Capítulo 37

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ELIZABETH HAYLEY

Eu achei que tinha sido machucado antes
Mas ninguém nunca me deixou tão ferida.
Suas palavras cortaram mais do que facas.
Sinto que estou indo para baixo.
Nunca tinha me apaixonado antes, experimentado a euforia e a confusão de amar alguém. Eu nunca disse para ele por medo, mas é o que sinto. Ele sempre esteve em meus pensamentos!
E olha no que isso me resultou! Estou grávida, com uma criança sem pai e sozinha. Minha mãe sempre me alertou sobre acabar assim, mas não imaginei que mesmo depois da adolescência isso seria uma preocupação.
Eu tinha esperança em relação a nós dois. Confiava que as coisas ficariam bem. Mas na verdade, eu não queria ver que nossa relação era toda errada e que somos quebradas demais para ajudar um ao outro! A verdade é que o amor é uma mentira e no final está fadado ao fracasso! Ele sempre foi idealizado, mas a verdade é que ele dói!Eu só quero deitar e chorar baixinho, eu queria um abraço, silencioso como meu choro, mas que me confortasse. Eu estou tão mal que só sinto a dor e ecos das palavras que se confundem dentro de mim, dentro da minha mente.

Arrumei minhas malas com meu coração em pedaços. Choro como um bebê, minhas mãos trêmulas me impedem de dobrar minhas roupas, então as jogo de qualquer jeito dentro da mala. Vou descendo as escadas e para completar, por descuido meu minhas malas caem rolando. Me sinto em uma situação deprimente, uma idiota, totalmente perdida e sem rumo...
Saio de sua casa e peço um táxi, já que não dá para ir de moto.
Cansada de tanto chorar, eu não paro de pensar nele... Porque meu coração é dele e porque essa dor toda é por causa dele, por conta do que sinto, por conto desse coisa que ele me fez e diz que não fez!

Nem me lembro de dizer para o taxista onde iria e só perceber quando cheguei.

- Moça, é aqui mesmo? - ele pergunta e eu apenas aceno com a cabeça.

Sai de seu carro e vou na direção que evitei por tantos anos voltar...

- Oi, parenta! Você me disse uma vez que os homens são perversos e que sua natureza é nos machucar, que era para mim ser pior que eles para me proteger! " Você escolhe ser a caça ou o caçador, minha cópia".- sua voz aparece na minha cabeça- É parenta, eu falhei... Queria que você estivesse aqui! Sei que não iria me ajudar em nada, mas pelo menos iríamos rir juntas! - digo soluçando e toco em sua lápide.

Existem pessoas que choram para aliviar e outras que as escondem. E existe eu, que finge que elas não estão ali. É errado, mas eu fingi por tanto tempo que ela estava só viajando como sempre e uma parte se mim até que acreditou nisso. Porém, ignorar não apaga os fatos e tenho que encará-los.

Os fatos são; eu estou grávida de uma coisa que não quero, fui abandonado, acusada de traição e machuca com duras palavras pelo meu marido, que apesar de tudo ainda amo. E minha bisavô que foi a pessoa mais importante na minha vida e que mais amei, está morta!

Minha respiração começa a acelerar de repente, sinto meu suor pingar, minhas tremem descontroladamente e me desespero com sensação de que estou preste a morrer! Pego meu telefone e ligo para primeiro pessoa que aparece.

- Alô? Eliz?- Não consigo formular as palavras - Filha, me responde!!

- Mãe.... vem me buscar.. - digo com um pingo de voz.

[....]

Choro como um bebê em seu colo! E percebo o quanto fui trouxa por toda minha vida! Ser uma pessoa distante me tirou a melhor coisa da vida, o colo de uma mãe e como é bom ser acalentada.

Ela não me perguntou o que aconteceu, nem exigiu nada. Ela apenas estava ali para mim quando precisei, ela me ofereceu seu abraço quando estava sem rumo e seu coloco para mim chorar!

- Shiu, vai ficar tudo bem! - ela diz alisando meu cabelo.

- Obrigado, mãe - acabo pegando no sono com os seus carinhos.

[...]

Acordo com os barulhos de conversas, pedida olho para todo lado. Encaro as paredes rosa do meu quarto e com pôster da banda Greta Van Fleet. Me bate uma nostálgia de quando minha mãe não deixa eu pintar me quarto de preto quando eu era uma pré-adolescentes rebelde fissurada na Sam Pocket, então eu colocava quadros que minha vó Ellen dizia que era do demônio e a parenta e o Denny super me apoiavam nas minhas loucuras.
Lembro que nos seus últimos anos de tratamento ela me levou para um show de rock e disse que era só uma gritaria e finalmente assumiu que estáva velha. Depois disso passamos muito tempo em hospitais e infelizmente o câncer venceu. Eu senti raiva do mundo por ser tão injusto, por levar a vida de quem mais amava viver e enquanto eu não tinha respeito por nada, nem pela morte.

Me levanto cabisbaixa e vou em direção a cozinha. Minha família inteira está aqui em uma tentativa falha de sussurrar para não me acordar.

- Vocês são barulhentos até em silêncio, então pode para de tentar! - digo e me jogo no sofa.

- Não queríamos acordar a fera. Sabemos o quando você é chata de manhã! - Denny diz tentando me fazer rir. Todos me olham com uma mistura de medo e expectativa.

- Ela não riu e nem  mostrou o dedo! E agora? - Lucas diz entre dentes, visivelmente preocupado.

- Cala boca! - Bonny cantarola também entre dentes.

- Eliz, não estamos aqui para saber o que aconteceu e sim para dizer que estamos. Você tem uma família que te ama muito, por mais atentada que você seja! - Malu diz.

- É, você é nossa pequena praguinha! - até o Guilherme entra nessa.

- E se você matou seu marido vamos ajudar a esconder o corpo. A gente super te compreende! - disse Lucas.

- Não posso voltar para cadeia!- Emily disse de olhos arregalados.

- É brincadeira, querida. Ela não fez isso..... eu acho. Você não fez isso, né?- Denny pergunta em dúvida

- E se você não matou, eu mato por você! - meu pai diz

- Tô grávida! E Áries disse que não tem como ele ser o pai. - falo de uma vez e o silêncio mortal toma a sala por longos minutos.

-Que baita filho da puta! - todos dizem ao mesmo tempo.

- Vou matar ele! Denny pega minha arma! - meu pai levanta furioso! E todos tentam segura ele e eu apenas fico deitado encarando o teto! - Vocês disseram que iriam ajuda a esconder o corpo, cambada de mentirosos!

E de repente a campainha toca. Enquanto ele brigavam eu fui levantei e fui abrir a porta, provavelmente para síndico que deveria está aqui pela zona!

- Olha foi mal pelo barulh.. - paro de falar assim que vejo quem estava atrás daquela porta.

- Vamos embora! - Áries puxa meu braço e me arrastando para fora da casa dos meus pais.

- O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTA FAZENDO?

- LEVANDO A DEMONIA TRAIDORA FUGITIVA DA MINHA ESPOSA PARA CASA!!

-Pensa que vou com você depois de tudo que me fez ? - digo encredula.

- Esqueceu que vai ficar comigo por um ano? Esse era o nosso trato! Ou você quer parir esse seu monstrinho na cadeia? - diz ardiloso.

Ele quer me punir, que me vê sofrendo! Por algo que  não fiz!

- Vai se fuder !

- Eu já me fudi quando conheci você e agora você também vai!

- Solta minha filha,  seu cu no pau!! - meu pai vem transtornado para cima de Áries.

- É pau no cu, analfabeto! - alguém disse!

Denny tirou meu pai de cima de Áries para bater nele e Áries consigui derrubar Denny. Meu Deus!  Que loucura!!

Sinto minhas pernas ficarem moles e tudo ficar escuro.

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Áries: Senhor da guerraWhere stories live. Discover now