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Ele estava caindo, sabia disso.

Ouvia gritos abafados... Uma... Comemoração ? Parecia que sim mas não podia ter certeza, estava longe demais, caindo rapidamente.

Ele tentava focalizar na única voz que parecia importar, agora distante acima, mas não conseguia.

Um momento de clareza.

Ele não tinha mais nada, tudo lhe foi tirado, a única coisa que importava era aquela voz, ou a pessoa dona da voz ? Parecia a mesma coisa.

Ah era isso, então.

Ele sabia que havia se jogado, não caiu, mas sim se jogou.

Era mesmo a única forma de pôr um fim naquilo tudo, todo o sofrimento que sentia ? Isso ele iria descobrir em breve.

Toda essa compreensão súbita durou poucos segundos.

Não houve tempo para qualquer dor.

Um baque, rápido demais.

E depois nada, apenas a escuridão.

Wei Ying sentou-se, as mãos ainda segurando fortemente os lençóis, agora totalmente amarrotados diante o sono agitado que tivera a poucos segundos.

Respirava pesado tentando recuperar o fôlego.

Aquele sonho de novo mas dessa vez foi diferente, a última parte... Nunca havia ocorrido, sempre cessava depois daquela voz ficar baixa demais para ser ouvida.

A compreensão inundou seus sentidos, assim como anteriormente só que dessa vez, ele estava seguro.

Aquilo era uma memória ? Não poderia ser.

Ou poderia ? Tudo era demais para processar.

Ele precisava se acalmar.

Com o corpo curvado sobre a beirada da cama, tateando no colchão em meio ao quarto escuro à procura do celular.

São 04:33 da manhã exatamente.

Muito tarde, mas também muito cedo para permanecer acordado.

Levantou-se devagar, ainda um pouco trêmulo, porém definitivamente bem melhor que anteriormente, andou em direção a cozinha sentindo de repente a garganta seca, com o copo de água ainda em mãos olhou através da pequena janela de vidro acima da pia, olhando o horizonte de pequenas luzes cintilantes sob a penumbra do céu noturno sem realmente ver.

Por fim, decidiu postergar esses pensamentos por mais algumas horas, esse dia deveria ser um dia bom e não deixaria nada interferir nisso.

Voltando novamente pra cama, deixou sua mente vagar em coisas aleatórias, cerca de 20 minutos depois, finalmente conseguindo cair novamente no sono.

Quando Wei Ying acordou novamente foi ouvindo Jiang Cheng que gritava com algum pobre coitado ao telefone.

— ESSE CARALHO NÃO É PROBLEMA MEU, por isso eu me recuso a tentar resolver merdas que não são minha responsabilidade, já falei, já falei eu não tenho mais nada a ver, minha parte já foi. — Jiang Cheng ouviu o que Wei Ying pensou ser alguma resposta não muito convincente a julgar pela reação de Jiang Cheng. — Foda-se, não ligo, só resolvam isso logo ! Tchau !

Wei Ying esperou que ele desligasse para perguntar sem correr riscos de virar o novo alvo.

— Cheng, o que foi ?

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