, mas quando não está com raiva de mim ele até que é um doce.

- Eu sei, Jack. Não sou fácil, não é qualquer um que goste de mim ou me ature. Com tempo as coisas vão se acertar. - digo

Sinto meu celular vibra no meu bolso, pego ele e vejo na tela " meu estresse".

- Fala Alexandra. - digo.

- E esse som Elizabeth? Você tá no bar? Volta para casa agora! Você nem se quer avisa se está viva! Você tem noção da hora que é? Você trabalha amanhã! Do que você vai viver se não trabalhar? - ela diz tentando fazer voz de brava, só tentando mesmo.

- Calma, minha sobrinha querida. Se eu perde o emprego, eu me torno cafetina e vou ficar rica! - digo e ela bufa do outro lado.

- Casa! - ela diz e desliga o telefone.

- Tchau, Jack. Eu tenho uma marida brava em casa. - digo brincando e Jack da risada.

Pego minha bebê e vou para casa.

- Sim, madrinha, ela não voltou ainda, ela nem me avisa para onde vai! - escuto a voz de Alex quando abri a porta. - Ah, ela chegou.

- Já estava me delatando para minha mãe? - digo e ela da de ombros indo para seu quarto. Não quer falar comigo!

Amanhã eu resolvo isso! Vou para meu quarto e me jogo na cama.

[...]

Eu odeio acordar! Queria dormi como "até o cu fazer bico". Porém, não posso. Agora sou uma mulher de responsabilidade e foco, tenho que trabalhar.

- A senhorita está atrasada. - e a primeira coisa que Mariah diz quando chego na empresa. Odeio ter responsabilidades!

- Eu tenho relógio, senhorita Taylor. Bom dia! - digo caminhando para minha sala e escuto os barulhos dos saltos dela atrás de mim.

- Senhor Santtino pediu que fosse até sala dele quando chegasse. - ela diz quando me jogo na cadeira.

- Urg - resmungo alto. - já vou. Que ódio. - eu tenho uma mania chata de reclamar quando sou obrigada a fazer certas coisas, como trabalhar, arrumar a casa, viver....

Saio da minha sala e caminho até a dele. Assim que bato na porta, escuto sua voz grave mandando eu entrar.

- Bom dia, senhorita Hayley. - ele diz e não pude evitar me arrepiar com sua voz. Droga! Ainda bem que ele não notou.

- Dia. - digo e ele estreita o olha para mim.

- Suponho que a senhorita tenha lido seu email. - ele diz e ajeita a postura, colocando as mãos cruzadas sobre a mesa, impondo sua autoridade. Ele é intimidador, mas não tenho medo de cara feio.... Que de feia a dele não tem nada....

- Não. - digo simples. Hoje não tô com paciência para inventar pretextos.

Ele me encara e aperta os olhos.

- Esse é Martin Petrovich. - ele disse e joga a foto de um homem sobre a mesa. - Ele é o Don, o chefe da máfia Italiana. Há inúmeras acusações contra ele, mas nenhuma prova. Porém, tem um crime que há provas.

-A alguns meses atrás sua esposa, Georgina Petrovich - ele diz e joga mais uma foto sobre a mesa - foi encontrada morta, com suas costelas quebradas. Ele nega que a matou. Nosso deve é provar sua inocência.

Com certeza teremos muito trabalho nesse caso! Um homem, Provavelmente um mafioso aos olhos de todo, um pessoa com péssimo envolvimento. Seria praticamente impossível provar sua inocência.

-Vou estudar sobre o caso e vou informando sobre o andamento.- digo e faço menção de sair.

- Como? Você não entendeu? Essa caso é um dos mais importante, acho mesmo que daria nas mãos de uma menina ? Quero seu auxílio e isso somente porque voce ja provou ser uma excelente advogada, mas ainda assim esta começando aqui- diz me olhando sério.

- Se pensa que me inferiorizando vai impor algum tipo de autoridade e respeito, esta muito enganado. A menina aqui não é excelente, ela é melhor. O rebaixado aqui é o senhor que precisa do "auxílio" dela. - digo de cabeça erguida e ele se mantém sério, como se nada o abalasse.

Ele se inclina diminuindo o espaço entre nos.

-Em questão de segundos sua carreira que mal começou poder acabar. Você está no lugar que considerado o melhor. Estou te dando a chance de mostra que merece estar aqui e não preciso de você. - ele diz com a maior arrogância. Sinceramente, não sei se ele está bravo ou se ele é assim por natureza

Me inclinei também. Deixando ainda mais um espaço mínimo entre a gente, me fazendo  sintir sua respiração bater no meu rosto.

- Quando eu acabar esse caso, você vai implorar para mim continuar aqui. - sorrio de lado

Ele começou uma guerra para mostra poder e capacidade. Porém, eu sempre ganho.

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Áries: Senhor da guerraWhere stories live. Discover now