Epílogo

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14 ANOS DEPOIS...

Louis estava sentado na poltrona vermelha que ficava em frente a uma lareira acesa na biblioteca, ele tinha Harry sentado em seu colo lendo um livro de romance e drama como ambos gostavam enquanto Louis lhe dava alguns morangos em sua boca prestando atenção em cada mínima palavra.

Anne havia ido viajar para Londres para passar algum tempo com a irmã, acabando por deixar a casa somente para o casal já que seus filhos estavam com Zayn e Liam na casa de campo aproveitando as férias. Ou melhor, eles estavam prestes a chegar dessas férias e Louis e Harry já estavam morrendo de saudades.

Escutaram a porta do andar de baixo ser fechada com brutalidade e passos pesados e rápidos subirem as escadas. Louis e Harry se encararam com sorrisos no rosto, seus filhos haviam acabado de chegar.

- MAMÃE, PAPAI. -Os quatro gritaram sorrindo correndo para direção de seus pais que já os esperavam de pé.

- Meus amore! Como foi a viajem? - Harry os encarou sorridente logo passando a distribuir beijos molhados por seus rostos.

- Droga Harry, teremos que tirar férias agora. - Louis resmungou brincando, fazendo com que os cinco revirassem os olhos em diversão. Louis amava implicar com as crianças desde que eles viraram adultos. - Mentira, estava com saudades!

Thomas havia se tornado homem muito elegante em seus vinte anos. Os cabelos ruivos cresceram muito desde sua adolescência e agora sempre eram amarrados em um rabo de cavalo ou num coque, e dizer que Harry sentia inveja dos cabelos sedosos do filho não era brincadeira. Era de se esperar que aquele garotinho rechonchudo de beleza extraordinária viesse se tornar um duque muito gentil e prestativo, além de chamar a atenção de pessoas de qualquer lugar.

Como Harry já suspeitava, Thomas era uma versão 2.0 de Louis por que era extremamente aventureiro e destemido, por isso havia se tornado um dos melhores capitães da França. Ele vivia viajando pelos sete mares em busca de novas descobertas e sempre procurando ajudar aqueles que precisam. E foi numa dessas viagens que ele conheceu Valentina, uma indígena brasileira muito curiosa e inteligente. Se conheceram quando o navio de Tom, Pérola Negra, foi atacado por outro em frente a costa brasileira, ele e mais alguns homem desmaiaram e foram acolhidos por uma tribo próxima.

Qualquer um que olhasse os dois diria facilmente que inventaram a química por serem perfeitos um para o outro. Amavam viajar sem medo desvendar os mistérios do mundo, mas amavam sua casa e sua família. Eles visitavam suas famílias durante dois meses a cada dois e viviam lhes enviando cartas e presentes pequenos.

Marie se tornou uma mulher empoderada no mundo aristocrático francês com apenas dezenove anos. Quando Harry e Louis diziam para os outros que sua filha era extremamente inteligente, não era brincadeira. Ela lutou para conseguir um cargo tão alto apenas por que era uma mulher, mas ela conseguiu e hoje comandava metade da França. Ela não tinha namorado ou marido, muito menos estava em seus planos atuais, preferia trabalhar e passar seu tempo com a família.

Ela negaria até a morte que se sentia atraída pela sua colega de trabalho, mesmo que ambas estivessem começando a caminhar para um relacionamento. Louis e Harry fingiam não saber disso pois queriam que ela mesma entendesse que amar alguém nem sempre era ruim.

Marie, além de ser uma aristocrata, ainda era ícone no mundo da moda por desafiar os limites daquele mundo glamouroso. Mas não tinha como não se encantar pela garota de cabelos volumosos achocolatados e cacheados, olhos verdes clarinhos e o sorriso de covinhas simpático, ela com certeza era uma versão feminina de Harry.

Benjamin ainda era um adolescente com seus dezessete anos de idade. Harry dizia que ele era uma cópia de Louis com os cabelos lisos e escuros, os olhos azuis claros que ficavam com pequenas ruguinhas nos cantos quando sorria sonhador. Ele estudava num internato muito concorrido e isso era um dos motivos pelos quais se orgulhava, já que sempre era o aluno destaque. Era um jovem muito tímido e bondoso com qualquer pessoa, era voluntário nos fins de semana no orfanato no qual sua família e amigos eram donos. Benny ainda não sabia o que era amor e nem sequer se importava em descobrir tão cedo, estava mais focado em estudar assuntos pouco estudados naquele século por causa da igreja e política, que aos poucos estava mudando graças a sua irmã.

AristocatsWhere stories live. Discover now